TP 7,6 B (Salt.: sem III)
Sexta-Feira da semana 7 do Tempo Pascal.
São Cristóvão Magalhães, Presbítero, e companheiros, mártires, mf
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.
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Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra «Q» de «Quem como DEUS?».
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Vivemos num mundo materialista que pensa que o ser humano é apenas um corpo animal sem alma espiritual, mas até os animais e vegetais, por serem seres vivos, possuem também uma alma: todo ser vivo tem um princípio vital ou alma. Nos animais e vegetais, a alma é como o corpo, material. No ser humano, a alma é espiritual e aqui está a grande diferença. A alma, espiritual ou não, está presente em todo o corpo como princípio vital desse corpo.
Nem tudo no mundo físico pode ser visível ao olho nú ou ao microscópio ou ao telescópio. A energia nos corpos pertence ao mundo físico, mas não se pode ver, a não ser os seus efeitos. Assim a alma, mesmo dos animais e vegetais, sendo matéria, é matéria invisível aos sentidos humanos. Mas podemos ver os seus efeitos no corpo do ser vivo. A alma de um cão dá vida ao seu corpo e determina ser um corpo de cão e não doutro animal ou vegetal.
No ser humano existe uma alma espiritual, livre e imortal. Em Filosofia provou-se que todo ser vivo possui uma alma e ela é única. Mas no ser humano, essa alma é espiritual e, como se prova, como consequência de ser espiritual, imortal.
Podemos ver, é visível ao olho nú, que há uma diferença imensa entre um ser vivo - vegetal ou animal - de um que não é ser vivo, os minerais:
As pedras, os minerais, os computadores, etc, não se multiplicam por si mesmos, podem ser destruídos, mas não mortos, pois não são seres vivos, não se aplica neles a lei do CRIADOR, quando ordenou: «crescei e multiplicai-vos», algo próprio apenas de um ser vivo, vegetal ou animal.
Em qualquer ser vivo, vegetal ou animal, se verifica:
- A nutrição. Precisam de se alimentar para manter a vida. Não se vê isso nos minerais;
- Desde a célula-mãe até à forma adulta do ser vivo, se verifica o desenvolvimento para um tipo específico bem determinado - para um corpo humano, para um corpo da rosa, para um corpo de abelha, etc, conforme o princípio vital (alma) é, respectivamente, humano, uma rosa, uma abelha. E qualquer desordem no corpo que não seja grande o suficiente para matar ou tornar deficiente esse ser-vivo, vemos que as lesões são reparadas aos poucos. Na lagartixa, o poder de reneração da cauda, por exemplo, é tão grande, que a recuperação da lesão é rápida. Nos minerais não existe nada disso. As suas alterações se devem a vários factores ambientais, forças exteriores;
- A reprodução dos seres vivos.
Nutrição, um corpo bem definido (o da abelha é bem distinto de o de um zangão), a reprodução, nada disso se encontra nos seres que não têm vida.
Pode-se ver que a vida é algo imanente ao ser vivo, não é uma coisa exterior e as operações da alma (vegetal, animal, racional no ser humano) são superiores aos movimentos e alterações que vemos nos seres minerais. Estes, não se movem por si mesmos, são movidos. Obviamente, o ser que se pode mover por si mesmo, porque possui uma alma ou princípio vital, é superior à matéria, esta é inerte, é sem vida.
Podemos, contudo, observar que as operações vegetativas e sensitivas dependem da matéria. Assim, nas plantas, cuja alma é vegetativa; assim na alma dos animais, cuja alma tem funções vegetativas e sensitivas. Assim, a alma de um vegetal ou de um animal é ainda material não podendo subsistir por si própria sem o corpo. Na morte da planta ou do animal, morre o corpo e a alma.
Na vida vegetativa, os fenómenos fisiológicos se exercem por meio das propriedades físico-químicas da matéria. Mas note, não é a luz solar, por exemplo, que move a planta, mas a planta que busca, por si mesma, de modo vegetativo, a luz solar. Na vida sensitiva, os factos psicológicos - existe também uma psicologia aplicada aos animais - são fenómenos superiores aos fisiológicos, mas também dependem (intrinsecamente) da matéria. Os sentidos dos animais (também os nossos) podem sentir no corpo, através de um órgão do corpo específico, algo de agradável ou desagradável, e isso é sentido no corpo. Se eu ponho o dedo em água a ferver, é nesse dedo e não, no outro, que sinto a queimadela. A faculdade sensitiva, embora superior à vegetativa, não é puramente material, mas orgânica, residente num órgão do corpo.
As operações vegetativas e sensitivas não sendo livres das condições da matéria, não superam a ordem material. A alma de uma planta ou de um animal não é espiritual, mas material e não subsistem sem o corpo, ambas perecem na morte. Não é assim com a alma humana.
A alma humana possui as potencialidades da alma dos vegetais e dos animais, o nosso corpo tem um sistema vegetativo e um sistema sensitivo, mas é espiritual e imortal. Após a morte física do ser humano, a alma, onde está o nosso «eu», a consciência do nosso «eu», subsiste. Na hora da separação da alma do corpo, a pessoa está plenamente consciente de tudo o que se está a passar. Os outros vêem um corpo inerte, sem vida, apagou-se, como se costuma dizer do defunto, ou ainda acabou tudo, mas não é verdade. A alma não se pode comunicar com este mundo que deixou porque a alma precisa do corpo para comunicar-se. No Juízo Final o corpo, para o bem de quem se salvou ou para o mal de quem se condenou, ressuscitará espiritualizado.
O ser espiritual - assim os anjos - pode agir e existir independente da matéria. Os anjos não precisam de tecnologia, pois não possuem corpo, são espíritos puros. A razão da existência da tecnologia é para suprir as limitações que o corpo humano, enquanto físico, impõe à alma. NOSSA SENHORA apareceu em Fátima, ou os videntes tiveram apenas a projeção da Sua imagem, que, neste caso, não teria sido uma aparição, mas uma visão (projeção de imagem). Não está nada provado que a VIRGEM MARIA não apareceu realmente (aparição) aos videntes de Fátima, como se costuma dizer. Não vamos também proibir DEUS de permitir uma aparição de NOSSA SENHORA em Fátima. Notemos que ELA não precisa de um disco voador, já participa em plenitude da glória do FILHO, o Seu corpo já foi glorificado para a Sua alma no dia da ASSUNÇÃO.
Pode-se negar a existência de seres espirituais? Só com a arbitariedade de um decreto-lei materialista. Mas a Ciência não se fundamenta em decretos-lei, mas em provas sobre aquilo que se afirma. Porque existem seres espirituais? Se existir nem que seja só uma operação espiritual, fica provado que existem criaturas espirituais, porque o efeito não pode ser mais que a causa. Não se pode atribuir à matéria tal operação.
Como ensina o Padre Pedro Cerruti SJ, uma das fontes usadas por mim neste trabalho:
«Pensar, julgar, reflectir, raciocinar, induzir leis universais, deduzir verdades novas, querer e desejar o bem em si mesmo, ter o sentimento do dever, de responsabilidade, o exercício das virtudes morais, numa palavra as operações da vida intelectual (inteligência) e volitiva (vontade própria), são acções diferentes das operações da vida vegetativa e sensitiva, e nunca encontramos nem nas plantas nem nos animais. Quem definisse o ser humano como um corpo que vegeta e sente, daria uma definição incompleta; deixaria de lado precisamente a característica específica do ser humano, que é a sua racionalidade.» É por ter uma inteligência e uma vontade própria, portanto, por ter o dom da liberdade, que os seus actos, quando humanos, têm um valor moral sujeito a louvor ou punição, é uma pessoa, no caso, pessoa humana, criatura que tem consciência do seu «eu». Os anjos são pessoas angélicas e em DEUS há três pessoas divinas distintas. A segunda pessoa, o FILHO, assumiu a nossa humanidade com o nome de JESUS para nos resgatar e salvar.
O ser humano ultrapassa o determinismo da matéria, possui o dom da liberdade. As operações da inteligência e vontade são espirituais, isto é, intrinsecamente independentes da matéria.
Notemos que o erro existe, porque existe a verdade. A verdade pode ser necessária, gerando conhecimento com ciência, e contingente: «amanhã vai chuver». Pode ser verdade, se amanhã chuver, pode ser falso, se não chuver. O falso existe, porque existe o verdadeiro. O materialismo é como a criança que embirrou e não aceita as explicações que rejeitam a sua crença materialista. Faz afirmações, mas não prova o que afirma, é um decreto-lei.
O positivista Taine, pretendendo negar que a alma humana é espiritual, nega a existência de conceitos em nós (estes não são materiais, não são concretos, mas abstractos), afirmando, sem provar, como é o habitual das suas afirmações, que é uma ilusão psicológica. Assim, Taine afirma, com as suas próprias palavras, que alma humana é espiritual: a ilusão de termos idéias supõe o facto de termos idéias. Precisamente, a ilusão é um engano da inteligência.
As operações da inteligência, bem como da vontade, são imateriais, independentes e superiores à matéria. O meu pensamento e a minha decisão por isto ou aquilo não depende de tempo nem do espaço, o uso da minha liberdade não depende do instinto nem de algum determinismo imposto pela matéria, pelo meu corpo. Pode até influenciar, o homem é inseparavelmente corpo e alma, como nos outros seres vivos, mas no homem existe o dom da liberdade. Na acção, por exemplo, as plantas agem vegetativamente em função de estímulos físico-químicos, os animais agem instintivamente em função do conhecimento sensitivo que apreendem, o ser humano, em função do conhecimento sensitivo apreendido, pensa e age em função desse pensamento. O pensamento e a decisão da sua vontade - isto é, o uso do dom da liberdade - está acima da matéria, é espiritual.
O dom da liberdade domina os actos. Se um animal estiver esfomeado apreender com os seus sentidos o alimento ao seu alcance, renunciará ao alimento? Claro, que não! O instinto o conduzirá ao alimento. Mas uma pessoa pode perfeitamente contrariar o seu instinto e, por razões de renúncia, por exemplo, não comer, pois ele possui o dom da liberdade. A despropósito, o viciado em algum mal diz que é livre, mas na verdade tornou-se escravo desse mal...
Tudo aquilo que pensamos, o que dizemos, o que realizamos com a consciência que somos nós e não os outros, tomamos consciência, bem clara, que somos nós, eu, que penso e não os outros. Quando estou a pensar e tomo consciência disso, sou eu que falo ou escrevo algo, tenho clara consciência disso, sou eu que caminho, movimentando o meu corpo pela minha vontade em caminhar, tudo isso revela a existência da minha alma e isso não tem nada a ver com o mundo material, fisiológico e psicológico, é superior a tudo isso, é espiritual.
Os que querem negar que a alma humana é espiritual, introduziram um decreto-lei:
Nada se deve admitir senão o que é experimentalmente verificável. A experiência sensível é o único meio de chegar à verdade. Assim, a alma humana ou não existe ou não podemos conhecer. É a mesma pastilha elástica mastigada para dizer que DEUS não existe ou que não se pode conhecer, agora, aplicada à alma humana.
Existem coisas que não se podem verificar experimentalmente. Não existe por acaso a honra? Claro que não podemos verificar experimentalmente a honra, pois é espiritual. Mas existe ou não existe a honra? Não vemos, com os sentidos, a honra, mas sabemos que existe pelos seus efeitos. Tal como DEUS, ainda não estamos no CÉU, não podemos vê-l'O, apenas sentir a Sua proximidade, quando estamos em oração, mas provou-se a Sua existência pelos efeitos, não há CRIAÇÃO sem CRIADOR. Até no mundo físico há coisas que não podemos verificar experimentalmente, a não ser só pelos seus efeitos: alguém já viu a força da gravidade? O decreto-lei que não se pode admitir senão o que se pode verificar experimentalmente é infantil e ninguém precisa de obedecer a esse decreto ilícito.
Dizem os materialistas que a inteligência está no cérebro, digerindo o que foi apreendido pelos sentidos, digerindo as impressões e segregando o pensamento, tal como um outro órgão do corpo humano, o fígado, por exemplo, segrega a bílis dos alimentos digeridos pelo estômago...
A afirmação é verdadeira, pois o ser humano não só a alma humana ou só o corpo humano, mas corpo e alma, esta está presente em todo o corpo, mas não é uma presença material, como nos animais e vegetais, mas espiritual, como prova, sobre a espiritualidade da alma e do pensamento, a afirmação acima:
O bílis é material, pois podemos ver, tocar, fazer experiências experimentais com bílis, etc, mas poderá fazer isso com o pensamento? Não, porque é espiritual.
Porque o homem é corpo e alma - e quando morre, não se comunica mais com os outros, porque a sua alma, o seu «eu» não está mais no corpo, no Juízo Final, haverá a resurreição dos corpos -, o cérebro humano é condição para a causa actuar, mas a causa do pensamento é a inteligência humana, faculdade da alma humana, e é espiritual. Ninguém vai dizer, ou está muito distraído ou não sabe reflectir, que a inteligência está no computador, mas no homem que faz uso dele. O computador permite fazer coisas que o nosso corpo ainda material não permite, a matéria limita, mas a inteligência está na pessoa humana que faz uso dele. Se eu estiver à janela e ela estiver aberta, posso ver coisas da rua. Se a janela estiver fechada, não poderei ver. Não vamos, por causa disso, dizer que a visão está na janela.
A alma humana é imortal, pois é espiritual. Veremos porque a alma humana, sendo espiritual, é imortal, na próxima publicação «Quem como DEUS», se DEUS quiser.
São JOSÉ,
Patriarca da IGREJA,
Terror dos Demónios,
rogai por NÓS!
Guardai a IGREJA e as nossas famílias
de todas as insídias ameaçadoras.
Amen!
O SENHOR ressuscitou e fez brilhar sobre nós a Sua LUZ. ELE, que nos remiu com o Seu SANGUE. O SENHOR ressuscitou, louvai o SENHOR. Aleluia! Aleluia! Continuação de uma boa PÁSCOA, neste 48º dia da PÁSCOA, e até amanhã, se DEUS quiser!