sexta-feira, 22 de agosto de 2014

08 Quem como DEUS? (22)

TC 20,6 A (Salt.: sem IV)
Sexta-Feira da semana 20 do Tempo Comum.
Virgem Santa MARIA, Rainha, mo.

Esta memória acontece no último dia da oitava da ASSUNÇÃO.

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Todo este assunto, desde o início, encontra-se


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Conclusão das cinco Vias
(Do livro do Padre Pedro Cerruti SJ)

Devido à ignorância, do mundo - premeditada ou não por quem pode informar e não informa -, sobre as cinco vias, que provam de modo categórico a existência de DEUS, apresento um resumo delas tirada do livro já indicado por mim do Padre Pedro Cerruti SJ. Negar a validade ou fazer de conta que elas nunca foram realizadas significa ter-se optado pela desonestidade, que tem os seus desejos inconfessáveis. Também existe a possibilidade de alguém não ter entendido porque as vias nos obrigam a reconhecer que DEUS existe... Mas mesmo neste caso não precisa de ter entendido para o que se segue aqui:

313. DEUS ou contradição, DEUS ou nada. - A existência de DEUS, ser distinto e transcendente, a que nos levaram as cinco vias, é a conclusão necessária de cinco factos gerais, sinais certos de contingência, aos quais aplicamos o princípio de causali­dade: DEUS é a causa própria, única suficiente, destes factos uni­versais. Donde, para negar a existência de DEUS, é necessário negar estes factos ou o princípio de causalidade.

Quais são esses 5 factos gerais que obrigatoriamente nos obrigam - à nossa inteligência - a confessar a existência de DEUS:
- O movimento que só se explica, se DEUS existe;
- Tudo que se produz, é produzido por outra coisa (distinta da produzida). É aqui que entrou o erro do livro «The Grand Design», erro, contudo, que não é original, mas foi uma das objecções às vias de São Tomás: na hipótese de causalidade circular (assim, por exemplo, que a matéria se transformasse em energias diversas, para voltar em seguida ao seu estado original, e assim por diante, indefinidamente), mesmo que houvesse fundamento para essa hipótese (mesmo se a houvesse como fala o livro sobre leis, criação espontânea, espaços, e assim sucessivamente), ela não alteraria em nada a prova da existência de DEUS, porque essa evolução circular não explica a sua existência, refere-se apenas a uma transmissão, não é nem pode ser a fonte da causalidade. Tudo que é circular, se existe, a causa da sua existência está obrigatoriamente, se não quisermos ir contra a razão, fora dela. Assim, o livro «The Grand Design» conclui errado porque, ao contrário do que o livro diz, sobre ser desnecessário DEUS, a verdade é que, sem DEUS, não há explicação para nada;
- O mundo que os nossos sentidos podem apreender é composto de seres contingentes - seres que, existindo, podiam não existir (seres que são, mas poderiam não ser) -, de modo que só e somente DEUS pode explicar a sua existência;
- Os diversos graus de perfeição nos seres só se explica, se DEUS existe. Por exemplo, a beleza presente nos seres: ela se encontra em diversos seres segundo graus diversos: obrigatoriamente a causa é uma só, DEUS; e
- A ordem no mundo só, porque somente, se explica pela existência de DEUS, a menos que queiramos teimar com a razão.
Para negar a existência de DEUS, é necessário negar estes factos ou o princípio de causalidade.

Negar os factos, é impossível: impõem-se eles inexoravel­mente à nossa experiência quotidiana.

Seria negar que existe o movimento. E houve quem o negasse, mas duvido que diante duma avalanche, não se pusesse a correr a toda a velocidade, ou, caso prevalesse a teimosia, que nada iria acontecer com ele. Acredita nisso? Se o movimento existe, e isso é óbvio, só tem explicação na existência de DEUS, é o que ensina uma das 5 vias (e prova).

Negar o princípio de causalidade, é negar o princípio de razão suficiente, admitindo um ser existente sem razão de existir, nem em si mesmo nem num outro ser. Negar o princípio de razão suficiente, é negar o princípio de contradição, admitindo que nada se requer para que haja uma entidade e, por conseguinte, equiparando e reduzindo o ser, a entidade, ao nada. {Nem a Matemática concorda com isso...}

Isso significa votar no absurdo, no irracional. Nada existe?

Logo negar a existência de DEUS, é pôr a contradição como base de tudo, é reduzir toda a realidade ao nada. Mas é impossível que o nada exista. Donde, negar a DEUS, é impossibilitar qualquer existência.

Por outra. Cada via, como vimos, chega imediatamente a um atributo divino que convém unicamente ao SER por SI Mesmo subsistente, «Ipsum Esse Sitbsistens». Ora é evidente que, sem esta EXISTÊNCIA por SI Mesma subsistente, se torna impossível qualquer participação de existência, i. é, qualquer ser. Logo DEUS ou nada!

Quem ousará afirmar que nada existe? {Essa, a conclusão de não se admitir que DEUS existe. Será nada o que escrevo, o que penso, o que vejo, a escrita, o pensamento, a visão?} Por isso, o evolucionismo e o existencialismo ateus {A IGREJA não rejeita a possibilidade, nos planos do CRIADOR, de um evolucionismo, mas longe do evolucionismo irracional ateu} preferiram estabelecer o Absurdo, o Impossível na raiz de tudo:
- é do menos {o que não tem nem é} que sai o mais {o que tem e é};
- é o im­perfeito que produz o perfeito, i. é, quem não tem uma perfeição é quem se dá a si mesmo esta perfeição;
- é a potência que se actualiza a si mesma: absurdos, esses, todos evidentes!

Não admitir DEUS não é apenas permanecer numa igno­rância de explicação, que deixe, porém, outras possíveis {a desonestidade de que a ciência explicará no futuro; se negar DEUS é um absurdo, como poderá a ciência, que tem alergia ao absurdo, algum dia explicar segundo os desejos de quem o diz?}.

DEUS é admitido, não porque, sem ELE, não sabemos ainda explicar o universo, mas porque vemos positivamente que é a única explica­ção possível, a única que evita as contradições. Logo DEUS ou a contradição! {Não precisamos de aguardar o futuro, porque já está tudo explicado hoje mesmo: sem DEUS não há explicação, só contradição hoje, ontem e amanhã, e sempre}

Já o dissera o texto sagrado: «Dixit insipiens in corde suo: Non est DEUS!» Disse o insensato no seu coração: Não há DEUS. Para negar a DEUS, é mister renunciar antes à razão e seguir as paixões do coração.

DEUS ou a contradição. DEUS ou nada: eis, portanto, o dilema inexorável a que nos conduzem as cinco vias. (483)

Dilema inoxerável: não há saída...

Quando uma sociedade se afasta de DEUS, diz o salmista, é a corrupção geral que afecta tudo, também o intelecto:

Os insensatos dizem em seu coração: «Não há DEUS».
Corromperam-se e procederam indignamente, não há quem faça o bem.

O SENHOR olhou do CÉU para os filhos dos homens,
para ver se há algum sensato, que procure a DEUS.
Todos se extraviaram e perverteram,
não há quem faça o bem, não há um sequer.

Acaso não o advertirão todos os obreiros da iniquidade
que devoram o Meu povo como quem come pão?
Não invocaram o NOME DO SENHOR e ficaram aterrorizados,
porque o SENHOR está com os justos.

Pretendíeis confundir o intento dos humildes,
mas o SENHOR é o seu amparo.

De SIÃO, quem poderá trazer a salvação a ISRAEL?
Quando o SENHOR fizer voltar os cativos do Seu POVO,
JACOB rejubilará
e ISRAEL exultará de alegria.
(Salmo XIII, 1-7)

Um bom DOMINGO, o primeiro e o mais importante dos 7 dias da semana, uma boa semana e até amanhã, se DEUS quiser!

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