TC 15,1 A (Salt.: sem III)
15º DOMINGO DO TEMPO COMUM.
NOSSA SENHORA DO CARMO, mo.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
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Todo este assunto, desde o início, encontra-se
AQUI.
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Já foi visto como se prova porque DEUS existe, embora, para saber que DEUS existe, não é preciso saber provar. O senso comum sempre soube - sem saber explicar - que DEUS existe, ou nem existiria a religião natural. Desde que o homem existe, a Terra está cheia de sinais da religiosidade humana. Mas também foi provado, como foi mostrado dentro deste assunto. A matéria da prova são os factos e aquilo que a nossa inteligência - isenta de tudo que a escraviza - diz, diante desses factos, para não cair no absurdo, nas contradições: só pode dizer que DEUS existe. Quem diz não acreditar em DEUS, não pode nem consegue explicar porque diz isso e, por isso, sempre vai aos "bugalhos", para explicar porque não acredita em DEUS. Hoje, mais do que noutros tempos, é muito comum esse tipo de "argumento": não sabendo dar as razões de assumir certa posição, ir buscar as razões dos "bugalhos". A cultura da morte, consciente ou não, usa muito desse tipo de "argumento", é uma cultura da mentira. Esta precisa de recorrer ao «nada a ver» para fazer parecer que tem razão no que pretende aprovar.
O Padre Jorge Loring SJ, no seu livro «Para salvar-te», que envolve diversos assuntos de Filosofia e Teologia, além de Doutrina Católica, inicia o livro explicando porque DEUS existe de modo simples, compreensível a todos. Por exemplo:
«Que aconteceria numa praça com muito trânsito - como na «Cibeles» de Madrid -, se os condutores ficassem repentinamente paralizados e os veículos, que não possuem inteligência, abandonados ao seu próprio impulso? (Diz logo o senso comum:) Teríamos uma terrível catástrofe.»
Acreditar que o Universo veio do acaso ou de leis pré-existentes que não se explicam como podem existir (do acaso, por acaso?!!!) , é acreditar no absurdo, tal como seria absurdo acreditar que a terrível catástrofe poderia, por acaso, não ocorrer na praça de Madrid.
Vivemos neste mundo e compreendemos que o telemóvel não apareceu por acaso, mas porque o ser humano é uma criatura inteligente. Um castor, por exemplo, nunca poderá inventar um telemóvel, porque é uma criatura que pode conhecer coisas, mas não pode entendê-las nem, em função disso, inventar coisas. Desde que o castor existe, e enquanto DEUS quiser que ele exista, construirá os seus diques sempre do mesmo modo, segundo os seus instintos. Não tem a liberdade de fazer coisa diferente porque não é criatura inteligente e com vontade própria. Já o ser humano pode inovar e descobrir novas coisas, pode compreender que 1 + 1 = 2, pode ter ciência. Um animal bruto não pode ter ciência, porque isso envolve saber explicar o porquê das coisas, ter entendimento delas. Nós também podemos não entender coisas, é verdade - eu não entendo quase nada das coisas de Medicina -, mas temos o potencial para entendê-las. O animal bruto, jamais. Posso conhecer o teorema de Pitágoras, e não saber porque é assim, mas tenho o potencial para um dia, pelo estudo da Matemática, entender o teorema de Pitágoras. Todos sabemos, sem excepção, que o animal não precisa de estudar, não vai aprender a tocar piano, não precisa de ter uma conta de correio electrónico ("email"), etc, porque não é criatura inteligente. DEUS os criou já levando em conta tudo isso. Assim, o cão, por exemplo, que não teria inteligência para construir uma bengala na sua velhice, também não precisa disso, caminha bem caminhando com as suas quatro patas. Em função do conhecimento que apreende pelos sentidos - como o homem apreende o conhecimento igualmente pelos sentidos -, age por instinto, ao contrário do homem. Este pensa e reflecte. O instinto não é cego, como podemos observar nos animais, existe uma inteligência externa ao animal, que vem da providência divina. Quanto ao conhecimento sensitivo, o animal pode até conhecer o que o homem não pode: um cão tem um osfalto mais apurado que o homem, a águia, uma visão superior à do homem, em relação ao alcance; já o homem vê no escuro, enquanto a galinha nada vê de noite; vê a cores, enquanto o cão só vê a preto e branco. Mas conhecer não é compreender, só uma criatura inteligente pode compreender coisas. Para compreender, pode precisar de estudar, pode descobrir leis físicas, etc.
Dou graças a DEUS pelo etc! Louvado seja DEUS também por isso!
Sabemos que o telemóvel não apareceu do acaso, mas de uma criatura inteligente, o ser humano, é um facto histórico. Se alguém não o soubesse, não tivesse o conhecimento histórico, poderia saber racionalmente. Se amanhã aparecesse uma extra-terrestre e visse um telemóvel, não teria dúvidas que existem criaturas inteligentes como ele no planeta, que os fabricou. A possibilidade do acaso seria ridícula para este extra-terrestre que se guia pela razão (primeiro, pelo bom senso, depois, raciocina) e não por outras razões. Os extra-terrestres - se existirem como é descrito pelos que dizem terem visto -, seriam então criaturas inteligentes como o homem, com um corpo material (eles viram com os seus sentidos) e uma alma espiritual (requisito necessário para ser uma criatura inteligente e com vontade própria, não está determinada a seguir os seus instintos). Por causa do corpo material, precisariam, como o homem, da tecnologia para suprir as limitações corporais, como, por exemplo, discos voadores. Em criaturas puramente espirituais, como os anjos, a tecnologia seria inútil e verdadeiro, digamos, "atraso de vida", para essas criaturas superiores. Também sabemos, ou deveríamos pensar com honestidade para saber, que este Universo, imenso para nós, não apareceu por "passes de mágica", mas de uma inteligência, que Bento XVI recordou ser o LOGOS.
«Se umas varas de madeira formando uma cabana requerem a inteligência de um homem, não será necessária uma inteligência para ordenar milhões e milhões de estrelas que se movem no céu (no espaço celeste) com precisão matemática?»
Se dizemos que não, então acreditamos também no absurdo de que a cabana pode ter aparecido por acaso, o que significa que temos que mover um processo judicial contra o Sr. Acaso, por plagiar obra humana.
«Não acreditar em DEUS é muito mais difícil do que se pensa: é preciso evitar observar a natureza e não reflectir sobre o que nela vemos». (André Gide)
Hoje, diante do mal, há quem diga não crer em DEUS. A Sra. Desonestidade ou a Sra. Ignorância concorda com essa teoria, mas são senhoras que misturam alhos com bugalhos: vão buscar coisas que nada têm a ver como argumentos (os bugalhos) que, por isso mesmo, não são argumentos, como observar que há muito mal no mundo, logo, concluem, DEUS não existe. Logo, coisa nenhuma! Daí, não se conclui tal coisa.
Olhando a PAIXÃO DO SENHOR, realmente, parece que DEUS permite o mal. O problema do «parece, mas não é». Parece que DEUS não responde ao mal. DEUS deveria fazer como fazem os homens, aplicando o «olho por olho, dente por dente». Em vez do «olho por olho, dente por dente», antes deixa-SE (DEUS!) agredir de todos os modos, sem reagir, suportando n'ELE os nossos pecados e maldades. Sim, porque os bugalhos ao dizerem isso, não se apercebem que o mal, em primeiro lugar, agride ao DEUS humanado. Podemos ver isso, de modo especial, na Coroação de Espinhos, a que ponto pode o homem, sem DEUS, sob o jugo do espírito do Mal, ser tão cruel e miserável.
Mas se DEUS reagisse às nossas maldades e ao mal que causamos no mundo, quem se salvaria? Ninguém!
Este silêncio de DEUS não é definitivo, como explica JESUS na parábola do trigo e do joio. O joio plantado pelo Inimigo não prevalecerá, há um Juízo Final.
DEUS permite o mal? Claro que não! O homem até pode permitir o mal, como vemos numa cultura de morte, mas DEUS jamais. Como está na parábola do trigo e joio, na parábola do filho pródigo, etc, DEUS deseja salvar o homem, mas há um Juízo Final onde a JUSTIÇA será feita, ninguém terá razões de queixa (justíssima justiça!), e não haverá impunidade nem imunidade, nem precisará de se provar nada - DEUS vê tudo -, para quem, até ao fim, tiver rejeitado a Sua misericórdia, que pela PAIXÃO do Seu FILHO, lhe ofereceu nesta vida. DEUS tanto não permite o mal, que deseja, sem violar a liberdade humana, dar a Sua GRAÇA... Deseja salvar o homem, mas não vai obrigar o homem a se salvar, ele é livre. Por isso, não o traz imediatamente à Sua JUSTIÇA, mas dá-lhe mais uma oportunidade à sua mudança de vida.
DEUS não permite o mal, nem o aprova, mas sabe escrever direito pelas linhas tortas causadas pelo mau uso da liberdade humana. Já os homens, quando pretendem escrever direito por linhas tortas - como se meios imorais justificassem fins bons e estes pudessem ser alcançados por tais meios - é uma desastre, não estamos a ver isso mesmo no mundo, tanto mal causado pelo homem sob o influxo do Inimigo?
O argumento para se crer em DEUS, mesmo assim, não está no facto de se observar que o mal existe neste mundo - acidental e temporariamente, até ao Juízo Final -, mas no facto que, na contemplação do Universo, só existe uma explicação para a sua existência: foi uma INTELIGÊNCIA (LOGOS) que o criou.
O homem - mas graças a DEUS, acrescente-se! -, é capaz de fazer, com a sua inteligência, muitas coisas (é criação acidental: precisa levar em conta o que já existe para "criar"), mas nada se compara ao que observamos na natureza:
«O coração bate umas setenta vezes por minuto. Ao largo de uma vida humana, terá batido umas três a quatro mil milhões de vezes. A cada contracção aspira e rega um decilitro de sangue, o que supõe uns 18 000 litros por dia, uns 6,5 milhões de litros por ano. Em alguém que viveu 70 anos, seria uns 455 milhões de litros... Que máquina feita pelo homem pode fazer isso sem manutenção nem substituição?»
E além demais seria apenas uma máquina..., nem vida própria tem.
Conforme argumenta o Padre Pedro Cerrutti SJ, o homem procura a verdade, porque é criatura inteligente, quer o bem (como podemos ver até em quem se encontra sob o jugo do Mal. Ele deseja o bem e também o faz em certas situações da vida, porque tem vontade própria, e anseia, com o seu coração, a felicidade). Sem DEUS, é impossível mitigar esta sede de felicidade, de aperfeiçoamento e de verdade. A religião é necessária ao homem.
A solução para o mal e para uma sociedade mais justa (mais igual, aqui está a verdadeira definição de igualdade, bem distinta do que prega a ideologia), estará na educação, numa questão de mentalização? Estas coisas serão úteis, mas com DEUS. Uma educação que ensinasse crianças e jovens a pecar - dizendo mentirosamente, como diria o Diabo, que não é pecado, ou que ele não existe -, é uma educação que coloca jovens e crianças sob o influxo do espírito do Mal. Que se poderá esperar daí? Mas supondo que a educação é genuína, nos verdadeiros valores, na verdade e no belo, supondo que isso seja possível, mas com DEUS censurado, também só serviria para baixar a febre temporariamente. Que me adianta saber o que devo fazer se não conseguir fazer, sobretudo em certas situações de grande provação? Uma coisa é eu saber o que devo fazer, outra coisa é fazer o que devo fazer, são duas coisas distintas. O homem está fragilizado na sua vontade (liberdade) devido à herança do pecado original e ao pecado pessoal e social. Sei o que devo fazer e é isto que me agrada, o bem - já dizia São Paulo -, mas nem sempre tenho fortaleza para fazer o que devo fazer. Uma educação genuína, isto é, nos verdadeiros valores e na verdade (o Diabo e as suas mentiras não estão aqui), é muito importante, mas inútil, enquanto o homem estiver sob o influxo do espírito do Mal, como acontece quando DEUS foi censurado, perversidade das perversidades! Mais dia, menos dia, rebenta-se o dique. O homem precisa de DEUS, de crer em JESUS CRISTO, ou DEUS fica longe. A Religião é o que há de mais importante para o ser humano, mais do que qualquer outra coisa:
A religião é necessária ao homem.
A família é uma instituição natural, como é visível ao olho nú na história e na pré-história (quando se olha para a história e para a pré-história, claro!). O seu fim directo e primário é a conservação do género humano pela procriação e educação humana (física, intelectual e moral) da prole. Entre os componentes da família - esposo, esposa e filhos -, existem necessariamente relações, que devem ser reguladas pelos deveres: deveres entre os conjugues, deveres dos pais e deveres dos filhos (e dos irmãos). Sem DEUS, o cumprimento destes deveres não encontram fundamento nem motivo logicamente racional. A religião é necessária à família. Quantas famílias destruídas e sendo destruídas por viverem como se DEUS não existisse!
A religião é necessária à família.
A finalidade directa da sociedade civil é procurar o bem comum temporal dos seus membros. As vontades precisam ser cooperativas, mas sem DEUS só existe divisões. É tão sabido isto! É só perguntar à Sra. História. Sem DEUS, cai o homem nas garras do demónio que cria divisões e guerras, como é sabido e verificável. A religião é necessária à sociedade civil, para ser feliz. Sem isso, jamais alcançará o seu fim, jamais!
A religião é necessária à sociedade.
Vivemos numa sociedade que sugere que não precisamos de DEUS. O Diabo concorda, mas tal sugestão é mentira e ofende gravemente a razão humana. DEUS é a fonte de todos os bens. Mas estes bens, sendo finitos, apesar de bons - agradeçamos a DEUS -, não saciam. E até podem fazer o mal, porque o joio do Inimigo trouxe acidental e temporariamente a desordem à CRIAÇÃO. O café é um bem, mas pode fazer mal no abuso. E não vai saciar, precisaremos doutro, mais logo. Porque não sacia, existe a Economia; quando um bem é escasso passa a ter valor económico. Além demais, o bem pode também fazer mal quando está presente o pecado, como o pecado da gula: não sacia e resulta em mal. Os bens bem usados, são um bem, mas só em DEUS o homem se saciará plena e definitivamente. Assim reconheceu Santo Agostinho, que não precisa ficar na opinião, porque conheceu a vida sem DEUS e depois com DEUS.
Igualmente, também é mentira - mentira das mentiras -, quando se diz que não temos obrigações (deveres) para com DEUS. Os deveres para com DEUS são os mais importantes de todos, e sem eles, os deveres para com o próximo e para com a CRIAÇÃO sempre serão violados: se praticamos a INJUSTIÇA para com DEUS, seremos injustos para com os outros e traremos desordem à CRIAÇÃO.
Mais, como sabem muito bem os santos - aqueles que não precisam de dar opinião, mas de falar das suas experiências de vida -, enquanto a nossa vontade não coincidir com a de DEUS, não poderemos ter paz e ser alegres neste mundo, nem alcançar a felicidade na VIDA ETERNA. Cumprir com os nossos deveres para com DEUS - os mais importantes de todos -, além de garantir o cumprimento dos nossos deveres para com o próximo, é aquilo que o coração humano aspira e anseia, a felicidade. No pecado, jamais alguém será feliz. Só na graça e depois na glória de DEUS.
Por isso, no PAI NOSSO, suplicamos essa felicidade:
«Venha a nós o Vosso REINO, seja feita a Vossa VONTADE» também na Terra, como acontece no CÉU.
Para isso, rogamos primeiro a Sua misericórdia:
«Santificado seja o Vosso NOME».
Se é injusto não cumprirmos os nossos legítimos deveres para com o conjugue, para com a família, para com a sociedade, para com a Pátria, para com o mundo, ..., em primeiro lugar, e muito mais injusto, será não cumprirmos os nossos deveres para com DEUS, NOSSO SENHOR (pessoalmente, em família, na sociedade e como POVO DE DEUS). O lucro é só e apenas nosso. Na injustiça de não cumprirmos com este que é o primeiro e acima de todos os outros deveres, o prejuízo será só nosso e da sociedade.
Um bom DOMINGO! O DOMINGO é o primeiro, mas também tornou-se o maior dos dias da semana com a RESSURREIÇÃO DE JESUS (na carne, claro! (pelo poder da Sua DIVINDADE)). Até amanhã, se DEUS quiser!