TC 28,2 C (Salt.: sem IV)
Segunda-Feira da semana 28 do Tempo Comum.
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Muito cuidado com as vozes do mundo, que são as vozes do príncipe deste mundo, que deseja a perdição eterna para o homem. Parece-me que a maioria das pessoas não toma consciência que estão a ser levadas a pensar e preocupar-se só com o que se passa neste mundo, como se a morte física humana fosse o fim.
A alma humana não é matéria, como nos animais brutos ou nos vegetais, mas espiritual. As faculdades da alma (humana) são a inteligência e a vontade (própria). No acto da vontade consultar a inteligência para decidir sobre alguma coisa está a liberdade de escolha, a liberdade.
No momento da morte, a alma, princípio vital do corpo, abandona-o, deixando-o inerte, dando início à sua corrupção (a vida já não se encontra nele), mas a alma humana está plenamente consciente de tudo que está a acontecer. No Juízo Final, na ressurreição dos corpos pelo poder omnipotente de DEUS, o corpo humano será espiritual, os seus sentidos - as faculdades do corpo - já poderão ver o que estava invisível, o espiritual. O pecado é uma desordem, deficiência de bem, de natureza espiritual. Nesta vida, não podemos ver o pecado, só podemos sentir os seus efeitos, após mais um engano, mais uma mentira da tentação. Quão desagradável seria, se os nossos sentidos, nesta vida, pudessem ver o pecado!
O próprio FILHO DE DEUS veio ao mundo, assumindo a nossa humanidade, dizer que esta vida é só passagem. O senso religioso do homem diz que a vida do homem não termina com a morte física. A Filosofia provou que a alma humana é espiritual e que DEUS deu a imortalidade à alma humana por ser espiritual, como deu a imortalidade aos anjos por serem espíritos puros. A nossa consciência toma consciência disso mesmo, embora a mensagem do mundo, premeditada ou não, é adormecer essa consciência para só se pensar nesta vida. A história e pré-história dão sinais disso mesmo, etc. JESUS, na plenitude dos tempos, viria lembrar e dizer que DEUS, Seu PAI, quer dar muito mais ao homem, após esta vida: a participação na vida divina no CÉU, já tendo o seu início nesta vida.
Tudo tem a sua importância relativa, mas nada é mais importante do que a conversão a DEUS, Nada é mais importante do que buscar a cura espiritual, que acontece quando DEUS perdoa todo um passado de alguém. DEUS faz isso na IGREJA pelo Sacramento da Reconciliação ministrado por um sacerdote devidamente autorizado (pela IGREJA), bispo ou padre. JESUS deu esse poder aos sacerdotes - só a eles -, a RAINHA DA PAZ, nas Suas mensagens mensais do dia 2, vem lembrando isso mesmo, nestes tempos: as mãos benditas (abençoadas) do sacerdote, com poder de ressuscitar a alma humana que estava morta pelo pecado mortal, no Sacramento da Reconciliação. Esta vida é só passagem, não é a definitiva, é preciso não ir na alienação do mundo, mas buscar a misericórdia de DEUS, hoje mesmo. A mensagem de Fátima, de todas as aparições de NOSSA SENHORA já reconhecidas pela IGREJA, vem lembrar isso mesmo e que está na SAGRADA ESCRITURA.
Queridos filhos, desejo que sejais um reflexo de JESUS, que iluminará este mundo infiel, que caminha nas trevas.
Caminha nas trevas, tanto no oriente, quanto no ocidente ainda mais. Mas este mundo não está nas mãos do espírito do Mal, tudo é conduzido por DEUS:
JESUS, que iluminará este mundo infiel, que caminha nas trevas.
Que sentido tem uma mensagem destas, da RAINHA DA PAZ, se a morte física do homem fosse o fim? Iluminará o mundo?! Já cá não estou! Não teria cabimento isto que NOSSA SENHORA diz, nem muitos dos pedidos que nos faz. Se fosse assim, pois - nisto somos iguais (igualdade) - todos morremos um dia e, se é o fim, os pedidos de NOSSA SENHORA e o que diz a SAGRADA ESCRITURA não tem sentido..
DEUS não SE esconde de quem O procura, de quem deseja conhecer DEUS. Se os incrédulos buscarem DEUS, com humildade na oração, hão-de encontrá-l'O. Depois de descobrirem DEUS, verão e compreenderão, mas só depois. JESUS nunca disse a ninguém: «Vê e vem». Isto é típico da propaganda, mostrar para atrair, muitas vezes, a uma mentira. DEUS pede a fé. ELE, para quem O vê, é irresistível, é o fim do homem, que é ser feliz, mas ELE quer que a nossa livre escolha primeiro opte, na fé, por ELE. JESUS sempre disse: «Vem e vê (mas só depois e até já neste mundo)».
A incredulidade lá tem as suas razões - o homem é uma criatura racional, pensa e decide, nem sempre racionalmente, mas há sempre alguma razão -, mas só a DEUS cabe julgar. Contudo, essa incredulidade pode fazer muito mal, sobretudo a dos que têm o poder para o fazer:
Quanto mal fazem aqueles que precisam de ver ou compreender para crer!
A morte física não é o fim, nem o fim do sofrimento. Só no CÉU não existe mais o sofrimento, apenas existe felicidade. Na Terra existe o sofrimento - causado pelas injustiças, doenças, velhice, etc - porque existe o pecado que o causa, causa essas coisas; no Inferno existe o sofrimento porque o pecado reina inteiramente; no Purgatório não existe o pecado, mas existe o sofrimento da purificação para poder ver DEUS. Só no CÉU não há mais sofrimento.
Aquela idéia: «Morreu, já não sofre mais» é uma mentira, uma mentira bem perigosa, talvez uma das mentiras mais maliciosas do príncipe deste mundo, que deseja a perdição humana.
«EU sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em MIM, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em MIM não morrerá para sempre. Crês nisto?» (João XI, 25-26)
JESUS não está a falar das coisas deste mundo, ELE mesmo havia dito que o Seu REINO não é deste mundo, mas das coisas futuras e espirituais, que, contudo, já têm o seu início nesta vida para quem acredita n'ELE:
«Quem crê em MIM, mesmo que tenha morrido, viverá.»
Mesmo que a sua alma esteja morta pelo pecado, alcançará a misericórdia, o perdão que ressuscita a alma humana morta. Ainda que a sua alma esteja morta pelo pecado, crendo em MIM, na Minha misericórdia, ressuscitará. Qualquer um pode buscar esse perdão de DEUS pela fé em JESUS CRISTO, DEUS humanado. Esse perdão, essa que é a verdadeira libertação (- ninguém pode sentir-se livre, enquanto fôr oprimido pelas dúvidas e interrogações da falta de paz, da falta do sentido da vida, de viver semesperança, estes e outros opressores não o deixarão ser livre -), encontra-se na IGREJA, lembro mais uma vez, com a garantia do Sacramento da Reconciliação.
A vida que JESUS oferece não é a vida biológica, mas vida na GRAÇA e, depois, na GLÓRIA do CÉU. Vida como participação da própria vida de DEUS, já tendo o seu início neste mundo:
«EU sou o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA» (João XIV, 6a)
Só ELE é o CAMINHO, o SALVADOR («Ninguém vai ao PAI, senão por MIM.» (João XIV, 6b)). A VERDADE que liberta:
«Se permanecerdes fiéis à Minha MENSAGEM (o EVANGELHO), sereis verdadeiramente Meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» (João VIII, 31-32)
Enquanto o homem não descobrir o sentido e significado da sua vida, que é DEUS (só pode ser DEUS), estará longe da libertação que só a VERDADE lhe pode oferecer. Estará longe, como já mencionei, da verdadeira liberdade, acossado de angústias e dúvidas, sem a esperança.
JESUS é a VIDA sobrenatural da alma, como participação da vida de DEUS na GRAÇA e depois na GLÓRIA.
Continuação de uma boa semana na paz de DEUS - quem não a tem, não deixe de buscá-la hoje mesmo -, e até amanhã, se DEUS quiser!
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