quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lucas XIX,11-28 (Da ascenção ao CÉU até à vinda final de JESUS)

Nesta parábola, JESUS fala do tempo que vai da Sua subida ao CÉU, até à Sua vinda final, o que vai acontecer:

JESUS acrescentou uma parábola, por estar perto de Jerusalém e os Seus discípulos pensarem que o REINO DE DEUS ia manifestar-se imediatamente. Disse, pois: «Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar. Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes: «Fazei render a mina até que eu volte.» Mas os seus concidadãos odiavam-no e enviaram uma embaixada atrás dele, para dizer: «Não queremos que ele seja nosso rei.» Quando voltou, depois de tomar posse do reino, mandou chamar os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles. O primeiro apresentou-se e disse: «Senhor, a tua mina rendeu dez minas.» Respondeu-lhe: «Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades.» O segundo veio e disse: «Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.» Respondeu igualmente a este: «Recebe, também tu, o governo de cinco cidades.» Veio outro e disse: «Senhor, aqui tens a tua mina que eu tinha guardado num lenço, pois tinha medo de ti, que és homem severo, levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.» Disse-lhe ele: «Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou um homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei; então, porque não entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar, tê-lo -ia recuperado com juros.» E disse aos presentes: «Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas.» Responderam-lhe: «Senhor, ele já tem dez minas!» Digo-vos EU: A todo aquele que tem, há-de ser dado, mas àquele que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado. Quanto a esses Meus inimigos, que não quiseram que EU reinasse sobre eles, trazei-os cá e degolai-os na Minha presença. Dito isto, JESUS seguiu para diante, em direcção a Jerusalém. (Lucas XIX,11-28)

JESUS acrescentou esta parábola, por estar perto de Jerusalém e os Seus discípulos pensarem que o REINO DE DEUS ia manifestar-se imediatamente. Disse, pois: 

«Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar.»

JESUS já havia dito, após a Sua ressurreição, que não deveríamos andar a dar importância à vinda final do SENHOR, que mais importante era a missão da IGREJA (e de cada baptizado) de render as minas (entregue a dez servos) - de salvar-se a si mesmo e de levar essa salvação ao mundo inteiro -, do que saber se o tempo da vinda do SENHOR está próximo ou não (no sentido temporal, não, no sentido espiritual e sacramental, claro! No sentido espiritual,  sacramental e pela Sua PALAVRA, JESUS é o DEUS connosco, sobretudo na Eucaristia). De facto, antes de subir ao CÉU (a partida para a região longínqua), conversou, mais tarde, com os discípulos o seguinte:

«SENHOR, é agora que vais restaurar o REINO DE ISRAEL?» (Ainda pensando num reino político-temporal..., esquecendo-se que esta vida é apenas uma passagem para a outra..., que o Seu REINO não é deste mundo, que ELE veio ao mundo antes para libertar o mundo do reino do Mal)  Respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o PAI fixou com a Sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do ESPÍRITO SANTO, que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém (IGREJA), por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.» (Actos 1,6-8) 

Ser testemunha de CRISTO, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, isso é que importa, pôr as minas a render... E ao subir ao CÉU, dois anjos do Senhor disseram coisa semelhante:

Como estavam com os olhos fixos no CÉU, para onde JESUS SE afastava, surgiram de repente dois homens vestidos de branco (anjos), que lhes disseram: «Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o CÉU? Esse JESUS que vos foi arrebatado para o CÉU virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o CÉU.» (Actos 1,10-11)

Isto é, mãos à obra, fazei render as minas...

Quando JESUS diz que o «homem nobre (ELE mesmo) partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar», ELE quis significar duas coisas com essa «região longínqua»:
1) Não virá imediatamente. Durará um bom tempo (e já nos encontramos no ano 2011); e
2) "Região" inalcansável, o CÉU. Só JESUS é a porta do CÉU.
JESUS referia-SE ao tempo da Sua Ascenção e envio do ESPÍRITO SANTO até ao Juízo Final, tempo que já dura quase 2000 anos (2011-33 aproximadamente). Ora, ninguém pode partir para o CÉU, ninguém o pode alcançar; quem o merece? Só pelos méritos e pelo poder de JESUS. ELE subiu para nos preparar uma morada na CASA DO PAI, o CÉU, assim o disse aos Doze, na Última Ceia.

Chamando dez dos Seus servos (os apóstolos; o número não ser doze não importa, é uma parábola; não refere-se sequer só aos doze, mas a todos os seus sucessores, os bispos, de todos os tempos e, por eles, a todos nós os baptizados), entregou-lhes dez minas e disse-lhes: «Fazei render a mina até que eu volte.»

De graça recebemos - pelos apóstolos (e continuamos a receber, em todos os tempos, pelos sucessores dos apóstolos, é bom lembrar... (mesmo que algum bispo fosse infiel ao SENHOR, DEUS queira que nenhum!). Sem o bispo, onde está a igreja particular e, portanto, a graças associadas à presença dessa igreja? E MARIA é a medianeira de todas as graças, como ensina a IGREJA) -, de graça devemos dar. JESUS deu essa missão à IGREJA e a cada baptizado de levar a salvação ao mundo: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.» (Marcos 16,15-16), obviamente! JESUS não fala de quem não O conhece, para poder fazer uma opção por ELE ou contra ELE: crendo n'ELE ou contra ELE. Para quem está em condições de fazer uma opção, não há meio termo: por JESUS ou contra ELE, são as duas únicas possibiliaddes (JESUS não é um homem qualquer, é DEUS, DEUS mesmo, feito homem, sem deixar de ser o que é, DEUS. Nesta parábola, só estão presentes os que decidiram por ELE ou contra ELE, com advertências para ambos, pois o SENHOR deseja salvar todos, tantos os Seus amigos - fiéis e infiéis e até traidores (já não são amigos...) -, quanto os Seus inimigos, todos sem excepção, deixe-se sempre isso muito claro, os que escrevem sobre a PALAVRA DE DEUS.

Mas os seus concidadãos odiavam-no e enviaram uma embaixada atrás dele, para dizer: «Não queremos que ele seja nosso rei.»

É a negação de CRISTO, a negação da salvação que JESUS veio trazer, e  que só JESUS podia dar ao mundo, que têm originado as perseguições contra a IGREJA em todos os tempos, e que JESUS já havia dito que assim seria até à Sua vinda final. Nessas perseguições está presente a violência, o ódio, a cegueira, as mentiras à descarada, as descriminações e desigualdades, etc. Tudo isso é usado contra a IGREJA. São pessoas com poder, claro está, e que o usam para o mal (podiam tê-lo usado para o bem... Melhor seria nunca terem tido tal poder, embora, enquanto esse senhor, que é JESUS, não voltar da terra longínqua, para onde partiu (não voltar do CÉU para onde subiu) - pessoalmente, é a hora da morte de cada ser humano de todos os tempos -, sempre podem mudar de rumo e se salvarem). Canta o salmista, sobre eles, como advertência:

Porque se agitam em tumulto as nações
e os povos intentam vãos projectos?
Revoltam-se os reis da Terra
e os príncipes conspiram juntos
contra o SENHOR e contra o Seu Ungido:
«Quebremos as Suas algemas
e atiremos para longe o Seu jugo».
(Salmo 2,1-3)


Em outras palavras, com muito descaramento, chamam ao REINO DE DEUS de jugo, que tira a liberdade e autonomia - o Pai da mentira é especialista em inspirar, os que se encontram sob o seu influxo, a acreditar em semelhantes asneiras, mentira das mentiras -, como se dissessem que não querem que DEUS reine neles, chamam até ao bem de mal e ao mal de bem. Esta mentira, até a história desmascara. Em todos os tempos, sempre que a humanidade e cada pessoa se afastou de DEUS, sempre, sempre e sempre caiu no jugo do Mal, enquanto que, sempre que ela e cada pessoa se aproximou de DEUS, foi a paz e a prosperidade. A história desmascara semelhante asneira e a SAGRADA ESCRITURA farta-se de falar da felicidade dos justos e da infelicidade dos pecadores. O REINO DE DEUS é aquilo que o coração humano deseja; é a paz, a alegria, a felicidade, a prosperidade; é aquilo que o coração humano deseja, viver segundo a sua natureza, em vez de se voltar contra ela. Essa mentira é descarada também porque eles nunca conheceram o "jugo" de DEUS - que todos querem sem nenhuma imposição, pois, ninguém tem nada contra a felicidade -, só conheceram o jugo do Mal. Como podem falar do que desconhecem - que eles mesmos reconhecem desconhecer, pois o confessam, eles mesmos o confessam!, quando dizem que não acreditam em DEUS (ou seja, nunca conheceram o REINO DE DEUS...) -, como podem dizer o que dizem se nem podem fazer comparações? Mas aqueles que vivem na amizade de DEUS, esses, sim, podem fazer as comparações, conhecem as duas vidas, a vida do passado sob o jugo do Mal, e nova vida na liberdade dos filhos de DEUS, são eles que, com a experiência da sua própria vida, podem fazer as comparações das duas vidas, que conhecem, e dizer onde está a felicidade: em DEUS, no Seu REINO. Os que não querem o REINO DE DEUS, estes, nada podem dizer, só conhecem uma coisa, a escravidão do Mal, fazendo sempre a sua vontade.

A SAGRADA ESCRITURA não se cansa de repetir e tantos e tantos santos fartam-se de dar esse testemunho, em todos os tempos: a felicidade, logo, a libertação de jugos que trazem a infelicidade, está no REINO DE DEUS, que CRISTO veio trazer ao mundo.

O salmista continua a falar desses concidadãos  inimigos de CRISTO... Á maneira humana, fala da inutilidade das acções dos inimigos de CRISTO. Sem dúvida, causam muito mal e sofrimento, mas a última palavra não é da morte, já dizia o papa João Paulo II, mas do AMOR:

AQUELE (DEUS) que mora nos CÉUS sorri,
o SENHOR escarnece deles.
Então lhes fala com ira
e com Sua cólera os atemoriza:

«Fui EU QUEM ungiu o Meu REI (CRISTO JESUS)
sobre SIÃO, Minha Montanha sagrada». (IGREJA)
Vou proclamar o decreto do SENHOR.
ELE disse-ME: «TU és Meu FILHO.
EU hoje TE gerei.

Pede-ME e TE darei as nações por herança
e os confins da Terra para Teu domínio.
Hás-de governá-los com ceptro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro».
(Salmo 2,4-9)


É preciso muito cuidado em distinguir a revelação de DEUS (o que DEUS quer dizer pelo Seu autor sagrado), dos sentimentos do autor sagrado, bem como dos hábitos, costumes, contexto, situação, etc, do tempo em que viveu e escreveu isto, para, não entendendo nada do que está a ler, ir escrever coisas como «evangelho segundo Fulano», ou «segundo Sicrano» e outras coisas, tais como livros para dizer que a BÍBLIA mentiu, e tantas outras coisas por aí a circular nas livrarias, que nada têm a ver, contudo, com a BÍBLIA - o livro, melhor, a coleção de livros mais vendida do mundo, onde está escrito, é preciso distinguir doutros livros..., a PALAVRA DE DEUS ou SAGRADA ESCRITURA. É à maneira humana - de alguém que ama muito a DEUS, pode-se ver isso, visível ao olho nú, neste salmo, precisamente na maneira que ele expressa os seus próprios sentimentos -, para dizer que, os que fazem guerra contra DEUS - e até dizem que DEUS não existe, mas não têm desculpas ao dizerem isso (pois, DEUS deixa-SE encontrar por quem O procura) - não são nada, para quererem opor-se a DEUS. Para dizer que não adianta lutarem contra CRISTO, o próprio FILHO DE DEUS que, assumindo a nossa humanidade, glorificou-A no mistério pascal: «TU és Meu FILHO. EU hoje TE gerei.» (em CRISTO, todo baptizado se torna FILHO DE DEUS, gerado não  mais na carne, mas na fé em CRISTO). E é claro que tudo pertence a DEUS, a JESUS CRISTO, nada nos pertence (a China, por exemplo, não pertence aos donos da China (e donos dos chineses, pois, estes, devem comportar-se segundo determinam os donos da China e dos chineses; coisa semelhante se pretende fazer aqui na europa, através da democracia, mas isso é outro assunto). Tudo pertence a DEUS). No dia do Juízo Final, o mundo inteiro, sob o dominio temporário do poder do Mal, há-de ser plenamente libertado por JESUS: «Pede-ME e TE darei as nações por herança e os confins da Terra para Teu domínio.» «Hás-de governá-los com ceptro de ferro, quebrá-los como vasos de barro», porque o Mal nada mais poderá fazer de mal, o seu poder será totalmente destruído. «Hás-de governá-los com ceptro de ferro, quebrá-los como vasos de barro» aplica-se também, e já agora, a todo o discípulo de CRISTO: passou a dominar, nele, todos os seus inimigos, que o faziam infeliz: a mentira, a inveja, a calúnia, o escândalo, a luxúria, a preguiça, as doenças mentais e físicas; todos esses inimigos e outros, além do pecado (grave), não prevalecem mais contra ele, e CRISTO é tudo para ele e está acima de tudo isso para se dar importância a elas. Todos esses seus inimigos nada podem contra ele - a história da IGREJA é fértil de exemplos para o mundo incrédulo... -, porque o REINO DE DEUS habita nele, porque é JESUS CRISTO que venceu e que vence, nele, todos os seus inimigos, inimigos da sua felicidade. Os amigos de DEUS conhecem isso que o mundo desconhece, em particular, os que chamam ao REINO DE DEUS de jugo, mas por ignorância e desonestidade (desonestidade, porque não conhecem DEUS, como eles mesmo o confessam; como podem, então, dizer o que dizem?). E, continuando à maneira e estilo humano, há uma advertência aos que estão no erro e têm poder:

E agora, ó reis (os que têm o poder), tomai sentido,
atendei, vós que julgais a Terra.
Servi ao SENHOR com temor,
aclamai-O com respeito.

Reverenciai-O para que não SE irrite
e fiqueis perdidos;
porque num repente se inflama a Sua ira.
Felizes todos os que confiam no SENHOR.»
(Salmo 2,10-12)


«Num repente», porque nós não podemos saber nem o dia nem a hora em que teremos de dar contas a DEUS do que fizémos, de bem ou de mal. E claro, ao contrário do que se diz (tão absurdamente): «Felizes (SÃO, ISSO, SIM) todos os que confiam no SENHOR.» As advertências da SAGRADA ESCRITURA aos errados - como as de JESUS nesta parábola -, têm a intenção de salvação, tal como nos locais onde se pode morrer eletrocutado, há advertências às pessoas: «Perigo de morrer eletrocutado».

Continuando a parábola de JESUS, no Juízo Final, JESUS primeiro SE dirigirá aos Seus discípulos, para o julgamento, após destruir o poder do Mal:

Quando voltou, depois de tomar posse do reino (depois de destruir totalmente o poder da trevas), mandou chamar os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que tinha ganho cada um deles. O primeiro apresentou-se e disse: «Senhor, a tua mina rendeu dez minas.» Respondeu-lhe: «Muito bem, bom servo; já que foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades.» O segundo veio e disse: «Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.» Respondeu igualmente a este: «Recebe, também tu, o governo de cinco cidades.» 


Veio outro e disse: «Senhor, aqui tens a tua mina que eu tinha guardado num lenço, pois tinha medo de ti, que és homem severo, levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.»


Este baptizado tem uma idéia absurda e deturpada de DEUS... DEUS não é nada disso!... DEUS é AMOR, mas também é VERDADE e leva em conta a verdade que está no nosso coração:

Disse-lhe ele: «Pela tua própria boca te condeno, mau servo! Sabias que sou um homem severo (o que não é verdade), que levanto o que não depositei e colho o que não semeei; então, porque não entregaste o meu dinheiro ao banco? Ao regressar, tê-lo-ia recuperado com juros.» 

Se não quis render, porque não permitiu que outros fizessem render a mina; guardou-a e escondeu-a só para si. Este servo, do que recebeu de DEUS, nada fez, nem em seu favor (o que já tem, por efeito inevitável, o bem dos outros... (rendimento da mina)), nem em favor dos outros (rendimento no banco)...

E disse aos presentes: «Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas.» (A graça de DEUS nunca se perde; quem a rejeita, vai para outro) Responderam-lhe: «Senhor, ele já tem dez minas!» Digo-vos EU: A todo aquele que tem (porque fez render o que recebeu; a semente caiu em terra boa...) há-de ser dado (deu 100 por 1, 50 por 1 ou 10 por 1), mas àquele que não tem (não rendeu; a semente caiu em terra má), mesmo aquilo que tem (que recebeu) lhe será tirado. 

Muitas vezes - uma advertência para nós, os cristãos - podemos pensar que temos alguma coisa, quando, na verdade, a única coisa que temos de nós, criaturas livres, é o mau uso da liberdade, o pecado, enquanto que tudo que temos de bom vem de DEUS, mas, além desse engano nosso, não fizémos render essas coisas  boas, que DEUS nos dá, para o nosso bem e bem dos outros; que DEUS nos perdoe...  É que cada um de nós é um dom de DEUS para os outros, para o bem dos outros e não, nunca, para o seu mal. 

Como já havia dito, nesta parábola, JESUS não fala dos que não O conheceram e não têm culpa, notaram isso? Estes, conhecem menos a vontade de DEUS, têm culpa menor, terão um julgamento mais tolerante, já o SENHOR havia dito noutra altura. Que Siro e a Sidónia não se voltem contra nós, os cristãos, no dia do Juízo Final! Não sejam eles a nos julgarem:

No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. (Lucas 10,14) 

Os que não conheceram CRISTO e não têm culpa - e até não conheceram CRISTO por causa da perseguição que a IGREJA padece (são os perseguidores os culpados) -, serão julgados de modo mais tolerante e, se forem justos, o que só é possível com a graça de JESUS, que não conhecem, mas acreditam n'ELE, porque acreditam no bem, receberão o baptismo do desejo (se conhecessem CRISTO, aderiam a ELE de imediato). Há muitas religiões e há seres humanos justos que não foram baptizados (receberão, na hora da morte, o baptismo do desejo, ou do martírio, se deram a vida por DEUS, e baptizados que são infiéis...), mas o salvador é um só, JESUS CRISTO. Mesmo que eles não saibam, é por causa de JESUS, que eles são justos.

Nesta parábola, JESUS só fala de nós, os que cremos em CRISTO, a IGREJA, e dos Seus inimigos. Graças a DEUS, que é exageradamente bom para todos nós, até para os Seus servos infiéis, a SAGRADA ESCRITURA não se cansa de dizer que serão multidões a se salvarem - isto é, a aderirem a CRISTO, ao POVO DE DEUS -  de todos os cantos da Terra e de todos os povos e culturas:

O SENHOR frustrou os planos dos pagãos (dos inimigos de CRISTO), fez malograr o projectos dos povos. (Salmo 23,10) A PEDRA que os construtores rejeitaram (JESUS CRISTO), tornou-se pedra angular. (Salmo 117,22) Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no REINO DE DEUS. (Lucas 13,29)

E, como advertência, aos inimigos de DEUS, diz JESUS na parábola:

Quanto a esses Meus inimigos, que não quiseram que EU reinasse sobre eles, trazei-os cá e degolai-os na Minha presença. 

Quem preferir que o reino do Mal reine nele - que até chama de bem... (e à mentira de bem) -, DEUS respeitará a sua vontade, na hora da morte. Até lá, pode mudar de rumo.

Dito isto, JESUS seguiu para diante, em direcção a Jerusalém.

No contexto do tempo em que contou esta parábola, JESUS vai a Jerusalém para dar a Sua vida por nós e ressuscitar. Também podemos dizer: após a advertência dada aos futuros baptizados, nós, e aos Seus inimigos, por esta parábola,  para o tempo que se seguirá até ao Juízo Final - advertência para nos salvar (o aviso de morrer electrocutado numa estação de metropolitano não tem intenções de ameaçar  ou de meter medo, mas de salvar as pessoas de morrerem electrocutadas) - JESUS segue em direção ao CÉU (Ascensão).

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