TC 11,4 Ano B
Beata Sancha e Beata Mafalda, virgens, e Beata Teresa, religiosa, MF.
Nota: grandes portuguesas que honraram e honram o nome de Portugal... (Para valer! Não precisa de pesquisa de opinião (a verdade))
Beata Sancha e Beata Mafalda, virgens, e Beata Teresa, religiosa, MF.
Nota: grandes portuguesas que honraram e honram o nome de Portugal... (Para valer! Não precisa de pesquisa de opinião (a verdade))
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Todas as ligações do assunto encontram-se arquivadas aqui:
Após Santo Agostinho, vieram as invasões dos bárbaros: os bárbaros trouxeram condições políticas e sociais nada favoráveis ao desenvolvimento da cultura intelectual de modo que o período de 430 a 800 depois de Cristo viveu em trevas e ignorância. A IGREJA, sacramento de salvação para o mundo inteiro em todos os tempos, concentra-se na humanização e cristianização (= salvação) das hordas invasoras.
«Sob o magistério e disciplina da IGREJA saiu a moderna civilização ocidental.» (Padre Leonel Franca S.J.)
Com a invasão dos bárbaros, o mundo leigo divorciou-se das letras e ciências. É a IGREJA que vai dar-lhes asilo (e protecção) aos tesouros intelectuais da antiguidade (teriam sido destruídos, não fosse a IGREJA).
Após esse tempo de trevas, temos o período do século IX a XVII: é o período luminoso da Idade Média. É aqui que se vai construir e solidificar a base daquilo que chamaremos de civilização ocidental. Aqui nascem as primeiras universidades, inteiramente livres, ao contrário do que se vê a partir do iluminismo, com as primeiras universidades estatais. Nestas, acabou a liberdade de pensamento: todos tinham que seguir a ideologia iluminista (não havia mais a liberdade das universidades medievais). Escreve o Padre Leonel Franca, S.J., no seu livro, Noções de História da Filosofia, Editora Agir (Petrópolis, Brasil):
«Depois de sérias e profundas investigações históricas acerca do pensamento medieval (e não só do pensamento!), iniciadas no princípio do século XIX, desvaneceram-se muitos dos inumeráveis preconceitos - todos os temos... O mal não está neles, mas em permanecermos neles, quando eles estão errados... - acumulados pelo renascimento (período do retorno aos clássicos, é o que significa esta palavra e não o que, em mais uma mentira, se quis dar a entender...) sobre a era do "obscurantismo", e a Idade Média apareceu em todo o resplendor da sua realidade como uma das épocas de vida intelectual mais intensa na história. Em nossos dias só a ignorância e a má fé afirmam pomposamente que um longo eclipse da filosofia dilatou as suas trevas entre os últimos crespúculos da sabedoria antiga e os alvores do pensamento moderno. Nenhum historiador consciencioso ousaria hoje passar em silêncio este período, em que com tanta profundidade e subtileza se agitaram e resolveram os mais árduos problemas que à mente humana é dado investigar.»
Cabe notar uma coisa: o que define uma época ser luminosa ou de trevas, não é o conhecimento humano ou os seus valores ou seja lá o que fôr, mas a proximidade de DEUS. É claro que a proximidade de DEUS, o teocentrismo (e cristocentrismo) tem, como efeito dessa LUZ (o Francisco de Fátima via DEUS deste modo...), um progresso intelectual e social luminoso.
Com o fim da filosofia patrística, surge a filosofia escolástica onde nascerá a filosofia perene, a filosofia sem os erros da chamada filosofia moderna, que viria depois. Jacques Maritain, na sua introdução à Filosofia, vai mostrando que a filosofia moderna, comparada com a filosofia aristotélico-tomista, e usando uma analogia com as ideologias, que se classificam de esquerda e de direita, são teorias da extrema esquerda ou da extrema direita, em relação à Filosofia aristotélica- tomista. A Filosofia aristotélico-tomista, nascida na Escolástica, leva em conta tudo que está presente na chamada filosofia moderna, mas sem os extremismos e, o que é mais importante, é doutrina demonstrada em cada uma das suas teses.
Foi no período luminoso da Idade Média e com a Escolástica que se resolveu o problema dos universais, isto é, da objectividade do conhecimento científico (sem tal objectividade, o conhecimento científico não existe, já que só pode basear-se em opiniões). Porque havia uma liberdade nunca vista neste tempo nas universidades, os erros da filosofia moderna, herança dos erros da filosofia grega, já estavam presentes neste período, nas discussões universitárias:
- O realismo exagerado de Platão com Guilherme de Champeaux: existem realidades objectivas formalmente universais (contra toda a realidade);
- O nominalismo: os universais não passariam de meros vocábulos ou termos comuns (se fosse verdade, não seria possível o conhecimento científico);
- O conceptualismo ou idealismo. Kant, como o seu fenomenismo, mais tarde, vai tentar salvar a objectividade do conhecimento científico, mas salvar porquê, se já estava salvo desde São Tomás de Aquino?;
- O realismo moderado aristotélico-tomista, que não anda em extremismos e demonstra o que argumenta de tese.
Escreve o Padre Leonel Franca: o realismo moderado é «a única solução que põe a salvo a objectividade do conhecimento científico (humano) e se harmoniza com os dados da consciência, defende o valor real e objectivo das idéias, estabelecendo uma distinção entre o modo por que uma coisa existe em si e o modo por que existe na inteligência. Em si (no concreto), os objectos de uma mesma espécie são singulares e individuais, mas participam (isso, sim) duma natureza comum, pela qual se assemelham. Na inteligência, esta natureza comum despida pela abstracção dos caracteres individuais a que se acha unida na realidade, reveste os atributos de universalidade próprios do conceito. O universal, portanto (ao contrário do que pretendia o realismo exagerado), só existe formalmente, na inteligência, mas a semelhança real dos seres duma mesma espécie presta-lhe fundamento objectivo e justifica a aplicabilidade do tipo abstracto a todos os seus representantes individuais e concretos. (Que já existem ou existirão! Serve para todos os casos, os de 1951 e os de 3013!)»
Foi São Tomás que, de Aristóteles, resolveu o problema dos universais. Mas voltemos ao assunto que é ver como se procurou demonstrar a existência de DEUS neste período da história da humanidade.
Santo Anselmo, como um dos primeiros realistas deste período, tenta demonstrar a existência de DEUS «ad priori». René Descartes retomará esta idéia de Santo Anselmo e tentará justificar como válida tal demonstração. É o argumento ontológico: a existência de DEUS é imediatamente evidente, isto é, não precisa de demonstrar. A evidência vale por si mesma. Basta compreender o que significa DEUS (como compreender DEUS, se a nossa inteligência é finita?); a palavra DEUS significa o SER que tem todas as perfeições. O argumento ontológico é um sofisma, passando indevidamente da ordem lógica para a ordem real. «Não posso conceber um ser perfeito sem o conceber como existente (ordem lógica), mas isto não prova que este ser perfeito existe (ordem real).» (Jolivet) Todo o nosso conhecimento não vêm de idéias pré-concebidas platónicas, mas da experiência dos sentidos, assim ensinou Aristóteles. DEUS está para além da nossa apreensão directa e da nossa compreensão natural.
Assim, a demonstração ontológica não é verdadeira: não se pode demonstrar a existência de DEUS deste modo. A única coisa que se pode concluir de tais demonstrações é que DEUS existe necessariamente, se existir.
Fico por aqui e volto quando DEUS quiser, por exemplo, amanhã mesmo, se DEUS quiser!
Com a invasão dos bárbaros, o mundo leigo divorciou-se das letras e ciências. É a IGREJA que vai dar-lhes asilo (e protecção) aos tesouros intelectuais da antiguidade (teriam sido destruídos, não fosse a IGREJA).
Após esse tempo de trevas, temos o período do século IX a XVII: é o período luminoso da Idade Média. É aqui que se vai construir e solidificar a base daquilo que chamaremos de civilização ocidental. Aqui nascem as primeiras universidades, inteiramente livres, ao contrário do que se vê a partir do iluminismo, com as primeiras universidades estatais. Nestas, acabou a liberdade de pensamento: todos tinham que seguir a ideologia iluminista (não havia mais a liberdade das universidades medievais). Escreve o Padre Leonel Franca, S.J., no seu livro, Noções de História da Filosofia, Editora Agir (Petrópolis, Brasil):
«Depois de sérias e profundas investigações históricas acerca do pensamento medieval (e não só do pensamento!), iniciadas no princípio do século XIX, desvaneceram-se muitos dos inumeráveis preconceitos - todos os temos... O mal não está neles, mas em permanecermos neles, quando eles estão errados... - acumulados pelo renascimento (período do retorno aos clássicos, é o que significa esta palavra e não o que, em mais uma mentira, se quis dar a entender...) sobre a era do "obscurantismo", e a Idade Média apareceu em todo o resplendor da sua realidade como uma das épocas de vida intelectual mais intensa na história. Em nossos dias só a ignorância e a má fé afirmam pomposamente que um longo eclipse da filosofia dilatou as suas trevas entre os últimos crespúculos da sabedoria antiga e os alvores do pensamento moderno. Nenhum historiador consciencioso ousaria hoje passar em silêncio este período, em que com tanta profundidade e subtileza se agitaram e resolveram os mais árduos problemas que à mente humana é dado investigar.»
Cabe notar uma coisa: o que define uma época ser luminosa ou de trevas, não é o conhecimento humano ou os seus valores ou seja lá o que fôr, mas a proximidade de DEUS. É claro que a proximidade de DEUS, o teocentrismo (e cristocentrismo) tem, como efeito dessa LUZ (o Francisco de Fátima via DEUS deste modo...), um progresso intelectual e social luminoso.
Com o fim da filosofia patrística, surge a filosofia escolástica onde nascerá a filosofia perene, a filosofia sem os erros da chamada filosofia moderna, que viria depois. Jacques Maritain, na sua introdução à Filosofia, vai mostrando que a filosofia moderna, comparada com a filosofia aristotélico-tomista, e usando uma analogia com as ideologias, que se classificam de esquerda e de direita, são teorias da extrema esquerda ou da extrema direita, em relação à Filosofia aristotélica- tomista. A Filosofia aristotélico-tomista, nascida na Escolástica, leva em conta tudo que está presente na chamada filosofia moderna, mas sem os extremismos e, o que é mais importante, é doutrina demonstrada em cada uma das suas teses.
Foi no período luminoso da Idade Média e com a Escolástica que se resolveu o problema dos universais, isto é, da objectividade do conhecimento científico (sem tal objectividade, o conhecimento científico não existe, já que só pode basear-se em opiniões). Porque havia uma liberdade nunca vista neste tempo nas universidades, os erros da filosofia moderna, herança dos erros da filosofia grega, já estavam presentes neste período, nas discussões universitárias:
- O realismo exagerado de Platão com Guilherme de Champeaux: existem realidades objectivas formalmente universais (contra toda a realidade);
- O nominalismo: os universais não passariam de meros vocábulos ou termos comuns (se fosse verdade, não seria possível o conhecimento científico);
- O conceptualismo ou idealismo. Kant, como o seu fenomenismo, mais tarde, vai tentar salvar a objectividade do conhecimento científico, mas salvar porquê, se já estava salvo desde São Tomás de Aquino?;
- O realismo moderado aristotélico-tomista, que não anda em extremismos e demonstra o que argumenta de tese.
Escreve o Padre Leonel Franca: o realismo moderado é «a única solução que põe a salvo a objectividade do conhecimento científico (humano) e se harmoniza com os dados da consciência, defende o valor real e objectivo das idéias, estabelecendo uma distinção entre o modo por que uma coisa existe em si e o modo por que existe na inteligência. Em si (no concreto), os objectos de uma mesma espécie são singulares e individuais, mas participam (isso, sim) duma natureza comum, pela qual se assemelham. Na inteligência, esta natureza comum despida pela abstracção dos caracteres individuais a que se acha unida na realidade, reveste os atributos de universalidade próprios do conceito. O universal, portanto (ao contrário do que pretendia o realismo exagerado), só existe formalmente, na inteligência, mas a semelhança real dos seres duma mesma espécie presta-lhe fundamento objectivo e justifica a aplicabilidade do tipo abstracto a todos os seus representantes individuais e concretos. (Que já existem ou existirão! Serve para todos os casos, os de 1951 e os de 3013!)»
Foi São Tomás que, de Aristóteles, resolveu o problema dos universais. Mas voltemos ao assunto que é ver como se procurou demonstrar a existência de DEUS neste período da história da humanidade.
Santo Anselmo, como um dos primeiros realistas deste período, tenta demonstrar a existência de DEUS «ad priori». René Descartes retomará esta idéia de Santo Anselmo e tentará justificar como válida tal demonstração. É o argumento ontológico: a existência de DEUS é imediatamente evidente, isto é, não precisa de demonstrar. A evidência vale por si mesma. Basta compreender o que significa DEUS (como compreender DEUS, se a nossa inteligência é finita?); a palavra DEUS significa o SER que tem todas as perfeições. O argumento ontológico é um sofisma, passando indevidamente da ordem lógica para a ordem real. «Não posso conceber um ser perfeito sem o conceber como existente (ordem lógica), mas isto não prova que este ser perfeito existe (ordem real).» (Jolivet) Todo o nosso conhecimento não vêm de idéias pré-concebidas platónicas, mas da experiência dos sentidos, assim ensinou Aristóteles. DEUS está para além da nossa apreensão directa e da nossa compreensão natural.
Assim, a demonstração ontológica não é verdadeira: não se pode demonstrar a existência de DEUS deste modo. A única coisa que se pode concluir de tais demonstrações é que DEUS existe necessariamente, se existir.
Fico por aqui e volto quando DEUS quiser, por exemplo, amanhã mesmo, se DEUS quiser!
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