quinta-feira, 11 de maio de 2017

03 Fátima

TP 4,5 A (Salt.: sem IV)
Quinta-Feira da semana 4 do Tempo Pascal.

1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.

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Na beatificação de Francisco e Jacinta, fala a autoridade de São João Paulo II, com a autoridade que recebeu de DEUS e não dos homens:

«Os pequeninos privilegiados do PAI:

"EU TE bendigo, ó PAI, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelastes aos pequeninos."

Com estas palavras, JESUS louva os desígnios do PAI CELESTE:

"Sim, PAI, EU TE bendigo, porque assim foi do Teu agrado."

Quiseste abrir o REINO aos pequeninos. Por desígnio divino, veio do CÉU a esta Terra, à procura dos pequeninos privilegiados do PAI, uma mulher revestida com o Sol. Fala-lhes com voz e coração de MÃE: convida-os a oferecerem-se como vítimas de reparação, oferecendo-SE ELA para os conduzir, seguros, até DEUS. Foi então que das Suas mãos maternais saiu uma luz que os penetrou intimamente, sentindo-se imersos em DEUS como quando uma pessoa - explicam eles - se contempla num espelho.»

Nota minha: "Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido." (1 Cor XIII,12) Compare-se com «sentindo-se imersos em Deus como quando uma pessoa - explicam eles - se contempla num espelho.» Continua São João Paulo II:

«Mais tarde, Francisco, um dos três privilegiados, exclamava:

Nós estávamos a arder naquela luz que é DEUS e não nos queimávamos.

Como é DEUS? Não se pode dizer. Isto sim que a gente não pode dizer.»

Nota minha: Uma criança diz algo que a Filosofia explica porquê, porque não se pode dizer como é DEUS. Não se pode, porque a nossa inteligência, e a dos anjos, não podem compreender DEUS, INFINITO. Uma coisa é conhecer algo, outra coisa, é compreender. Como é que uma criança dá uma resposta tão surpreendente sobre DEUS? Quem lhe ensinou? JESUS o diz: Foi o ESPÍRITO SANTO.

Continua São João Paulo II:

«DEUS: uma luz que arde mas não queima. A mesma sensação teve Moisés quando viu DEUS na sarça ardente. Ao beato Francisco, o que mais o impressionava e absorvia era DEUS naquela luz imensa que penetrara no íntimo dos três. Na sua vida, dá-se uma transformação que poderíamos chamar radical; uma transformação certamente não comum em crianças da sua idade. Entrega-se a uma vida espiritual intensa que se traduz em oração assídua e fervorosa, chegando a uma verdadeira forma de união mística com o SENHOR. Isto mesmo leva-o a uma progressiva purificação do espírito através da renúncia aos seus gostos e até às brincadeiras inocentes de criança. Suportou os grandes sofrimentos da doença que o levou à morte, sem nunca se lamentar.

Grande era no pequeno Francisco, o desejo de reparar as ofensas dos pecadores, esforçando-se por ser bom e oferecendo sacrifícios e oração. E Jacinta sua irmã, quase dois anos mais nova que ele, vivia animada pelos mesmos sentimentos. Na sua solicitude materna, a Santíssima VIRGEM veio a Fátima, pedir aos homens para não ofenderem mais a DEUS, NOSSO SENHOR, que já está muito ofendido. Dizia aos pastorinhos: Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.

A pequena Jacinta sentiu e viveu como própria esta aflição de NOSSA SENHORA, oferecendo-se heroicamente como vítima pelos pecadores. Um dia - já ela e Francisco tinham contraído a doença que os obrigava a estarem de cama - a VIRGEM MARIA veio visitá-los a casa, como conta a pequenita: NOSSA SENHORA veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve para o CÉU. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim. E, ao aproximar-se o momento da partida do Francisco, Jacinta recomenda-lhe:

"Dá muitas saudades minhas a NOSSO SENHOR e a NOSSA SENHORA e diz-lhes que sofro tudo quanto ELES quiserem para converter os pecadores."

Jacinta ficara tão impressionada com a visão do Inferno, durante a aparição de treze de Julho, que nenhuma mortificação e penitência era demais para salvar os pecadores.»

Da Homilia do Santo Padre São João Paulo II

Até amanhã, se DEUS quiser, Aleluia, Aleluia!