TQ 3,2 A (Salt.: sem III)
Segunda-Feira da semana 3 do Tempo da Quaresma.
São José, Esposo, solenidade.
Dia dos pais
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
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«Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo. De nada me acusa a consciência, mas nem por isso me dou por justificado; quem me julga é o SENHOR.»
(1 Coríntios IV, 3-5)
Esta palavra de São Paulo contrasta com a daqueles que dizem não ter pecados - eu mesmo já ouvi isso -, o que é mentira, como ensina a SAGRADA ESCRITURA:
«Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, DEUS é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade.»
(1 João I, 8-9)
DEUS só pode perdoar a quem, reconhecendo os seus pecados, pedir o perdão. Quem diz não ter pecados, mente. Os que vivem da VERDADE (na humildade) sabem muito bem - e é verdade! - que constantemente pecam, esperando, contudo, não pecar gravemente, e, quando a consciência não lhes está a acusar de nada de momento, suspeitam disso, como São Paulo: apesar da sua consciência de nada lhe acusar
- estava na paz de DEUS, que só DEUS dá, a verdadeira (a verdadeira felicidade já com o seu início neste mundo pela paz que só DEUS dá) -,
nem por isso se achava sem pecados ou justo:
«De nada me acusa a consciência, mas nem por isso me dou por justificado.»
Mas ele confia na bondade de DEUS:
«Nem eu me julgo a mim mesmo. (...) Quem me julga é o SENHOR.»
Aliás, a nossa queda pode tornar-se uma graça:
«Queridos filhos, felizes sereis se não vos julgardes em vossas faltas, mas se compreenderdes que, devido a elas, vos são oferecidas graças.»
DEUS espera que nas nossas quedas (um mal) não fiquemos paralizados, mas que nos voltemos para ELE e para o Seu perdão e vamos em frente com mais experiência (um bem tirado do mal).
«Nem eu me julgo a mim mesmo. (...) Quem me julga é o SENHOR.»
Por isso, devemos sempre pedir perdão a DEUS até pelo pecado que não vemos e que ELE nos livre do orgulho, que é mentira, para não pecar gravemente:
A LEI DO SENHOR é perfeita, reconforta a alma; as ordens do SENHOR são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do SENHOR são rectos, alegram o coração; os MANDAMENTOS DO SENHOR são claros, iluminam os olhos. O temor do SENHOR é puro, permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros, todos eles são rectos, mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino, mais doces que o mel, o puro mel dos favos.
Embora o Vosso servo se deixe guiar por eles e os observe com cuidado, quem pode, entretanto, reconhecer os seus erros? Purificai-me dos que me são ocultos.
Preservai também do orgulho o Vosso servo, que ele não tenha sobre mim poder algum: então serei irrepreensível e imune de culpa grave.
Aceitai as palavras da minha boca e estejam na Vossa presença os pensamentos do meu coração. VÓS, SENHOR, sois meu amparo e redentor.
(Salmo 18, 8-15)
Embora o Vosso servo se deixe guiar por eles e os observe com cuidado, quem pode, entretanto, reconhecer os seus erros? Purificai-me dos que me são ocultos. Preservai também do orgulho o Vosso servo, que ele não tenha sobre mim poder algum: então serei irrepreensível e imune de culpa grave.
O salmista faz essa oração como uma realidade palpável da sua vida, quando diz que na LEI DE DEUS está a verdadeira felicidade. Embora sob um véu de prova de fé nesta vida, mas já se percebe a felicidade nesta paz que só DEUS dá. Ele já conhece esta realidade e pode comparar com a anterior, quando vivia no pecado. Quem nada sabe de DEUS
- sobre a culpa, cabe a DEUS julgar... Pode ser até que seja o efeito do pecado social; não o julgo e muito menos vou pensar na mentira de pensar que sou melhor do que ele, mas peço-lhe para pensar nisto que digo e diz o salmista:
Como pode dizer que é feliz se, vivendo como se DEUS não existisse, só conhece essa realidade de alienação? Não pode fazer comparações. Só conhece uma realidade, mas o salmista pode, conhece os dois modos de vida, os dois possíveis caminhos, com ou sem DEUS:
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores nem toma parte na reunião dos maldizentes, mas antes se compraz na LEI DO SENHOR e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas: dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha. Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Não assim, não, os ímpios: são como palha que o vento leva.
(Salmo 1, 1-4)
São Paulo, que foi muito perseguido pelos seus e pelos de fora, diz:
«Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo. De nada me acusa a consciência, mas nem por isso me dou por justificado; quem me julga é o SENHOR.»
O cristão, como São Paulo, não deve importar-se com o julgamento dos outros, não é o que os outros pensam dele que é importante ou tem valor, mas o que pensa DEUS dele. O que DEUS pensa de cada um de nós é que importa. E o que o mundo dá valor de forma exagerada - exagera! -, até nem passa de vaidade, isto é, de mentira, nada vale aos olhos de DEUS:
«Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens, mas DEUS conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito elevado é abominável aos olhos de DEUS.»
(Lucas XVI, 15)
Toda a idolatria é abominável e irracional. Procuremos, pois, isso, sim, estar bem com o SENHOR, procurando fazer a Sua VONTADE, porque só aí está a verdadeira paz a caminho da verdadeira felicidade, que é - a verdadeira! - infinita e nunca murcha:
Pedro e os apóstolos replicaram: «Importa obedecer antes a DEUS do que aos homens.»
(Actos V, 29)
Porque só DEUS é o SENHOR. Isso pode trazer a perseguição, mas ser perseguido por causa de DEUS é uma grande honra e graça:
«Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no CÉU; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»
(Mateus V, 11-12)
Quem vive na paz de DEUS, que só DEUS dá, e que nada nem ninguém a destrói, mesmo que se movam todos os tipos de guerra contra ele, bem que pode fazer esta oração:
Até quando, ó homens, sereis duros de coração? Porque amais a vaidade e procurais a mentira? Sabei que o SENHOR faz maravilhas pelos seus amigos; o SENHOR me atende quando O invoco. Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?». Fazei brilhar sobre nós, SENHOR, a luz da vossa FACE. Dais ao meu coração uma alegria maior do que a deles na abundância de trigo e vinho. Em paz me deito e adormeço tranquilo porque só VÓS, SENHOR, me fazeis repousar em segurança.
(Salmo IV, 3-4.7-9)
Continuação de uma boa semana e tempo de quaresma, neste dia da solenidade de São José, Esposo e, portanto, pai, modelo de pai para todos os pais e, por isso, um bom dia dos pais para todos que já são pais. Até amanhã, se DEUS quiser!