domingo, 4 de agosto de 2013

02 Deuteronómio VIII,17-18 (Convite à verdade, isto é, à humildade)

TC 18,1 C (Salt.: sem II)
18º DOMINGO DO TEMPO COMUM.
São João Maria Vianney, Presbítero, MO.

São João Maria Vianney é o padroeiro dos párocos. Por ser DOMINGO, não se celebra hoje a sua memória obrigatória. (salvo onde seja solenidade e prevalecendo sobre o DOMINGO)

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Não digas no teu coração: a minha força e o vigor do meu braço adquiriram-me todos esses bens (espirituais e/ou materiais). Lembra-te de que é o SENHOR, teu DEUS, QUEM te dá a força (a graça) para adquiri-los, a fim de confirmar, como o faz hoje, a aliança que jurou a teus pais. (E que foi firmada eternamente por JESUS CRISTO) (Deuteronómio VIII,17-18) 

O fiel (seguidor) de JESUS é tão fraco, como qualquer outra pessoa, e tem plena consciência do seguinte: não acredita que poderá tornar-se algum super-homem com as suas próprias forças:

DEUS lhe deu a liberdade, mas ele conta e deseja contar sempre com o auxílio de DEUS, o principal, para poder agir com plena liberdade:

Não digas no teu coração: a minha força e o vigor do meu braço adquiriram-me todos esses bens.

Apesar de fraco, acredita que pode ser incomparavelmente mais que um super-homem, que pode ser santo com o auxílio da graça de DEUS, que DEUS não a nega a quem deseje ser santo. Não, para ser mais do que outros - Querer ser mais que os outros, nossos irmãos? DEUS nos livre! -, mas porque DEUS deseja o nosso bem, o melhor possível para nós, deseja que sejamos santos.

Que sou eu, sem DEUS, mesmo que me tenha convencido ser um super-homem? Além de vaidade e mentira?

Lembra-te de que é o SENHOR, teu DEUS, QUEM te dá a força (a graça) para adquiri-los.

Os super-homens são uma presunção do orgulho e só existem nos desenhos animados. Hoje - sinais dos tempos?! -, mais parecem super-vilões, com as suas caras bem zangadas e sombrias ou acizentadas (em nome do "bem", claro!). Na heresia de Pelágio temos essa presunção (de criatura convencida de que pode tomar o lugar do CRIADOR). Somos todos iguais, como filhos de Adão: todos recebemos a herança do pecado original: uma igualdade que não vem de ideologias, mas da natureza decaída.

Por isso mesmo, o discípulo (seguidor) de JESUS toma todo o cuidado: não se julga melhor do que ninguém nem julga os outros, sabe que, de acordo com o provérbio:

Não digas: desta água não beberei.

Poderia - perfeitamente! - beber o que viu o outro, o irmão, na desgraça, beber. Sabe, bem sabe, que se não tiver a graça de DEUS (a salvação de JESUS, o REINO DE DEUS) em auxílio da sua liberdade (de querer o bem ao invés da escravidão do mal), beberá o que viu o outro beber. A salvação de JESUS, que celebramos aos DOMINGOS de modo mais solene que nos outros dias da semana, vem em auxílio da nossa fraqueza para sermos genuinamente livres, ao invés de convencidos de sermos livres e, contudo, escravos de tantas coisas. 

Viram o que aconteceu no Rio de Janeiro, em Copacabana, nas Jornadas Mundiais da Juventude? Aconteceu uma coisa impossível de acontecer, mas aconteceu. Não pensemos que fomos nós que fizémos a diferença, foi DEUS que realizou a diferença. ELE pôde realizar a diferença porque nós, com a liberdade que ELE nos deu, permitimos que ELE realizasse a diferença: Não digas no teu coração: a minha força e o vigor do meu braço adquiriram-me todos esses bens. Lembra-te de que é o SENHOR, teu DEUS, QUEM te dá a força para adquiri-los...

Mas DEUS respeita a nossa liberdade, não esquecer isto. Aqui está a grandeza do homem: DEUS deu a liberdade ao homem porque só na liberdade, na decisão livre e consciente, se pode optar pelo amor. Onde não existe liberdade, não existe amor, e vice-versa (não existindo amor, também não existe liberdade, mas escravidão). Embora sejamos meras criaturas, com o dom da liberdade, DEUS nos deu a possibilidade de sermos grandes. É a liberdade dos filhos de DEUS, como está na ESCRITURA.

Até amanhã, se DEUS quiser, e uma boa semana, um santo DOMINGO!

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