TC 20,6 A (Salt.: sem IV)
Sexta-Feira da semana 20 do Tempo Comum.
Virgem Santa MARIA, Rainha, mo.
Acontece no 8º dia da ASSUNÇÃO de NOSSA SENHORA ao CÉU em corpo e alma.
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Constando-lhes que JESUS reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-LHE para O embaraçar: «MESTRE, qual é o maior Mandamento da LEI?» JESUS disse-lhe: «Amarás ao SENHOR, teu DEUS, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro Mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois Mandamentos dependem toda a LEI e os Profetas.» (Mateus XX, 34-40)
Embora essa leitura não seja a da memória da Virgem Santa MARIA, Rainha, mas a ferial, tem, contudo, tudo a ver com a Virgem MARIA ter sido coroada Rainha. Vejamos uma homilia do Papa emérito, Bento XVI, sobre esta palavra. O que está entre chavetas ({}) é meu:
A PALAVRA DO SENHOR, que há pouco ressoou no EVANGELHO, recordou-nos que no amor se resume toda a LEI divina.
O Evangelista Mateus narra que os fariseus, depois de JESUS ter respondido aos saduceus fechando-lhes a boca, reuniram-se para o pôr à prova (cf. Mt 22,34-35). Um destes, um doutor da LEI, perguntou-LHE: «MESTRE, na LEI, qual é o maior Mandamento?» (Mt 22,36).
A pergunta deixa transparecer a preocupação, presente na antiga tradição judaica, de encontrar um princípio unificador das várias formulações da VONTADE DE DEUS. Era uma pergunta difícil, considerando que na Lei de Moisés são contemplados 613 preceitos e proibições. Como discernir, entre todos eles, o maior?
Mas JESUS não hesita, e responde imediatamente: «Amarás ao SENHOR teu DEUS com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. É este o maior e o primeiro Mandamento» (Mt 22,37-38).
Na Sua resposta, JESUS cita o Shemá {Credo de Israel}, a oração que o israelita piedoso recita várias vezes ao dia, sobretudo de manhã e à tarde (cf. DT 6,4-9 11,13-21 NB 15,37-41): a proclamação do amor íntegro e total devido a DEUS, como único SENHOR. O realce é dado à totalidade desta dedicação a DEUS, enumerando as três características que definem o homem nas suas estruturas psicológicas profundas:
- Coração;
- Alma; e
- Mente.
A palavra mente, «diánoia», contém o elemento racional. DEUS não é apenas objecto do amor, do compromisso, da vontade e do sentimento, mas também do intelecto, que portanto não deve ser excluído deste âmbito. É precisamente o nosso pensamento que se deve conformar com o PENSAMENTO DE DEUS. {Tudo que existe está no PENSAMENTO DE DEUS. Ao contrário do PENSAMENTO DE DEUS, CRIADOR, o pensamento das criaturas inteligentes - só essas pensam, os anjos e os homens - não podem criar nada}
Mas depois JESUS acrescenta algo que, na realidade, não tinha sido perguntado pelo doutor da LEI: «O segundo é semelhante ao primeiro: amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22,39).
O aspecto surpreendente da resposta de JESUS consiste no facto de que ELE estabelece uma relação de semelhança entre o primeiro e o segundo Mandamento, definido também esta vez com uma fórmula bíblica tirada do código levítico de santidade (cf. LV 19,18).
E eis portanto que na conclusão do trecho os dois mandamentos são associados no papel de princípio-base no qual se baseia toda a REVELAÇÃO bíblica: «Destes dois Mandamentos dependem toda a LEI e os Profetas" (Mt 22,40).
(Bento XVI)
De facto, se não cumprimos o 1º Mandamento (na conversão diária lutamos por isso, às vezes falhamos, mas temos este propósito verdadeiro e sincero que vem do coração, da alma e da mente...), não é possível cumprir com o 2º Mandamento, pois não amamos a FONTE DO AMOR, que é DEUS. Este amor é invisível, só DEUS pode ver o que está no nosso coração; existindo, necessariamente existe o amor do próximo. Por isso, e pelo outro lado, se não cumprimos o 2º Mandamento, este, visível, também é falso o nosso amor a DEUS. O amor do próximo, quando existe, é porque existe o amor de DEUS acima de todas as coisas, pois é DEUS a FONTE; quando não existe o amor do próximo, quando antes existe o ódio ou a falta de amor (indiferença), não existe o amor a DEUS.
NOSSA SENHORA foi sempre e mais do que ninguém assim no amor a DEUS e ao próximo: o pecado, que viola (sempre) os dois maiores Mandamentos, nunca teve domínio, nem de leve, sobre NOSSA SENHORA. Sempre foi inteiramente de DEUS (Imaculada Conceição, Imaculado Coração).
Por isso, depois de DEUS, ninguém ama mais do que ELA, nem pode, e nos ama a nós como MÃE:
Queridos filhos, a razão de EU estar convosco - a Minha missão! -, é ajudar-vos para que vença o bem, mesmo que isso não vos pareça, agora, possível. Sei que não entendeis muitas coisas, tal como EU não entendia tudo: tudo que o Meu FILHO ME explicava, enquanto crescia ao Meu lado, mas EU acreditava n'ELE e seguia-O. Peço-vos também isso: acreditar em MIM e seguir-ME. Contudo, Meus filhos, seguir-ME, significa amar o Meu FILHO acima de todas as coisas, amá-l'O em todas as pessoas, sem distinção. (...) Meus filhos, a vossa vida não passa de um piscar de olhos, em contraste com a VIDA ETERNA. E, quando comparecerdes perante o Meu FILHO, ELE há-de ver, nos vossos corações, o quanto amastes.
Seguir-ME, significa amar o Meu FILHO acima de todas as coisas, amá-l'O em todas as pessoas, sem distinção. «Amarás ao SENHOR, teu DEUS, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro Mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.»
JESUS é DEUS e Homem, na Sua única Pessoa, que é divina (DEUS FILHO, a Segunda Pessoa da SS. TRINDADE, assumiu a natureza humana na ENCARNAÇÃO). Assim, se DEUS é assustadoramente grande, tornou-SE nosso próximo ao SE encarnar no seio da VIRGEM MARIA:
Seguir-ME, significa amar o Meu FILHO acima de todas as coisas, amá-l'O em todas as pessoas, sem distinção.
Uma boa semana, um bom DOMINGO, o primeiro dia da semana, e até amanhã, se DEUS quiser!
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