sexta-feira, 11 de julho de 2014

04 Dia 11 de Julho = Dia de São Bento

TC 14,6 A (Salt.: sem II)
Sexta-Feira da semana 14 do Tempo Comum.
São Bento, Abade, festa.

Festa na europa e memória obrigatória no resto do mundo. E claro, solenidade em mosteiros beneditinos.

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Hoje é dia de São Bento. Perguntei à Lepmm porque não falavam disso. Disseram-me que o príncipe deste mundo não deixava, o que até é compreensível...

São Bento, há 50 anos, foi proclamado padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI, reconhecendo deste modo a importância da vida e obra deste santo na cristianização da Europa e no desenvolvimento da civilização e da cultura europeias, após a queda do império romano. (Apostolado de Oração)

Não se falar de São Bento, na Europa, não é ser neutro, de geito nenhum. Esse silêncio, pelo contrário, toma partido na discriminação das próprias raízes da Europa. Inacreditável!

Foram os cristãos - e só os cristãos - que deram origem à civilização europeia, que, espalhando-se no mundo pelas nações ocidentais dessa civilização, se chamou de civilização ocidental. Silenciar sobre isso, em obediência ao príncipe deste mundo, não é neutralidade, nem é ser livre, pelo contrário, nada livre: silencia - com alguma intenção nada neutra, mas partidária - as próprias raizes.

Quem moldou e forjou a civilização europeia foram só e somente os cristãos, de muitas nacionalidades, mas todos cristãos, todos conscientes de serem cristãos. Por isso, nenhum espanto que a maior influência na formação dessa civilização e cultura, também foi - só podia ter sido! - cristã. Depois da cristã, foi a judaica, a maior e mais importante influência. E, além demais, o cristianismo tem as suas raizes no judaísmo. Houve também influências gregas, romanas, árabes e outras, além da cristã e judaica.

Mas , repito, uma coisa são as influencias - houve várias, mas a preponderante foi a cristã -, outra coisa é quem realizou isso: só os cristãos. Havia não cristãos? Havia, mas não se analiza nada pelas excepções, mas pela regra geral.

Um segundo ponto que quero destacar, no dia de São Bento:

O cristianismo é um caso único na história e, na essência, a única novidade deste mundo, que trouxe a verdadeira novidade, coisa nova genuína, o HOMEM NOVO. Diz a SAGRADA ESCRITURA:

Aquilo que foi é aquilo que será; aquilo que foi feito, há-de voltar a fazer-se: e nada há de novo debaixo do Sol! Se de alguma coisa alguém diz: «Eis aí algo de novo!», ela já existia nas eras que nos precederam. (Eclesiastes I, 9-10)

Não há nada de novo nas coisas humanas, salvo vaidades passageiras. A única coisa nova oferecida a este mundo é o cristianismo, a IGREJA, a BOA NOVA de JESUS, SACRAMENTOS, tudo que tem a ver com JESUS. E novidade é também como se propagou o cristianismo:

1) Todas as revoluções sociais humanas tiveram o poder visível ou às escondidas - como na revolução dos anos 60, estava às escondidas esse poder - para sustentar a revolução. O cristianismo é a única revolução que teve o poder não a favor, mas contra.

Este poder que sustentou as revoluções puramente humanas é humano. No cristianismo, o poder que o sustenta é divino, mas a forma como DEUS actua é bem diferente e distinta da forma como actuam os poderes deste mundo, quando querem impor o que pensam.

2) Todas as revoluções sociais puramente humanas e ideológicas causaram injustiça e violência com perseguição, algumas, na violência, causando verdadeiros banhos de sangue. Os revolucionários praticavam a violência e matavam quem se opusesse às suas pretensões. No cristianismo foi tudo às avessas: a violência não era exercida pelos revolucionários, mas eram antes eles as vítimas. Nas outras se vê um poder que quer destronar o vigente e reinar. No cristianismo, reinar é servir.

3) A salvação que todas as revoluções oferecem é para esta vida e mais nada. O cristianismo é a única novidade: o que oferece é a felicidade eterna, mas que até já se inicia nesta vida, para quem acolhe na fé em JESUS CRISTO.

4) Os revolucionários humanos recorrem ao condicionamento (ou lavagem cerebral) para levarem as pessoas a pensarem como eles. O cristianismo - como se pode observar na história - não se impôs, antes foi perseguido, como sabemos pelos mártires. Propõe o REINO DE DEUS que faz a diferença e novidade, que faz do homem velho de todos os tempos o HOMEM NOVO; este não é fruto do esforço humano, mas da GRAÇA DE DEUS: que diferença e genuína novidade!

5) Ao contrário do que possamos ser em relação a muitas coisas nesta vida - como no futebol, por exemplo -, ser cristão não é fruto de um condicionamento social, mas porque é bom ser cristão (para quem o descobre).

Dizer que alguém é cristão por condicionamento social, é mentira, basta consultar a história: os cristãos antes não se deixavam condicionar pelos perseguidores. Não condicionaram ninguém, antes foram perseguidos por não se deixarem condicionar à sociedade pagã vigente.

Então, o que aconteceu? Alguém já dizia que sangue de mártires é semente de cristãos: Os perseguidores, aos poucos, foram vendo que o cristianismo era a novidade, e uma boa novidade, e assim se converteram a JESUS. Com a conversão, é óbvio que os pais quiseram o bem para os filhos e transmitiram a fé cristã aos filhos (não, para condicionar, mas porque era bom).

Não se pode dizer o mesmo de muitas outras coisas, a menos que tenhamos sido libertados por JESUS: Ninguém é cristão porque foi condicionado, ou porque nasceu num ambiente cristão, mas porque o cristianismo é bom (para quem o descobre). Antes da sociedade cristã, existiu a sociedade pagã que até perseguia os cristãos. Ao que eu saiba, os perseguidores não andaram a condicionar a sociedade para ser cristã. Dizer que um cristão o é por condicionamente é confundir alhos com bugalhos.

São Bento, rogai por nós!

Um bom DOMINGO e boa semana! E até amanhã, se DEUS quiser!

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