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Quarta-Feira da semana 5 do Tempo Comum.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
Bíblia: o Livro dos Livros onde está a PALAVRA DE DEUS (VERBUM DOMINI) que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e ganharmos a VIDA ETERNA.
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Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra P de PALAVRA DE DEUS.
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«No ano em que morreu Ozias, rei de Judá, vi o SENHOR, sentado num trono alto e sublime; a fímbria do Seu manto enchia o Templo. À Sua volta estavam serafins de pé, que tinham seis asas cada um e clamavam alternadamente, dizendo:
"Santo, Santo, Santo é o SENHOR do Universo. A Sua GLÓRIA enche toda a Terra!".
Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o Templo enchia-se de fumo.
Então exclamei:
"Ai de mim, que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus olhos viram o REI, SENHOR do Universo."
Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma tenaz. Tocou-me com ele na boca e disse-me:
"Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa."»
(Isaías VI, 1-2a.3-7)
Esta passagem das SAGRADAS ESCRITURAS refere-se ao chamamento de Isaías a ser Profeta, mas há também outra mensagem que gostaria de observar, o facto de só os puros de coração poderem ver DEUS, como ensina JESUS, sem perturbações de consciência.
Quando me aproximo de um pardal, se ele pudesse pensar e falar, diria: «asas, para que te quero!», e voaria em alta velocidade.
Não tenho intenção de lhe fazer mal, mas, por causa da desordem que entrou na CRIAÇÃO pelo pecado original, no seu instinto, eu me tornei uma ameaça para o pardalzinho: sou enorme para ele, assustador, embora não lhe pretenda fazer mal algum. Isto, por raciocínio analógico - ver o que andei a falar nas minhas duas publicações anteriores a esta com o título «Quem, como DEUS» sobre o raciocínio por analogia -, nos ajuda a compreender o comportamento do profeta Isaías diante da visão de DEUS, uma visão assustadora, apesar de DEUS ser AMOR. E o amor respeita a liberdade do outro, DEUS fará o convite - a graça, o dom é de DEUS -, mas será o profeta Isaías a responder ao convite.
Para o pardal, eu sou enorme e ameaçador, embora não lhe pretenda fazer-lhe mal algum. Na passagem:
«Vi o SENHOR, sentado num trono alto e sublime; a fímbria do Seu manto enchia o Templo. À Sua volta estavam serafins de pé, que tinham seis asas cada um e clamavam alternadamente, dizendo: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR do Universo. A Sua GLÓRIA enche toda a Terra!". Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o Templo enchia-se de fumo.»,
o autor sagrado procura descrever a grandeza de DEUS na visão que teve com as limitações das palavras para descrever o que está no seu pensamento do que viu e naturalmente influenciado pelo tempo cultural em que viveu. Não tem a menor importância as descrição dessa grandeza de DEUS, mas a mensagem teológica da grandeza de DEUS. Cabe notar e anotar, isso, sim, como a IGREJA aproveitou-se da oração dos Serafins para colocar no tempo mais solene e de adoração em cada EUCARISTIA:
«Santo, Santo, Santo é o SENHOR do Universo. A Sua GLÓRIA enche toda a Terra!», que no dia do NATAL foi repetido por uma multidão de anjos: «Glória a DEUS e paz na Terra!».
Qual a reação do Profeta, diante da visão de DEUS? Aquela do pardal a fugir de mim num raciocínio por semelhança:
«Ai de mim, que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus olhos viram o REI, SENHOR do Universo.»
Isaías não está a julgar ninguém. Quando procuramos tirar a trave dos nossos olhos, já estaremos, com humildade, em condições de tirar o cisco dos olhos do outro, como ensina JESUS. O Profeta não só toma consciência, na voz da sua consciência, que é impuro para poder ver DEUS - embora até estivesse aquém da visão que ele, hoje, como cristão, salvo por JESUS, tem de DEUS no CÉU..., e já sem as perturbações da sua consciência -, mas reconhece a misericórdia de DEUS diante de um povo que vive como se DEUS não existisse, gozando dos bens (naturais) que DEUS lhes dá para viverem, mas sem sequer serem agradecidos.
Na minha opinião, Isaías nem estava no estado de pecado mortal - embora pudesse estar, isso não impede DEUS misericordioso chamar alguém para uma vocação -, mas, mesmo apenas com pecados veniais, a sua consciência de impureza e indignidade o perturbou e o assustou, como o pardal de mim. Qual é então a mensagem que quero destacar desta REVELAÇÃO?
Quando a nossa consciência nos acusa de algo, não estamos em condições de ver DEUS sem nos perturbar. Só os puros de coração - a consciência de nada lhes acusa - estão em condições de ver DEUS e sentirem a felicidade de ver DEUS. Para um demónio, em pecado mortal, ver DEUS seria uma tortura, apesar de DEUS ser AMOR. Para uma pessoa que morra na graça de DEUS, mas não está inteiramente purificada, precisará de um tempo de purificação no Purgatório para poder ver DEUS. O Purgatório é uma obra de misericórdia de DEUS.
Se o Profeta Isaías tinha pecados, claro que os tinha, ou não teria se perturbado com a visão do DEUS AMOR. O pecado é incompatível com o amor. Sem pecados, só JESUS por natureza e a Sua MÃE pela graça do FILHO. Todos temos pecados, somos pecadores, poucos chegam à santidade plena ainda neste mundo para irem directo para o CÉU. Mas, graças a JESUS CRISTO, que redimiu o mundo, o perdão está ao alcance da geração de Adão:
«Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma tenaz. Tocou-me com ele na boca e disse-me: "Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa."»
Esse carvão ardente é a imagem do amor ardente e misericordioso do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, que nos limpa e purifica no nosso baptismo e no Sacramento da Reconciliação. Também na EUCARISTIA vivida com fé e com coração, mas só nos purifica dos pecados veniais sem estar em pecado mortal. Quem está em pecado mortal, precisa do Sacramento da Reconciliação para não cometer o sacrilégio de Judas ao comungar indignamente.
São JOSÉ,
Patriarca da IGREJA,
rogai por NÓS!
Amen!
«EU vim para que tenham vida e a tenham em abundância.» (JESUS) Continuação de uma boa semana já no seu quarto dia (quarta-feira) e até amanhã, se DEUS quiser!
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