TC 20,4 C (Salt.: sem IV)
Quarta-Feira da semana 20 do Tempo Comum.
São Pio X, Papa, MO.
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Todo este assunto, desde o início, encontra-se na ligação abaixo:
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Sem FÉ é impossível agradar a DEUS, pois para se chegar a ELE é necessário que se creia primeiro que ELE existe e que recompensa os que O procuram. (Hebreus XI,5-6)
Este é o grande pecado do mundo: não se procurar DEUS, onde se encontra a solução - e só em DEUS - para o mal do mundo, que é um mundo em enorme mentira, cheio de aparências de modernidade e evolução, mas são só aparências. A realidade é outra: mundo cheio de misérias. O mundo, com o retorno à velha desordem mundial, presente em todos os tempos da história da humanidade (porque não se acreditou em JESUS CRISTO), regrediu e não pouco nos tempos actuais. A causa da violência ter crescido, por exemplo, não está no aumento da população, como se diz: a população podia até aumentar ainda mais; se todos fossem como Santo António, não haveria nenhuma violência. A causa (primeira) está em que, sem DEUS, nada podemos, além de muita conversa que dá em nada.
Este é o grande pecado do mundo, pois se vê a riqueza mundial, na sua esmagadora maioria, não tenho aqui o número estatístico exacto, nas mãos de menos de 0,5% da população, e uma multidão a passar fome no mundo inteiro e sem o mínimo de bens. Nada disto existiria se DEUS reinasse no coração das pessoas, em vez de reinar o espírito do Mal. O mundo regrediu imenso, o mundo real (distinto do mundo das aparências).
É verdade que a FÉ é um dom de DEUS, mas ELE não A nega a quem queira crer, isto é, a quem queira procurá-l'O. Não existe a desculpa eu não creio em DEUS. Diz antes, nunca quis crer em DEUS. Agora já está a dizer a verdade.
Descobrir DEUS na nossa vida do dia a dia liberta-nos do poder do Mal e das mentiras que sugere e oferece. Descobrir DEUS, pela FÉ, nos dá a alegria que não passa nem é vazia, nos dá um bocado do CÉU, um bocadinho que supera tudo que este mundo nos possa dar de bens e consolos (não é nada comparado com ter DEUS no seu coração, na vida conjugal, na vida familiar, na sociedade: este bocado já do CÉU na Terra supera tudo que de bom possamos ter nesta vida finita, repito, enfatizo!).
Quando o REINO DE DEUS habita no coração dum homem
- em plenitude, só no CÉU (isto é, na visão beatífica de DEUS que se alcança pela FÉ em JESUS CRISTO. Sem JESUS, ninguém alcança o CÉU, nem os anjos sequer! No Juízo Final, também os anjos estarão presentes para o julgamento, como diz a SAGRADA ESCRITURA. Não são só os homens, mas também os anjos.) -,
o Mal já não domina nem escraviza esse homem. Poderá continuar a ter algum poder sobre ele, mas quase nada. Era o espinho de São Paulo, que lhe permitia manter-se na humildade. Só NOSSA SENHORA foi imaculada. Mas quando DEUS reina no homem, que optou por ser DEUS a reinar, em vez da escravidão do espírito do Mal, as suas faltas são pequenas (graças a DEUS).
A objectividade do princípio da causalidade eficiente (como já foi visto) foi atacado, tanto por empiristas. quanto por idealistas. Terá sido porque, com ele, se demonstrou a existência de DEUS? Nem todos os filósofos atacaram esse princípio por serem desonestos, mas houve também, se se podem chamar de filósofos, os que procuraram teorias que não estivessem de acordo com a verdade e a realidade das coisas, mas com os desejos mal ordenados de ódio a DEUS. Isto se pode ver em documentos e cartas de correspondência entre eles, que buscavam uma teoria que, sugerindo ser ciência, pudessem negar DEUS. Mas negar a objectividade do princípio da causalidade, significa negar o conhecimento humano, todo ele. Até as crianças, no início do conhecimento, estão cheias de perguntas: Porquê? Porquê isto? Porque aquilo é assim? Querem compreender as coisas. Querem compreender, ainda não foram influenciadas por ideologias. E como elas vêm a possibilidade de compreenderem? Perguntando porquê, isto é, qual a causa disto ou daquilo (o princípio de causalidade é espontâneo nas crianças).
E as respostas nunca são: foi o acaso ou o determinismo, mas há uma razão - mesmo no facto da sucessão dos dias e noites, há uma razão para isso -, há uma causa. Aliás, se uma criança perguntar a outra alguma coisa, ela jamais dirá que foi o acaso, tão absurda para a criança seria tal resposta. Ainda não foi afectada pelas doenças da inteligência.
A criança abre uma gaveta e vê que só tem um bloco de papel, mais nada. Passado três dias vai à gaveta e vê que, além do bloco de papel, existe uma régua. Foi o acaso, por acaso, que fez isso? Ao ver a régua, até uma criança sabe - mesmo que não tome consciência plena disso - que há uma razão para a régua passar a existir naquela gaveta, portanto, uma causa. Ela nem sabe o que é acaso, tal palavra não está no seu vocabulário. E fica por aí ou até vai perguntar à sua mãe se foi ela que lá colocou a régua (se foi a mãe a causa eficiente...). Às vezes, recebendo uma resposta afirmativa, pode até perguntar porque fez isso (causa final):
- Foi a mãe que colocou a régua na gaveta? (Foi a causa eficiente?) (E se não foi, a criança pode estranhar a resposta, mas não tem a menor dúvida que há uma explicação para isso, que nada tem a ver com o acaso. Sabe, espontâneamente, que a régua não se meteu na gaveta por si mesma, mas outro ser, a causa, contribuiu para isso)
- Sim, filho, fui eu, responde a mãe.
- Porquê, mãe? (Qual foi a sua intenção, com que finalidade?)
Se a causa eficiente é a primeira na ordem da execução, a final é a primeira na ordem da intenção.
É verdade que se o princípio da causalidade não fosse válido - não fosse objectivo -, ainda não se teria (objectivamente) demonstrado a existência de DEUS. Vamos supor que a existência de DEUS ainda não se se fez. Temos também que admitir que JESUS e a Sua IGREJA nunca existiram no mundo (não houve aparições de NOSSA SENHORA profetizando coisas que aconteceram e falando do CÉU, isto é, de DEUS, nem mártires, nem etc sequer) para ser razoável a pergunta: DEUS existe? A presença da IGREJA no mundo, por exemplo, torna irrazoável tal pergunta.
Qual seria a atitude racional perante a dúvida: DEUS existe ou não? A atitude racional seria viver como se ELE não existisse? E se existir? Ou como se ELE existisse?
Se tivesse a atitude racional, começaria a rezar, a procurar DEUS, pela possibilidade de DEUS existir. E, rezando, terminaria a dúvida.
Rezar requer persistência, humildade e confiança de que DEUS está aberto a nós. Requer verdade e desejo de não ser mais a mentira a reinar em nós, mas - somos livres! - ser DEUS a reinar. Isso é o CÉU! Querer (é preciso querer, somos livres) ser DEUS a tomar conta da nossa vida, significa entrar no CÉU (o nosso querer não tem nada contra o CÉU: uma vez descoberto, não quer mais, o nosso querer, sair daí) A atitude, diante duma dúvida que fosse honesta, seria admitir a possibilidade de (DEUS) existir e não o oposto, isto é, a razões para negar DEUS não vêm da razão, mas doutras razões. Os que dizem que DEUS não existe nunca se deixaram guiar pela (recta) razão. Mas ainda podem, sempre podem, DEUS abrirá os Seus braços. A RAINHA DA PAZ tornará isso uma realidade.
A razão da régua na gaveta é que ela não se colocou por si mesma lá, mas alguma coisa que pode fazer isso (uma pedra não poderia, mas uma pessoa poderia...) a colocou lá. Se existe uma pintura, pergunte a uma criança porque a pintura - algo que podia não existir (contingente) -, existe, está ali diante dela. Não há-de dizer que apareceu aí por acaso. Sabe muito bem que alguém pintou o quadro. Sabe que não foi uma pedra que pintou o quadro: o que não tem, não pode dar o que não tem, só o que tem.
A ciência estende a todos o casos do mesmo género (generalização) o que foi verificado de um ou vários casos singulares. Tal processo é legítimo? Pode-se induzir alguma coisa daí? Influenciados pela confusão de David Hume, responde-se que o fundamento (dessa generalização) é o princípio do determinismo ou da constância das leis da natureza, o que até é verdade. Nós até observamos que, nas mesmas circunstâncias as mesmas causas produzem os mesmos efeitos. (Pelo menos quase certamente, isto é, com probabilidade 100%) Mas essa verdade, que se pode verificar, não é mais do que um postulado: a ciência crê na constância das leis naturais (crença, postulado), não demonstrou nada. Nem podia. Cabe à Filosofia demonstrar a validade do raciocínio indutivo (a psicologia demonstra como se formam as idéias, a crítica do conhecimento demonstra o que se pode conhecer).
Existe ciência, não, por causa da constância da leis, mas por causa do princípio de causalidade.
Se eles observam esse determinismo físico (na biologia já com finalidade, porque envolve vida, e, envolvendo o homem, tendo em conta a sua liberdade - a partir da biologia, o determinismo está associado à finalidade e, envolvendo o homem, leva-se em conta o comportamento mais provável de acontecer, tudo se torna mais complexo...), é graças ao princípio de causalidade.
Diz Régis Joulivet: O problema da indução científica é apenas um caso particular do problema geral do conhecimento abstractivo, pois, a lei científica não é mais de que um facto geral, abstraído da experiência sensível. Mas o que o homem pode conhecer é muito mais do que isso, não está limitado à miopia do positivismo.
Nada pode vir do que não existe, o acaso não existe.
DEUS tudo criou, não, do nada, mas da Sua Omnipotência.
Antes da CRIAÇÃO, nada existia, mas não foi do nada que DEUS deu existência às coisas, mas do Seu poder Omnipotente.
Se existe um ser contingente (mesmo que seja imortal; DEUS deu imortalidade às criaturas espirituais) - ser que poderia não existir (e está a existir) - necessariamente existe DEUS, porque, o que está a existir e poderia não existir, não existindo, não poderia passar a existir sem uma causa, que não está, óbvio, no que não existe. A causa não pode estar no que não existe (não existe acaso). Mas para o evolucionismo materialista, eles crêem nessa absurdo: a causa está no que ainda nem existia e passou a existir. Acreditam que o que não tem pode dar o que não tem a outro que passa a ter. Um efeito que contém a causa, que é mais do que a causa, é irracional. O que não existe, por acaso, deu existência... Haja fé!
Se a evolução é válida - nem discuto isto aqui -, para o que não tem poder (menos evoluído) evoluir para o que passou a ter (mais evoluído - está excluído o homem!), só se alguém - causa (no caso, DEUS CRIADOR) - estabeleceu uma regra (determinismo) de evolução. Pelo outro lado, DEUS não criou, como o "Grande Arquitecto" e depois foi dormir. Se DEUS, o verdadeiro DEUS, dormisse - admitamos o absurdo - tudo deixaria de existir: a CRIAÇÃO é um acto continuo da omnipotência de DEUS CRIADOR (CRIAÇÃO contínua). Como dizia JESUS, até os cabelos da nossa cabeça estão todos contados; se um deles não estivesse contado, deixaria de existir. O que somos nós diante de DEUS, para nos armarmos em alguma coisa? Se formos algo de insignificante diante de DEUS, já seremos alguma coisa (de insignificante), mas nem isso somos! (Sequer!)
O princípio da causalidade não é apenas uma lei do pensamento abstracto e de ordem ideal (Como queria Kant, por exemplo), mas da própria realidade. Se uma pintura existe, existiu um pintor real (1). Esse pintor é distinto da pintura (2), é outro ser distinto do ser causado (ou movido).
Repito: se existe uma pintura (efeito), existe um pintor (causa) que é real e é distinto da pintura (é o que ensina o princípio de causalidade).
A humanidade, por uma argumentação facílima e espontânea, sempre chegou - em todos os tempos! - e chega a DEUS, reconhecido como o SER SUPREMO existente por SI Mesmo, infinitamente perfeito, FONTE e CAUSA de tudo que existe, INTELIGÊNCIA ordenadora do universo, LEGISLADOR e JUIZ dos homens. A certeza que a humanidade tem, em todos os tempos, é espontânea, verdadeira e racional, mas incapaz de explicar o porquê dessa certeza.
Eu posso ter certezas, elas serem verdadeiras, embora não saiba explicar o porquê. Não saber explicar bem o porquê dessas certezas não significa que não sejam baseadas na verdade de algo real... Aliás, isso é muito comum nas crianças. O eu não saber explicar bem, porque DEUS existe - a esmagadora maioria da humanidade crê em DEUS, embora não saiba explicar porquê -, não significa que não posso ter a certeza de que ELE existe.
Nas suas cinco vias, São Tomás recolheu esses argumentos sugeridos pelo senso comum e fruto espontâneo da meditação dos séculos, e os reduziu a uma fórmula em termos filosóficos, que lhes põe em evidência o rigor lógico (O rigor lógico). Daí, a certeza espontânea se transforma em certeza reflexa e científica.
Façamos um resumo das cinco vias gerais de Santo Tomás de Aquino:
- Da mudança dos seres até ao PRIMEIRO MOTOR IMÓVEL (DEUS);
- Da subordinação na causalidade até à PRIMEIRA CAUSA INCAUSADA (DEUS);
- Da corrupção e contingência até ao SER ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO (DEUS);
- Da limitação na perfeição até ao SER INFINITAMENTE PERFEITO (DEUS);
- Da ordem do universo até à INTELIGÊNCIA ORDENADORA e CRIADORA (DEUS).
Pode ser estranho chamarmos a DEUS por esses nomes todos aí acima, quando JESUS veio ensinar que DEUS é PAI, que DEUS é AMOR, mas aqui nos abstraímos de que o conhecimento envolve corpo e alma, têm a ver com o coração (com o amor), para nos fixarmos só no pensamento. Nos abstraímos da vivência que podemos ter com DEUS, pela FÉ, através da oração, que não se limita ao intelecto, mas envolve toda a nossa vida, pois só se pretende demonstrar a tese da existência de DEUS e isso se faz pelo raciocínio.
Das cinco vias ainda se deduzem cinco vias particulares:
- Pela existência e limitação da matéria;
- Pela origem da vida na Terra;
- Pelos instintos dos animais;
- Pela natureza humana;
- Pelo testemunho do género humano.
Chama-se princípio aquilo de que uma coisa procede, de qualquer maneira que seja. Daí, toda causa é princípio, mas nem todo o princípio é causa, porque o termo causa só se emprega para designar aquilo de que uma coisa depende quanto à existência.
Repito esta definição simples do Régis Joulivet sobre causa:
Aquilo de que uma coisa depende quanto à existência.
É a contingência: pode não existir. Está a existir (a régua na gaveta) por causa de algo (a mãe do menino lá a colocou).
Chama-se efeito (ou consequência) o produto da acção causal, e consequente o que resulta do princípio.
Três coisas a observar:
1. Causa e efeito são (seres) distintos (uma parede - que tem o potencial de receber a cor amarela - não se pode pintar por si mesma de amarelo, precisa de outro ser ou seres que o faça);
2. Causa não se confunde com actividade: agir não é necessáriamente causar ou produzir (a causa move, mas nem precisa de se mover, para fazer mover. Assim acontece com DEUS); e
3. A causa possui uma prioridade de natureza sobre o efeito. Prioridade de natureza, não necessariamente de tempo (apenas uma possibilidade particular), pois a causalidade é uma relação que não necessariamente implica o tempo ou sucessão. O exercício da acção causal e a produção do efeito são coisas simultâneas e indivisíveis (não existe causa sem efeito nem efeito sem causa).
Sem promessas - só DEUS é fiel às Suas promessas - espero dar início às cinco vias que demonstraram a existência de DEUS usando o princípio da causalidade na próxima vez. Se alguma coisa prometer, só na humildade de pedir a DEUS para ser fiel à promessa. Senão, infalivelmente, a menos que DEUS o permita, não cumprirei a promessa. O orgulho sempre foi fanfarrão, mas a humildade será sempre fiel à suas promessas porque conta com DEUS: esta é outra das doenças do mundo que pensa que é super-homem sem DEUS. Por isso jura pela sua honra, coisa que jamais faria eu: onde pode parar a minha honra amanhã, se DEUS não for o meu sustento: na pior das lamas, nada sou (Com DEUS, tudo posso!).
Filhinhos Meus, sem DEUS nada podeis; não esqueçais isto nem só um instante! Na verdade, quem sois vós e o que podeis fazer na Terra, quando fordes sepultados?
O sepultamento não é o fim, mas marca o fim da nossa acção neste mundo. Se fosse o fim, o que a RAINHA DA PAZ diz aí acima, não teria sentido. ELA quer, óbvio, dizer outra coisa: não somos nada, além de barulhentos (e briguentos - também eu, claro está!), sem DEUS, mas para que serve isso? Passou.
KM 20060902
732921
TC 21,7 B
1Queridos filhos, vós sabeis que nos encontramos, porque EU Mesma vos ajudo a conhecer o AMOR DE DEUS. [NOSSA SENHORA, depois, falou a Mirjana sobre os tempos futuros e acrescentou:] 2EU vos reúno sob o Meu manto materno, para ajudar-vos a conhecer o AMOR DE DEUS a a Sua GRANDEZA. 3Filhos Meus, DEUS é grande, grandes são as Suas obras! Não vos enganeis a vós mesmos, porque não podeis dar sequer um passo sem ELE, Meus filhos! [Outra tradução: Não vos enganeis {pensando} que podeis fazer algo sem ELE: nem um passo, filhos Meus!] 4Avançai e dai testemunho do Seu AMOR. [Outra tradução: Ide e testemunhai o Seu AMOR.] EU estou convosco e agradeço-vos.
(No arquivo actual, de 966 mensagens, é a 772ª mensagem da Rainha da Paz.)
DEUS é grande, grandes são as Suas obras! Não vos enganeis a vós mesmos, porque não podeis dar sequer um passo sem ELE, Meus filhos!
Sem ELE, não posso existir - sou criado continuamente por DEUS - existindo, não posso fazer nada sem ELE. Não posso pensar, não posso agir e tomar decisões (deu-me a liberdade), não posso escrever nada, nem andar, nem falar, nada posso. Nenhum espanto! Sou uma criatura.
Sem DEUS, não posso dizer: até amanhã, se DEUS quiser! Nem dizer, até amanhã, se DEUS quiser, posso.