TC 33,4 B (Salt.: sem I)
Quarta-Feira da semana 33 do Tempo Comum.
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Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog», letra M, «Mensagens de DEUS para o nosso bem».
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| JESUS entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver QUEM era JESUS, mas, devido à multidão, não podia vê-lO, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver JESUS, que havia de passar por ali.
Quando JESUS chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe:
«Zaqueu, desce depressa, que EU hoje devo ficar em tua casa».
Ele desceu rapidamente e recebeu JESUS com alegria.
Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo:
«Foi hospedar-SE em casa dum pecador».
Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao SENHOR, dizendo:
«SENHOR, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe JESUS:
«Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido». |
(Lucas XIX, 1-10)
Os Profetas do Antigo Testamento falam do «Filho do Homem», e compreende-se no Novo Testamento que se trata de JESUS, o FILHO DE DEUS, que assumiu a nossa humanidade através de MARIA, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, como «filho de Adão», para, como o NOVO ADÃO, salvar-nos. O próprio SENHOR várias vezes SE identifica como o «Filho do Homem» anunciado pelos Profetas. JESUS é o CRISTO (MESSIAS) das profecias e ESSE messias é o próprio DEUS na pessoa do FILHO, que assumiu a nossa humanidade.
Cabe observar algo de muito interessante da revelação privada de JESUS a Santa Faustine Kowalska da Misericórdia Divina: um quadro revela três portas - PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO -, mas só a porta do meio, a do FILHO, está aberta e à frente dela, está a imagem de JESUS da Misericórdia Divina.
Só ESSA porta se abriu, porque foi o FILHO que assumiu a nossa humanidade em MARIA, como o Filho do Homem, mas que tem merecimentos infinitos porque é DEUS. E de facto, o próprio SENHOR dirá ser o BOM PASTOR e a PORTA (ou CAMINHO da nossa salvação).
Zaqueu procurava ver o SENHOR: esta é a GRAÇA que o SENHOR concede a todos, a graça da conversão: abrir-se ao SENHOR, à sua salvação. Zaqueu abriu-se a ela. DEUS respeita a nossa liberdade. A GRAÇA antecede a nossa livre escolha, mas depois temos que fazer a nossa escolha.
Zaqueu estava aberto, queria ver o SENHOR e nada lhe impedia esse seu desejo e esperança, nem a vergonha, como chefe dos publicanos, de subir a uma árvore. Zaqueu, com a espontaneidade duma criança - delas é o REINO DE DEUS -, enfrentou todos os obstáculos, até a humilhação, para alcançar o que desejava, a esperança animava-o. Sentia que em JESUS estava o significado da sua vida.
«Foi hospedar-SE em casa dum pecador».
Aqui temos a insensatez de querermos julgar os outros porque o nosso orgulho (cegueira) faz crer que somos melhores que os outros, porque nem olhamos para nós mesmos, só para os outros, e, por isso, nada sabemos de nós mesmos. Verdadeira mentira quando pensamos assim, só a DEUS, que sabe o que está no coração humano, cabe julgar e dizer "quem é quem". JESUS queria passar por ali mesmo para resgatar Zaqueu, bem sabia o que estava no coração de Zaqueu, um coração preparado para receber o tesouro da justificação.
«Foi hospedar-SE em casa dum pecador».
Podes crer, tu que dizes isso de Zaqueu, porque quando dizes isso, confessas, e é verdade, seres mais pecador do que Zaqueu, que até vai ser justificado e tu não. Como JESUS explicou numa parábola sobre outro publicano e o fariseu orgulhoso, que se julga bom: o publicano foi justificado, o fariseu, não.
Quando JESUS chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe:
«Zaqueu, desce depressa, que EU hoje devo ficar em tua casa».
JESUS olhou..., pois Zaqueu queria ser olhado, buscava ver JESUS, que havia dito: «EU bato à porta. Se alguém abri-la, entrarei e cearei com ele» (JESUS). A GRAÇA antecede, mas depois cabe a nós, e a Zaqueu, abrir-se à GRAÇA.
«SENHOR, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais».
O modo como Zaqueu diz isso, até me parece que os seus pecados nem eram assim tão graves, graves, talvez, mas não tão graves. É uma opinião minha, mas só JESUS lá sabia. De todas as formas, todos nascemos sob o domínio de Satanás, como herança do pecado original, e Zaqueu não era a excepção. A única excepção, graças aos merecimentos do FILHO, foi NOSSA SENHORA; e até a luz natural da razão concorda que só podia ser assim para a MÃE que O geraria, a menos que pregues a heresia de que JESUS não é DEUS.
Notemos que em tudo isto aqui, embora JESUS ainda não tivesse instituído o Sacramento da Confissão (da Reconciliação, da Penitência), Zaqueu está a confessar-se ao SENHOR. Nessa confissão, Zaqueu tem duvida se causou prejuízo a alguém, como era hábito dos publicanos daquele tempo causar: «se causei qualquer prejuízo a alguém.»
Ele não tem essa certeza. Nós só cometemos pecado grave quando temos plena consciência de o ter cometido, salvo nos casos de matéria gravíssima, que é sempre pecado grave. Diante desta dúvida honesta de Zaqueu - JESUS sabe de tudo e não podemos enganá-lO -, até acredito que Zaqueu, pelo menos gravemente, não prejudicou ninguém, só tinha a fama de ser publicano, mas agora é uma opinião minha.
Também devemos, como Zaqueu, acusar em Confissão aquilo que temos dúvida, porque a graça deste Sacramento é fortalecer-nos naquilo que acusamos em Confissão, para não voltarmos a cair. Eis porque devemos recorrer a esse tesouro regularmente, que é o nosso encontro com JESUS, não só quando tenhamos a infelicidade e crueldade de ter cometido pecado mortal, mas também quando só temos pecados veniais.
«EU vim para que tenham vida e a tenham em abundância.» (JESUS)
Continuação de uma boa semana já no seu quarto dia (quarta-feira), e até amanhã, se DEUS quiser.
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