TP 3,6 Ano B
JESUS RESSUSCITOU! ALELUIA!
JESUS RESSUSCITOU! ALELUIA!
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Pretendo, se DEUS quiser, dar uma síntese da História da Filosofia, mas só em relação às diversas idéias que foram formadas sobre DEUS ao longo do tempo. Sem dúvida, após JESUS CRISTO, sobretudo a partir de uns 300 d.C., quando o cristianismo se solidificou - não por conquistas e exércitos, pelo contrário, por conversão do poder e do povo a CRISTO, após feroz perseguição -, quando se fala de DEUS, já se tem o preciosíssimo auxílio da REVELAÇÃO, que não toma o lugar da ciência, nem se pretende, mas evita que a ciência perca tempo em pesquisas que não irão dar em nada, por tratar-se de erro. E não podemos nos esquecer que DEUS assumiu a nossa humanidade em JESUS CRISTO, e que só tem cabimento pensar em provas da existência de DEUS para agradar à nossa razão (lembra Santo Agostinho que ela também nos ajuda a aumentar a nossa fé).
É verdade que é preciso crer n'ELE, mas ELE não nega esse dom a quem o queira. Os que dizem agressivamente mal de DEUS falam muito, mas nunca O procuraram (pela oração). Mesmo se não tivesse havido até hoje uma prova da existência de DEUS - não é verdade -, o comportamento racional do incrédulo não seria viver como se DEUS não existisse (costumam ficar à vontade para aprovar tudo que vai contra a LEI DE DEUS...), mas viver como se DEUS existisse (ao contrário, pois, do seu comportamento habitual). De facto, e se DEUS existir, como fica? Se o que JESUS disse é verdade, como fica? Se DEUS não existe, argumenta Pascal, não perdeu nada (após a morte não há mais nada); se DEUS existe, perdeu tudo, porque perdeu a vida eterna de que tanto falou JESUS CRISTO. Esta vida é zero, comparada com a outra (se DEUS existe). Assim, mais importante que provas sobre a existência de DEUS - foi São Tomás de Aquino que demonstrou a existência de DEUS -, é buscá-l'O, como convida e ensina a RAINHA DA PAZ. Acabam-se as perguntas, terminam as dúvidas.
Aristóteles, apesar do seu génio fantástico, relativo a DEUS, também não conseguiu evitar erros. Será São Tomás de Aquino que fará a purificação do pensamento de Aristóteles, relativo a DEUS; contudo, em relação a outras áreas da ciência humana, Aristóteles revolucionou. Pode-se dizer - como diz o padre Leonel Franca e concordo - ser ele o pai da ciência e pesquisa moderna. Em Aristóteles está a metodologia e instrumentos que a Idade Média, a idade mais luminosa após CRISTO ter subido ao Céu, desenvolveu. Na Idade Média, além de proteger da destruição as culturas greco-romana, e outras, está a base da civilização ocidental na ciência, na arte, na economia (grande contribuição judaica), em tudo!, e que permitiu dar origem e crescimento à chamada civilização ocidental.
Aristóteles, na sua teoria do acto e potência, para explicar o movimento, conclui que DEUS é Acto Puro. É de Aristóteles que vem o termo «teologia», o objecto supremo da metafísica, pois trata-se de DEUS. Mais tarde se chamará Teodicéia (Leibniz), embora Jacques Maritain não goste muito desse termo preferindo chamar de Teologia Natural, para distinguir da revelada (Teologia Revelada ou só Teologia). DEUS é Acto Puro, porque já tem em SI todas a perfeições (em grau infinito) não precisando de mudar (movimentar-se - todo o movimento, bem sucedido ou não, busca uma perfeição maior, dentro daquilo que é possível (potência)...). Aristóteles usa a tese do movimento, que São Tomás de Aquino retomará e acrescentará as outras quatro vias (equivalentes a esta) para a demonstração da existência de DEUS, demonstração que foi feita de modo que, falar do assunto como se ainda não tivesse sido feito, trata-se de ignorância ou de teimosia.
Raciocina Aristóteles: todo o movimento supõe um motor. Este, se move movendo-se, é, por sua vez, móvel, isto é, supõe outro motor (não pode ser o próprio, mas outro, note bem... Causa e efeito são distintos). Se a série fosse infinita, não haveria um primeiro motor, nem um segundo, etc. Na matemática se diz que não haveria um primeiro elemento. Assim, existe um motor imóvel, Acto puro (sem potencialidade, já está tudo n'ELE de modo infinito), DEUS.
DEUS, para Aristóteles, é PENSAMENTO que SE pensa a SI próprio, e, nesta autocontemplação é infinitamente feliz. Aristóteles parece - questão aberta - ter negado a Providência divina: no Seu isolamento, DEUS ignoraria o mundo e quanto nele se passaria. Deista? Aristóteles até pode ter uma desculpa, pois viveu antes de CRISTO. Podemos ver como podemos chegar a idéias tão erradas sobre DEUS, mesmo um Aristóteles, se não tivermos o auxílio da REVELAÇÃO, como teve São Tomás de Aquino. Mas a REVELAÇÃO não substituiu a Filosofia, esta continua o seu caminho - luz natural da razão - sem precisar recorrer à REVELAÇÃO, para demonstrar a existência de DEUS e outras coisas. A REVELAÇÃO nos mostra, contudo, muito mais do que a Filosofia pode alcançar sobre DEUS: revelado por JESUS CRISTO, DEUS (TRINDADE) não é só providente (demonstrado na Filosofia), mas muito mais do que isso: quer uma relação filial com o homem, respeitando, contudo, a liberdade que deu ao homem; uma relação filial na fé, neste vida de provação, e, depois, na visão beatífica. Claro, é preciso acreditar em JESUS... Eis a questão!
Após Aristóteles, a Filosofia entrou em decadência. Assim, também a idéia de DEUS. Epicuro (autor de um pseudo-paradoxo) volta ao materialismo de Demócrito, com algumas diferenças, e prega a corrupção dos costumes, substituindo bem por prazer e mal por dor. Estes erros, falo do mundo de hoje, como se vê, é coisa antiga...
Os erros do materialismo estão também em Zenão e nos estóicos: só a matéria é real, pretensão inacreditável presente em muitos cientistas actuais que dizem que se a sua ciência - a dos fenómenos - não pode demonstrar a existência de DEUS, DEUS não existe. Como se pode tirar tal conclusão? E quem disse que é pelas causas segundas que se demonstra a existência de DEUS? Se DEUS não é acessível aos nossos sentidos, como poderia a ciência experimental (não, do ser, mas da manifestação do ser ou fenómeno) ter condições para tal? Nem a matemática, pois só se aplica ao mundo visível, isto é, mensurável. Só o método racional (negado pelo "dogma" positivista) da Metafísica pode realizar a demonstração da existência de DEUS. Como DEUS, contudo, só pode ser conhecido nos Seus efeitos (o pintor conhecido pela sua pintura), não se pode cair nos erros de Santo Anselmo e Descartes, entre outros - não é possível a demonstração da existência de DEUS «ad priori» -, deve o filósofo, como fez São Tomás de Aquino, partir da observação dos factos, para elevar-se, a partir daí, até DEUS, razão suprema desses factos.
O evolucionismo já aparece aqui..., muito antes de Charles Darwin. Alguém poderia pensar que isso é alguma modernidade, quando é idéia antiga. Concebiam o mundo «como um vasto organismo animado por uma força única - DEUS (os materialistas chamam de matéria) - chamado com diferentes nomes de Fogo, Alma do Mundo, Razão, Pneuma, etc. Entre DEUS e a matéria, porém, a diferença é apenas acidental, como (e como dizem os cientistas materialistas de hoje, os mesmos erros, relativo àquilo que chamamos de espírito e espiritual no homem) de substância menos súbtil a mais súbtil. A evolução do universo (naturalmente, materialista, tudo formado de átomos), deste Deus-mundo (Teocosmos) é necessária, obedecendo em todos os seus estádios a um rigoroso determinismo.» É o fatalismo.
Na filosofia romana, temos Cícero, que crê na existência de DEUS, na espiritualidade da alma humana, na liberdade humana, na Providência (DEUS não só causa final de todas as coisas, mas causa eficiente, que parece ter Aristóteles negado (questão aberta na Filosofia)), mas a sua crença na existência de DEUS usa os critérios da consciência humana, é a filosofia do senso comum.
Na filosofia greco-oriental, surge o neo-platonismo, com influências orientais e evolucionistas.
Tudo que se refere à história da Filosofia, como já mencionei, tiro do livro do padre Leonel Franca S. J.
JESUS ressuscitou, não no final da semana, mas sim no início da semana: um bom início de semana! Um bom DOMINGO e até amanhã, se DEUS quiser!
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