TC 15,6 B (Salt.: sem III)
Sexta-Feira da semana 15 do Tempo Comum.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.
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Todo este assunto se encontra no seguinte sítio («site» em inglês):
AQUI, letra S (Sinais dos Tempos).
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Em qualquer sistema político, DEUS é QUEM mais deveria ordenar. Este será o melhor sistema político e o único que é justo e conduz à justiça (à igualdade). Aliás, assim deveria ser em todas as dimensões da vida humana.
Digo «deve», porque DEUS nos deu a liberdade de aceitar esta verdade, ou não... Não vai usar a Sua omnipotência para nos obrigar a isso. A Sua GRAÇA é um convite ao nosso bem, que é ser DEUS QUEM mais ordena (e não o Diabo, o egoísmo, os bens, etc), mas não nos vai obrigar..., a escolha é nossa. E, depois de livremente escolhermos quem mais deve ordenar na nossa vida, DEUS ou as riquezas, devemos reconhecer que as coisas acontecem como consequência da nossa livre opção.
Quando se coloca o homem no centro
- a perversidade do antropocentrismo do renascimento, final da Idade Média, a idade luminosa (quanto mais próximos de DEUS, mais luminosa é a sociedade, e vice-versa) -,
faz-se dele um ídolo, aos poucos se torna um produto descartável. Uns valem mais que outros. Quando DEUS está no centro, como deve ser, reconhecemos livremente que é ELE QUEM mais ordena (teocentrismo), então a dignidade humana é respeitada.
Não há meio termo, sobre quem deve ordenar na nossa vida, na nossa família, no casal, na sociedade, na política, no mundo, etc:
Ninguém pode servir a dois senhores, porque, ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a DEUS e às riquezas.
(Mateus VI, 24)
Não há meio termo, umas horas para ser DEUS quem mais ordena e outras para serem as coisas quem mais ordenam na nossa vida:
Onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração.
(Mateus VI, 21)
No tíbio - umas horas para DEUS, outras horas para as riquezas -, a opção já foi em adorar as coisas no lugar de DEUS. Aos poucos, vai abandonando DEUS.
Se são as riquezas, os bens, quem mais ordenam na nossa vida, deprezaremos DEUS ou até O odiaremos... É o que diz JESUS. Este é o maior de todos os pecados, o ódio a DEUS, não há pecado maior do que este.
Vemos que, quando se diz ser o povo, transformado em ídolo, quem mais ordena, a prática é outra, quem mais ordena é quem mais pode ordenar. Foi sempre assim em qualquer sistema político, quando não é DEUS QUEM mais ordena.
Mas reconhecer que só se deve adorar a DEUS - e, como efeito disso, alcançar a verdadeira paz, alegria e amor, a verdadeira felicidade -, significa viver fora deste mundo?
A RAINHA DA PAZ diz que não é isso que DEUS quer, para nos salvar:
Filhos Meus, peço-vos amor incondicional e puro a DEUS. Sabereis estar no recto caminho quando com o corpo estais na Terra, mas com a alma sempre com DEUS. Através desse amor incondicional e puro vereis o Meu FILHO em cada homem. Sentireis a união em DEUS.
Sabereis estar no recto caminho quando com o corpo estais na Terra, mas com a alma sempre com DEUS.
Foi assim com Santa Teresa de Calcutá, só para citar um exemplo, ou São Luís, rei da França, só para citar mais um exemplo. Foi assim com o infante D. Henriques, mais um exemplo. Reconhecer que é DEUS quem mais deve ordenar na nossa vida é até aquilo que desejamos e nos compromete com o bem do próximo e com o que se passa no mundo. Amando a DEUS acima de todas as coisas, verdadeiramente amaremos o nosso próximo; odiando ou desprezando o nosso próximo, revela que o nosso amor a DEUS não existe ou é falso.
Mas o que significa ser DEUS QUEM mais deve ordenar?
Vai DEUS vai querer meter-se nas coisas da política, por exemplo, que são as coisas do poder temporal? JESUS já havia dito que não se mete em tais coisas, não veio ao mundo para isso, mas para salvar o homem:
Disse-LHE Pilatos: «TU és rei!» Respondeu-lhe JESUS: «É como dizes: EU sou REI! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da VERDADE. Todo aquele que vive da VERDADE escuta a Minha VOZ.»
(João XVIII, 37)
Todo aquele que vive da VERDADE escuta a Minha VOZ.
Escuta o ESPÍRITO SANTO.
O REINO DE DEUS não é deste mundo, mas como mudaria o mundo e o transformaria num paraíso terrestre, a caminho do verdadeiro paraíso, o CÉU, se habitasse no coração de cada homem e mulher e jovem e criança, no lugar de outros reinos! Não é deste mundo, mas já está neste mundo, através dos que preferem ser DEUS a mais ordenar e não as coisas.
Dentre a multidão, alguém LHE disse: «MESTRE, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» JESUS respondeu-lhe: «Homem, quem ME nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
(Lucas XII, 13-14)
Não veio para isso, veio para algo de muito mais sério, para nos salvar. Mas como é perigoso quem vive escravo dos bens, alerta o SENHOR:
«Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
(Lucas XII, 15)
DEUS não vai querer meter-se nas coisas passageiras deste mundo, que deveriam conduzir-nos a DEUS ao invés de nos afastar d'ELE. São coisas boas, a sua origem é DEUS. DEUS, contudo, nos abençoa e nos quer abençoar, mas é preciso pedir a Sua bênção. JESUS não vai querer meter-se nas coisas passageiras do mundo, não veio para isso, mas para salvar o homem e o mundo, só ELE pode salvar, porque, óbvio, só DEUS pode salvar.
DEUS deve ser QUEM mais ordena no sentido que devemos respeitar os Seus MANDAMENTOS. As consequências disso, será tudo ir bem melhor na sociedade, na política, na família, no casal, no religioso, etc, e termos a paz que só DEUS dá e a salvação que só DEUS dá. Uma pessoa que diz estar na paz, mas não se reconciliou com DEUS, está na falsa paz. Só em DEUS, NOSSO SENHOR, podemos alcançar a verdadeira paz, que não é aparência, mas profunda, interior.
O cristão fiel reconhece e firmemente quer que seja DEUS, NOSSO SENHOR, QUEM mais ordene. Não segue pensamento de ninguém: nem seu nem de ninguém, mas JESUS, que não é um pensamento ou opinião, mas a VERDADE que salva e liberta o homem, a VERDADE que dá existência a todas as coisas. Na sociedade e na política, guia-se pela Doutrina Social da Igreja, que tem a sua fonte no EVANGELHO.
Podemos e devemos pensar, opinar, ouvir o que pensam os outros, respeitá-los, melhor, amá-los - estaremos a imitar o SENHOR que ama a todos, até aos que O ofendem, e no amor, o respeito é genuíno -, mas averiguar se, nas nossas opiniões, não estamos a ir contra aquilo que JESUS nos ensinou e transmitiu.
Ouvir a voz da consciência é ouvir a VOZ DE DEUS, o ESPÍRITO SANTO, mas também existem as vozes da tentação. Estas, nunca devemos ouvi-las, ensinou a RAINHA DA PAZ mais de uma vez aos videntes. A voz da tentação enrola com muitos "argumentos" e "compaixões" para fazer crer que um mal se pode tornar um bem, ou que não temos pecados, ou que não há mal onde só há mal, etc. Um mal nunca será um bem. DEUS até sabe tirar de um mal, um bem, mas o mal é sempre um mal. A voz da tentação mistura muito bem os alhos com os bugalhos. São João Paulo II alertou-nos para o perigo da perda do sentido do pecado. Mais perigoso que a perda do sentido de qualquer mal físico, como perder o medo de colocar o dedo em água a ferver. A voz da consciência não nos enrola com raciocínios complicados, quem faz isso, é a voz da tentação, a voz da mentira. Diz JESUS:
«Seja o vosso "sim", sim, e o vosso "não", não. O que passa disso vem do Maligno.»
(Mateus V, 37)
Para terminar, porque é mais um sinal dos tempos, queria observar outra coisa: assim como um mal não se pode tornar um bem, mesmo para quem acredite ser um bem, uma mentira (que é um mal) muito repetida não se torna verdade, como já ouvi, mais de uma vez dizer-se isso. É impossível que uma deficiência de verdade, desordem na verdade - é isso que é uma mentira - se torne uma verdade, como é impossível que um mal (desordem, deficiência de bem) se torne um bem.
É verdade que uma mentira repetida muitas vezes pode fazer que muitos passem a acreditar nela como uma verdade, mas continuará a ser o que é, uma mentira. Posso acreditar que 1 + 1 = 15, mas as contas não deixarão de estar erradas, os efeitos de acreditar-se em uma mentira serão sempre maus e o mundo está cheio dessas desordens, que só podem trazer sofrimento e injustiças.
Se alguém passar a acreditar que a Lua não existe, não vai a Lua deixar de existir por causa disso.
Acreditar numa mentira não é bom. Se eu acreditar que não vou queimar o dedo, ao colocá-lo em água a ferver, nem por isso vou deixar de ter um dedo queimado, se o colocar na água a ferver. Acreditar na mentira faz sempre mal, seja ele um mal físico, seja espiritual.
As leis da CRIAÇÂO não se fundamentam na mentira, mas na verdade com que DEUS criou e cria, em criação contínua, as coisas. Por isso podemos conhecer as coisas, saber o que são, podemos conhecer com ciência, sabendo explicar as coisas, fazer uso das leis que se descobrem para fazer coisas (tecnologia), saber como educar os filhos e onde estão os verdadeiros valores, etc. A mentira não existe, o que existe é uma desordem, uma deficiência na verdade que não pode trazer a ordem, mas a desordem e a injustiça.
Uma boa sexta-feira, o sexto dia da CRIAÇÃO e da semana, e até amanhã, se DEUS quiser!