TC 24,3 B (Salt.: sem IV)
Terça-Feira da semana 24 do Tempo Comum.
- São Roberto Belarmino, Bispo e doutor da Igreja, mf.
- Santa Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja, mf.
Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra «Q» de «Quem como DEUS?».
*** *** ***
| «Pela Minha MÃO foram feitas todas as coisas e tudo ME pertence,
diz o SENHOR.
O Meu OLHAR volta-SE para os humildes e os corações contritos,
para aqueles que temem as Minhas palavras.» |
(Isaías LXVI, 2)
A obra da Criação ficou completada no chamado «sétimo dia», que é o sábado. O que DEUS fez, não precisa de evoluir, foi bem feito.
Não confundir a evolução, inventada por Darwin, com o significado metafísico do movimento, que é próprio da criatura que procura a perfeição sem deixar de ser a criatura que é. Toda a Criação está em movimento.
Na evolução existe o passe de mágica de uma mudança substancial de uma criatura que se torna não só noutra criatura, como também superior à anterior... Só por passes de mágica o efeito pode conter a causa. No evolucionismo contém. A mudança metafísica é acidental, a criatura não deixa de ser o que é com a mudança. No evolucionismo, a criatura deixa de ser o que era (uma pedra), para ser outra e não só outra, mas outra superior à que era (um vegetal). Ou um macaco se torna um homem, imagine-se.
O «homo recens» (moderno) de alguma forma não crê em DEUS e é por isso que inventa muitos deuses irracionais e até algo sem pés nem cabeça, como religiões sem DEUS. Por "decreto-lei" - sem argumentação racional nenhuma -, diz que DEUS não pode entrar na explicação da Criação, apesar de, no mundo real, só e somente DEUS poder explicar a Criação.
DEUS tudo criou perfeito, mesmo que as perfeições das criaturas sejam finitas. O homem é que estragou tudo, ao querer tomar o lugar de DEUS, causando desordens nessa criação a partir do pecado original. Foi por inveja do Diabo, enganando Eva, que a morte entrou na Criação:
| DEUS criou o homem para a incorruptibilidade e fê-lo à imagem do Seu próprio SER.
Por inveja do Diabo é que a morte entrou no mundo, e hão-de prová-la os que pertencem ao Diabo. |
(Sabedoria II, 23-24)
A História ensina e testemunha que a humanidade inteira, salvo ridículas excepções e localizadas só em alguns pontos do planeta, sempre acreditou no verdadeiro DEUS, como Criador de todas as coisas, todas elas na dependência dELE e com o dever religioso das criaturas inteligentes para com ELE. É um consenso universal da humanidade. O senso comum nunca se engana, mesmo que possa não saber explicar a razão desse consenso. Foi São Tomás que depois deu a explicação racional. E há outras vias. Mesmo que muitas vezes deformada a idéia de DEUS pela herança do pecado original, que até se degenerou em algumas regiões em politeísmo, este é o senso comum da humanidade inteira sobre DEUS: CRIADOR de todas as coisas, o SENHOR a QUEM temos o dever religioso público e privado. A humanidade inteira, nesse senso comum, jamais pensou, sequer passou pela cabeça uma religião sem DEUS. Sempre associou a Religião a DEUS e somente a DEUS. O «homo recens» é que gosta de inventar.
Falando de DEUS, tomava-se logo consciência do dever religioso; falava-se de Religião, e logo se associava a DEUS e só a DEUS. Uma religião sem DEUS é fruto de uma modernidade dominada pela soberba: o fim da Religião é a salvação sem a qual o ser humano não o atinge, que não está nos deuses inventados pela modernidade fantasiosa. A Religião tem a finalidade de salvar o ser humano e é JESUS CRISTO que é salva. Ora, só DEUS salva e só DEUS pode salvar. Não existe Religião sem DEUS, esta é falsa e não salva, aliás, engana e por detrás do engano está Satanás. A Religião aplica-se somente a DEUS e este é também o consenso universal da humanidade.
DEUS, o verdadeiro DEUS, que a humanidade inteira sempre entendeu no seu senso comum QUEM É, é omnipotente e tudo faz bem feito - relativo à Sua criação visível e invisível - e sem precisar, como as criaturas, de fazer barulho ou de pedir ajuda a alguma explosão barulhenta para criar. Basta dizer «faça-se» e é feito sem agitações. A Sua Criação não foi começada, mas terminada. Em cada dia, enquanto criava, DEUS viu ser muito bom: «E viu DEUS que era tudo muito bom». Foi o homem que, querendo colocar-se no lugar de DEUS, trouxe as desordens por querer ser o que não é, por querer colocar-se no lugar de DEUS.
| «O Meu povo cometeu um duplo crime: abandonou-ME, a MIM, nascente de ÁGUAS VIVAS, e [querendo colocar-se no lugar de DEUS e voltar-se para os seus ídolos (Baal)] construiu cisternas para si, cisternas rotas, que não podem reter as águas [tanto esforço e quase nada, salvo um modo de viver vazio que muitas vezes leva ao suicídio, pois só DEUS é a realização da criatura].» |
(Jeremias II, 13)
DEUS, pelo Seu Profeta, fala ao povo da Antiga Aliança, mas ESTA palavra vale para a IGREJA e para o mundo inteiro, pois JESUS veio para todos. Sem DEUS, construímos cisternas rotas, um verdadeiro vazio.
A Criação foi em seis dias exactos, descansando DEUS dela ao sétimo dia, pergunto-me eu, a mim e a ti, «homo recens»? Quem pode garantir que é uma interpretação literal? Alguém esteve no momento em DEUS foi dando existência às coisas para observar como foi e anotar quanto tempo durou?
Nas ciências humanas inferiores
- que são as ciências da experimentação e observação, que limitam-se às causas segundas dos fenómenos, não podem ir além disso, são ciências de 3º grau de abstração, o mais baixo grau e, por isso, mais complexas (quanto mais complexas, menos poder explicativo), cujas conclusões, como só podia devido a essas limitações, dão apenas uma certeza provável, tendo muitas vezes que fazer correções e formar novos modelos como, por exemplo, na Física, e isso é sabido, como também nas pesquisas na Medicina, etc. Só a Filosofia, uma ciência superior das primeiras causas, provando alguma tese, dá uma certeza absoluta, pertence ao 1º grau de abstração -
é um requisito necessário observar e fazer experimentações para concluir por indução. Esteve algum desses cientistas modernos a observar o acto da Criação de DEUS para dizer: não, a Criação em sete dias é de interpretação literal?
Não é importante na REVELAÇÃO DE DEUS saber se foi em sete dias ou em sete períodos de tempo, mas o que DEUS nos quer dizer. Contudo, note nesse «contudo», ninguém pode afirmar que a interpretação dos sete dias é literal. Podemos, isso, sim, é observar donde apareceu a idéia do número sete, já que a nossa mão tem cinco dedos (também o pé), as duas mãos tem dez dedos e, por isso, a aritmética natural humana é o sistema decimal, como o natural para máquinas programáveis é o binário. Donde apareceu a necessidade de uma semana com um ciclo de sete dias? Porque não, dez, como seria o natural? Mas sete dias é o ciclo da semana.
Pela Criação compreendemos que DEUS existe, da mesma forma que, observando uma pintura, compreendemos que existe um pintor. Alguém, de bom senso, vai compreender diferente? Vai achar que a pintura não tem autor?
A modernidade consegue acreditar - é uma fé - que o pintor não existe ou não precisa de existir a não ser no pensamento humano (que não pode criar, porque não é DEUS, Sr. Kant!). Cada qual vai imaginar quem é o pintor e que o pintor verdadeiro se dane ao sentir-se difamado. Se o verdadeiro pintor, e não, o que está na cabeça de alguém, disser: «não, não sou nada disso», o «homo recens» diz que quem manda é ele e a sua opinião, e arrebita o nariz, para dizer que é senhor do seu nariz. Sem dúvida que nem do seu nariz é!
Com a modernidade, voltou-se gradualmente ao antes de Cristo.
| Os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o SENHOR QUEM fez os céus. |
(Salmo XCV, 5)
O «céus», que não é o CÉU, mas aquela parte da CRIAÇÃO visível que o ser humano não consegue alcançar, tão preso está à Terra. Quantas dificuldades para se chegar à Lua..., e só alguns astronautas apenas. Um disse não ter conseguido ver DEUS no espaço. Claro que não! É preciso a humildade, pois só podemos ver DEUS, SE ELE quiser que O vejamos e, diz a ESCRITURA, ELE resiste aos soberbos. O espaço celeste pertence à Criação visível e não ao CÉU.
Para terminar, um engenheiro, suponho ter sido um engenheiro, disse que a queda da Torre de Babel se deveu a um erro de Engenharia. Não sei se o autor desta explicação leu a SAGRADA ESCRITURA sobre o assunto, que não diz ter sido um problema de Engenharia, mas intervenção divina. Se leu, quer desmentir o que diz a SAGRADA ESCRITURA?
Por que diz ter sido um problema de Engenharia? Esteve lá para observar? As escavações que se fazem hoje sugerem isso ou podem sugerir isso? Já agora, a queda das duas Torres Gémeas em Nova Iorque foi um problema de Engenharia? Porque devo acreditar mais na sua explicação do que no que SAGRADA ESCRITURA diz?
Como está apenas a dar uma opinião - não basta ser engenheiro, é preciso provar - é uma questão de fé. Mas o engenheiro será uma autoridade mais credível do que a PALAVRA DE DEUS?!
E é isso mesmo que eu chamo a atenção para quem diz ser discípulo de CRISTO: a modernidade fala de uma deus que não foi o revelado por JESUS CRISTO; ensina coisas que se opõem aos ensinamentos de JESUS CRISTO. Não prova nada do que afirma e se apresentasse alguma prova, seria uma prova mentirosa facilmente desmascarável, como já aconteceu muitas vezes no passado. Claramente, o «homo recens» se opõe ao SENHOR e cabe agora a ti fazer a tua livre escolha.
A tua fé está no SENHOR, ou no modernismo?
Tens que escolher.
Mais uma provocação para terminar: eu acredito, e tenho razões (racionais) para crer como possibilidade (possibilidade) - pelo modo como isto está descrito na SAGRADA ESCRITURA -, que a travessia do povo de DEUS no Mar Vermelho foi na parte mais larga do mar e que nem sequer foi um milagre - aquilo que só DEUS pode fazer e não precisa de pedir autorização a ninguém para fazê-lo -, mas uma intervenção natural de um Anjo do Senhor por ordem do SENHOR.
Para a fé do «homo recens», isso é impossível; mas para um Anjo do Senhor é perfeitamente possível, estas criaturas têm pleno domínio sobre a matéria. Também os demónios. Também são anjos, e mal de nós, não fosse DEUS a impor limitações à sua acção perversa no mundo.
«EU vim para que tenham vida e a tenham em abundância.» (JESUS)
Continuação de uma boa semana já a terminar o seu terceiro dia (Terça-Feira), e até amanhã, se DEUS quiser!