segunda-feira, 7 de junho de 2021

01 Quem como DEUS? (80) (A alma humana é imortal)

TC 10,2 B (Salt.: sem II)
Segunda-Feira da semana 10 do Tempo Comum.

1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)

Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.

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Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra «Q» de «Quem como DEUS?».

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O materialismo associa à idéia de morte a idéia de fim, de que tudo terminou, deixou de existir, mas nada ficou provado, é uma fé. Fé de uma minoria, em relação à humanidade. Mas, apesar de nada ter sido provado, de que tudo acabou, levam em conta essa fé como se fosse uma verdade científica para aprovar, por exemplo, a hedionda e monstruosa eutanásia. Está "cientificamente" provado que termina o sofrimento do paciente ou idoso com a morte? Não, não está, nem estará. Pelo outro lado, a Ciência já provou que o zigoto não é uma célula, mas um ser humano na sua primeira existência. Tudo que pertence ao mundo material, leva tempo para se tornar num corpo humano como o é, ao nascer, crescer, tornar-se adulto, envelhecer. Contudo, ignorando a Ciência, insistem nos seus desejos e dizem que o ser humano no início não é ser humano, mas um montão de células.

Todas as coisas, vivas ou não vivas, mais tarde ou mais cedo deixam de existir. No caso do seres vivos, animais e vegetais, diz-se que morrem. Morrem e deixam de existir. A morte nos animais e nos vegetais é um deixar de existir. No ser humano não é assim. Quando DEUS criou o ser humano, homem e mulher, concedeu-lhe dons preternaturais. Não são sobrenaturais, mas naturais, contudo, dons que não são próprios da natureza humana, mas acima dela. Os nossos primeiros pais gozavam desses dons, além de fazerem aquilo que é o que há de mais natural no ser humano, conversar com DEUS, viver com DEUS (Religião). DEUS fazia parte, a parte mais importante das suas vidas. Se hoje há quem não veja isso, está doente e é um dos efeitos da herança do pecado original.

Mas DEUS concedia dons preternaturais. Entre eles, mantinha o corpo humano incorruptível e imortal para a sua alma imortal. Por causa desses dons, o homem não conhecia a morte, só passou a conhecê-la quando, enganado pela Serpente antiga, perdeu os dons preternaturais: o corpo passou a conhecer a doença, a velhice e a morte, a corrupção, para resumir. A Serpente antiga disse uma meia-verdade, isto é, uma mentira bem maliciosa: conheceríamos o bem e o mal. Não disse, claro está, que o mal seria bem desagradável de conhecer. O mal não existe a não ser como deficiência de bem, desordem que entrou na CRIAÇÃO pelo mau uso da liberdade angélica, dos anjos tornados demónios, e dos homens.

Enquanto nos anjos o dom da imortalidade é natural, de acordo com a natureza angélica, no ser humano era preternatural. Enganado pela Serpente, perdeu esse dons, mas DEUS não abandonou o homem e o resgatou pelo Seu FILHO, na natureza humana que ELE assumiu em SI Mesmo. Elevou o ser humano a uma dignidade acima da original: o corpo morrerá, voltará ao pó, mas ressuscitará no Juízo Final, um corpo espiritualizado (tornado imortal por natureza, a natureza do homem novo ressuscitado em CRISTO) para a alma espiritual. Como diz JESUS, os bem-aventurados serão como os anjos do CÉU. Não precisarão mais de tecnologia e terão uma Ciência muito superior.

Mas cabe observar que a ressurreição (do corpo) no Juízo Final, será para todos, para os que optaram por DEUS nesta vida, e para os que O rejeitaram. Não se deve ouvir a voz de teólogos ignorantes da PALAVRA DE DEUS que dizem que o Inferno não existe. A sua irresponsabilidade é mais grave, muito mais, ao dizer isso, do que daquele que coloca um aviso no metropolitano, numa zona perigosa: «Alta tensão. Perigo de morte. Mantenha-se distante». Se o responsável não colocasse o aviso, não seria um irresponsável e criminoso? E, colocando, como é seu dever, a intenção é meter medo ou salvar as pessoas de morrerem electrocutadas? Pois o pecado desses teólogos hereses é muito mais grave, pondo em perigo a salvação das almas. Não leram o que DEUS falou pelo profeta Ezequiel sobre o sentinela? E o que JESUS andou a dizer, não leram?

No homem, morrer não é deixar de existir. Significa sim, passar para um novo estado de existência. Um estado de existência que já lhe permite ver DEUS e não morrer de felicidade, porque o corpo é espírito como a alma, imortal como a alma.

Vimos que a alma humana é espiritual. Por isso, é imortal, é o que vamos ver.

A imortalidade é essencial só em DEUS, só no CRIADOR, no que deu origem a todas as coisas: o existir de facto é a essência mesma do vivente. É a IMORTALIDADE ESSENCIAL. Ela é natural nos anjos e na alma humana: a essência angélica ou da alma humana, embora não seja o existir e viver de facto, como em DEUS, não contém em si nenhum princípio de corrupção. É a IMORTALIDADE NATURAL. Ainda há, se DEUS assim quiser, uma IMORTALIDADE GRATUITA: a corrupção é impedida de acontecer por intervenção ou por dom mesmo, que DEUS concede a essa criatura. Assim era o homem antes do pecado original, o corpo humano sendo corruptível, mantinha-se incorruptível: dom preternatural.

Pelo mistério do pecado original - como o milionário que perdeu toda a sua fortuna, quem perdeu foi ele, mas os seus filhos herdaram essa falência -, o homem perdeu os dons preternaturais, não só os infratores, mas toda a sua descendência, nós. Com JESUS, DEUS resgatou a humanidade e passou a conceder dons para além do natural, dons sobrenaturais, participar da própria vida de DEUS.

Os materialistas e sensistas não vêm diferença entre o homem e o animal, embora esteja tão visível até de olhos fechados, mas nem com os olhos abertos querem ver. Os panteístas e budistas também negam a imortalidade da alma humana, pois perderíamos a consciência do nosso «eu», ele seria absorvido no todo... Isso seria a morte, deixaríamos de existir, já que não temos consciência do nós e dos outros, está tudo absorvido no todo. Contudo, tirando essas excepções, a crença na sobrevivência da alma humana, tal como a crença na existência de DEUS, é um facto universal: vê-se em toda a parte e em todos os tempos. Uma crença assim veio do nada?! Nos tempos pré-históricos e lá muito para trás, na história, ainda não existia o globalismo, mas verifica-se nos sinais que deixaram - pinturas, enterro de mortos, culto de mortos - essa crença. Baseada no nada?! Artistas, cientistas, literatos, filósofos na esmagadora maioria, sempre creram na imortalidade da alma humana. Donde vem essa crença universal? Por passes de mágica? A magia, que não seja recorrer a poderes ocultos - pecado grave contra o primeiro mandamento da Lei de Deus -, nem existe: tudo é natural, pois só DEUS criou e cria - seria ridículo pensar que além de DEUS, há mais algum criador... -, ou sobrenatural, pois DEUS é transcendente à Sua criação. Também é sobrenatural a participação acidental de criaturas na própria vida de DEUS, que se iniciam com o BAPTISMO. Os pais que dizem crer em JESUS CRISTO, portanto, devem escutar o que diz a IGREJA - e não algum teólogo divorciado da IGREJA -, cometem pecado grave não baptizando o quanto antes os seus filhos. Além de ser esquisito que queiram negar o maior de todos os bens, participação da própria vida de DEUS para os seus próprios filhos, abrindo as portas aos outros sacramentos, sacramentos que nos conduzem à VIDA ETERNA. Um sacramento é acção salvífica de JESUS. Também é esquisito aqueles que não querem o Sacramento do Matrimónio, chegam até à blasfémia de dizerem que essa acção salvífica de JESUS dá azar... Ou que DEUS não é mais o DEUS da VIDA, mas da morte, no Sacramento da Unção do Enfermos. Esquisito! Dons sobrenaturais de DEUS... Mas isto seria outro assunto. Voltemos à crença da humanidade inteira na imortalidade da alma humana.

Donde vem essa crença?

«Qual o valor desta afirmação tão universal? (Se vê em toda a parte e em todos os tempos, mesmo no tempo bem longe do globalismo e das redes sociais) Trata-se de uma afirmação que toca íntima e essencialmente a concepção fundamental da vida humana e que é admitida constantemente e universalmente pela humanidade. Ora um tal efeito assim universal requer uma causa também universal; e  se fosse errado, requeria uma causa universal do erro.»
(Padre Pedro Cerrutti, SJ)

Infantil é atribuir a uma invenção de sacerdotes ou imposição de legisladores. No passado usou-se tal argumento e hoje se faz o mesmo, se dizem muitas tolices. Aqui, não recorremos à fé, sobre o que JESUS falou: se acreditamos n'ELE, que deu provas, mais que provas, da Sua divindade, ou não. Não vamos recorrer à FÉ sobrenatural. Esse tipo de argumento infantil só se aplica às modas, coisas passageiras e que, por ignorância, se vai atrás de uma mentira. Mas essa crença não é passageira, não é moda, é universal. Não foi uma invenção ou uma imposição legislativa, as modas passam.

As causas gerais dos erros vêm dos sentidos, da chamada confusão fenomenal, de se observar mal, aparências, levando a inteligência humana a juízos errados.

A crença na imortalidade da alma humana, tal como da existência de DEUS, não veio daqui, nem poderia, pois, pelo contrário, o que os nossos sentidos vêem, quando alguém morre, é o oposto: morte e corrupção. A crença geral na imortalidade não veio daqui, não poderia, não é verdade?

Nem das paixões, que, desordenadas ou não, inclinam-se a admitir o que lhes é favorável, e que pode não ser a verdade.

Esta crença não vem dos sentidos, estes vêem o oposto, nem das paixões, que encontrariam na imortalidade um freio poderosíssimo, mas da razão humana. Diz Cícero que na crença universal existe uma lei natural no coração humano. Só faltaria dizer a Cícero que essa lei natural foi DEUS que a colocou no coração humano.

É a voz da humanidade, pois, a falar da imortalidade da alma humana. Que não vem de paixões, nem do que observa com os sentidos, mas de algo que está no seu coração.

Além da voz da humanidade, veremos na próxima publicação, a voz do coração, a voz da consciência, a voz da razão, todas estas vozes, unidas à voz da humanidade, dizem que a alma humana é imortal.

São JOSÉ,
Patriarca da IGREJA,
Terror dos Demónios,
rogai por NÓS!
Guardai a IGREJA e as nossas famílias
de todas as insídias ameaçadoras.
Amen!

«EU vim para que tenham vida e a tenham em abundância.» (JESUS) Continuação de uma boa segunda-feira, o segundo dia da semana, e até amanhã, se DEUS quiser!

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