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Quarta-Feira da semana 5 do Tempo da Quaresma.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.
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Todo este assunto, desde o início, encontra-se
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Estamos em tempos muito especiais, de ouvir muitas asneiras sobre Religião, porque a falta de conhecimento de DEUS (que vem do dever de praticar a Religião) é imensa:
Não existe uma religião satânica porque Satanás não é DEUS, mas uma criatura. Isto é um disparate e, no caso, hediondo. A Religião envolve uma relação da criatura com o CRIADOR, sendo que essa criatura precisa de ser inteligente e com vontade própria, isto é, possui o dom da liberdade; e assim é capaz de ter consciência dessa relação e dessa necessidade. Os animais, vegetais e minerais não possuem religião. Das criaturas inteligentes, que DEUS criou, só conheço os anjos (espíritos puros), e nós, os seres humanos, ainda com um corpo material - que será espiritualizado na ressurreição dos mortos -, e uma alma espiritual, cujas faculdades são a inteligência e a vontade própria. A inteligência não está no cérebro - cérebro, até os animais brutos possuem. Sendo o cérebro um órgão do corpo humano, é apenas a condição para a alma humana (a causa) gerar pensamentos de forma sensitiva (comunicação), além doutros efeitos no corpo humano. Quando o homem morre, está plenamente consciente de tudo que está a acontecer (a alma é imortal), apenas, separado do corpo, já não pode (a alma) comunicar-se com este mundo material.
Não sei se existem extra-terrestres, que nos filmes apresentam-se como os homens, com um corpo material e, porque são inteligentes, com um princípio vital, a alma, de substância espiritual, por isso, como nós, inferiores, segundo a natureza, aos anjos, mas também não tem importância. Não são eles que salvam o nosso mundo, como aparecem em alguns filmes, não passam de criaturas e até, segundo a natureza, inferiores aos anjos.
O que se vê neste mundo, pelas notícias, é a falta de juízo (em todos os sentidos e significados desta afirmação), quando se ouvem essas asneiras.
Outra asneira é sobre o sagrado e a consagração. Se o homem vivesse na amizade com DEUS, como acontece no CÉU, tudo seria sagrado e consagrado a DEUS, não existiria o profano. O homem e mulher que vive a fé em JESUS CRISTO, consagra tudo a DEUS, e costuma fazer isso através de NOSSA SENHORA, ao saber que agrada a DEUS. Até as contrariedades são consagradas com amor a DEUS. Sagrado refere-se apenas a DEUS e a tudo que foi consagrado a DEUS, nada a ver com criaturas que não são nem podem ser deuses.
Tudo isso, essas asneiras, revela que o homem está muito adoentado por causa do pecado, esta palavra que irrita quem está doente, mas a irritação confirma a sua doença e prova, como um facto, esta afirmação.
Religião, o que há de mais importante e necessário às criaturas inteligentes - DEUS lhes deu a imortalidade (no homem, a alma, mas que receberá na ressurreição dos corpos o corpo espiritualizado) - é uma relação que envolve a criatura com DEUS, seu criador.
Nós temos deveres para com DEUS, para connosco mesmo e para com o próximo. O efeito de cumprirmos - melhor dizendo, procurarmos cumprir (se falhamos, logo pedimos-LHE desculpa) - com estes deveres nossos será benefício nosso, social, ecológico, económico, político, etc. Se há coisas más na política, por exemplo, se deve a isso mesmo, ao político não cumprir com os seus deveres para com DEUS, para consigo mesmo e para com o próximo. E se não cumprimos para com DEUS (Religião), também falharemos nos nossos deveres para connosco mesmo e para com o próximo (tornamo-nos, por exemplo, egoistas e individualistas). Isso se reflectirá na sociedade e na CRIAÇÃO. Mais grave, corremos o risco de perdermos DEUS para sempre.
Devemos procurar cumprir com esses deveres nossos pedindo a ajuda de DEUS, NOSSO SENHOR, que nos dará a GRAÇA para tal. O pecado original enfraqueceu a vontade e inteligência humanas..., precisamos da GRAÇA que nos convida ao bem sem enganos e nos dá força para sempre vencermos o mal com o bem.
Os nossos deveres para com DEUS - cujo lucro é só e somente só nosso... (e da sociedade) - é a Religião. Temos o culto (de adoração, só a DEUS se deve adorar) e a oração, a nossa conversa com o nosso CRIADOR, como temos com os que nos são próximos, a nossa convivência com DEUS, é isso que significa rezar. JESUS trouxe uma novidade - coisa nova -, entre outras: DEUS nos quer olhar como filhos Seus no Seu FILHO. Já no Antigo Testamento se evoca DEUS como pai, mas nunca deste modo, como JESUS nos veio ensinar.
Como diz Régis Jolivet, a Religião é o primeiro dos nossos deveres, e isso parece óbvio, a nós, se a luz natural da nossa razão não estiver muito estragada pelo pecado e seus efeitos. E o lucro é só nosso, atingir o nosso fim, para que fomos criados. Se a luz natural da nossa razão não estiver muito estragada pelo pecado e seus efeitos - como acontece abundantemente neste início do século 21 -, reconhecemos que não há nada de mais importante, para nós, do que a Religião, isto é, do que DEUS.
E se a luz natural da nossa razão não estiver muito estragada pela herança do pecado original, reconhecemos que esse dever, de religião, está acima de todos os outros.
Na nossa relação quotidiana com DEUS, NOSSO SENHOR, devemos sempre crescer, pela conversão, no amor: todos os deveres de religião devem convergir, acima de tudo mais, para o amor de DEUS. Dependemos inteiramente de DEUS, e é isso que é a base da Religião: devemos amá-l'O acima de todas as coisas. Quando procuramos cumprir com os nossos deveres, será por a amor a DEUS, não, por medos, por interesses, por etc, mas porque amamos o nosso DEUS e O amamos acima de todas as coisas. É verdade que falhamos e pecamos, mas este desejo, esta vontade nossa, já leva ao cumprimento dos nossos deveres de religião. DEUS nos protegerá de ofensas graves, mesmo porque vivendo assim, vivemos na humildade, mas poderá nos deixar cair venialmente para não perdermos a consciência que tudo é misericórdia da Sua bondade. Assim ensinou São Paulo sobre o espinho da sua vida.
O culto - interior, exterior e social - é a manifestação da Religião. A oração é o acto (interior, exterior e social) pelo qual uma criatura inteligente - angélica ou humana (como disse, não sei se existem extra-terrestres) -, reconhece o seu nada diante do CRIADOR e LHE pede ajuda para tudo, mas sobretudo, para atingir o seu fim, entre outras coisas.
Os anjos que optaram por DEUS já atingiram o seu fim, já não precisam de pedir nada, tudo lhes é dado sem precisar de pedirem coisa alguma, estão no CÉU. Os nossos irmãos bem-aventurados do CÉU, idem. As suas orações são apenas acção de graças e de louvor grato a DEUS, pela felicidade que d'ELE recebem, pela Sua misericórdia, que é eterna, como canta o salmista em oração. São os homens ainda neste mundo passageiro que nas orações, além de louvor, adoração e agradecimento, precisam de fazer pedidos - por eles mesmos, pelo próximo, pela nação, pelos governantes, etc -, pois ainda não alcançaram o CÉU. E pedidos pelos irmãos no Purgatório, para que possam finalmente ver DEUS. Estes, não podendo rezar por si próprios, rezarão por nós, para nosso lucro.
A oração é um dever natural. Não é um luxo ou algum favor, mas dever e necessidade. Se agradecemos o bem que o próximo nos faz, muito mais devemos agradecer a DEUS, de QUEM tudo recebemos (continuamente). A oração é o pedido mais frequente de NOSSA SENHORA, que aparece nestes tempos como RAINHA DA PAZ. Apresenta-SE como RAINHA DA PAZ, nestes tempos de falta de paz, não é mera coincidência: o mundo infiel bem precisa da paz e só DEUS, NOSSO SENHOR, pode dá-la.
Os nossos deveres para com DEUS (Religião), nos obrigam a termos deveres para com nós mesmos - alma e corpo são - e para com o próximo, o bem do próximo. Tudo isso se reflectirá na sociedade e no mundo. Quando falhamos nestes deveres e/ou não os reconhecemos (razão adoentada pelo pecado), o prejuízo é só nosso, do próximo e da sociedade. E, diante de DEUS, que é JUSTO, praticamos a injustiça. A justiça de DEUS não deixará prevalecer a impunidade para quem não buscou a Sua misericórdia.
Estamos num tempo em que se pensa - pelo menos se comporta desse modo - que a vida é só esta e depois tudo termina. E ninguém provou nada! Também não poderia, mas, sem se ter provado que tudo se acaba com a morte, se vive neste mundo como se, terminada este vida, tudo termina. E se não termina?
Se estamos em dúvida - porque não conhecemos o que disse JESUS CRISTO (nem O conhecemos, não conhecemos a SAGRADA ESCRITURA), ou não acreditamos n'ELE, preferindo acreditar no que se diz por aí -, o que diz o bom senso? Devemos viver esta vida como se tudo terminasse ou ao contrário, levando em conta a possibilidade de haver vida após esta vida? Porque, inclusivé, muitos dizem que existe. E se tiverem razão?
Como diz o Papa emérito Bento XVI: se tens dúvida sobre a existência de DEUS, não vivas como se DEUS não existisse, mas como se DEUS existisse. Isto é que é ter bom senso e isso mudaria o mundo substancialmente, nova criação. A RAINHA DA PAZ disse algo de semelhante aos que duvidam (sobre a existência já provada de DEUS - já provada racionalmente, mas um facto do senso comum humano, que não sabe explicar porquê, mas sabe que DEUS existe):
Queridos filhos, se não podeis acreditar em DEUS, passai pelo menos cinco minutos de cada dia numa meditação silenciosa: durante esse tempo pensareis em DEUS.
E isso fará a diferença.
NOSSA SENHORA dirige-SE carinhosamente, com a preocupação de mãe, aos que duvidam, muitas vezes baseado em raciocínios completamente errados sobre o que observam no mundo. Por detrás de tais raciocínios está a idéia errada de que, depois desta vida, tudo se acaba.
Em vez de dizeres que não acreditas em DEUS, dá-LHE a oportunidade de ELE te mostrar que existe, porque sem ELE, nunca atingirás o teu fim:
Queridos filhos, se não podeis acreditar em DEUS, passai pelo menos cinco minutos de cada dia numa meditação silenciosa: durante esse tempo pensareis em DEUS.
DEUS respeita a nossa liberdade. É preciso querer escutá-l'O, o que não acontecerá no barulho. Notemos como este mundo está tão barulhento..., como quer o príncipe deste mundo, para se viver a alienação de que a vida é só esta e tudo termina, para não se pensar em DEUS.
Todos morrem. Terminou tudo? Assim terminaria para quem fez muito mal e não se arrependeu... Não há justiça, diriam nos seus raciocínios errados, já que tudo (não provado) termina com a morte, diriam.
Mas não é isso que diz a voz da consciência - a voz de DEUS -, quando praticamos um mal. Porque nos sentimos mal, quando fazemos o mal, se após a morte (física), tudo termina? Se tudo termina, porque nos sentimos mal e tristes quando fazemos o mal? Sentimo-nos mal, eis a verdade, porque sabemos, temos esta consciência, que a vida não se acabará após a morte.
Procuremos atender aos pedidos da RAINHA DA PAZ, porque, conhecer DEUS, é muito melhor que saber que ELE existe. Sabe-se que DEUS existe, seja porque o senso comum sabe disso, seja porque até se demonstrou racionalmente, seja porque a nossa consciência, voz de DEUS, nos chama a atenção para isso. Conhecer DEUS é muito, muito melhor, que saber que ELE existe.
Conhecer JESUS, daí, DEUS, é muito melhor que saber que DEUS existe, repito. Perde-se tempo a dizer «não acredito em DEUS!» (de modo tão desonesto muitas vezes), quando se devia perder tempo a procurar conhecê-l'O, cumprindo com os deveres da Religião, aquilo que é o mais importante e necessário ao homem e à mulher.
Aproximamo-nos da semana maior do ano, a SEMANA SANTA, a mais sagrada das semanas, que se inicia no próximo DOMINGO, DOMINGO DE RAMOS, a caminho da PÁSCOA DO SENHOR, nossa PÁSCOA, nossa alegria, nossa salvação e redenção.
Uma boa quarta-feira, o quarto dia da semana, e até amanhã, se DEUS quiser!