quarta-feira, 13 de março de 2013

06 João XI,47-52

TQ 4,4 C (Salt.: sem IV)

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Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram então o Conselho e diziam: «Que havemos nós de fazer, dado que ESTE homem realiza muitos sinais miraculosos? Se O deixarmos assim, todos irão crer n'ELE e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação.» Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não entendeis nada, nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira.» Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que JESUS devia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de DEUS que estavam dispersos. (João XI,47-52)
 
Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que JESUS devia morrer pela nação.
 
E o impressionante em tudo isto é que o ESPÍRITO SANTO não violou a liberdade de Caifás, e nem sabemos se Caifás tomou consciência que estava a profetizar, isto é, o ESPÍRITO SANTO estava a falar por ele.
 
Caifás era o Sumo Sacerdote, mas infiel. Na NOVA E DEFINITIVA ALIANÇA, o Sumo Sacerdote é JESUS (visivelmente neste mundo é São Pedro e São Pedro nos seus sucessores...). E o ESPÍRITO SANTO, sem violar a liberdade do Sumo Sacerdote infiel, falou por ele.
 
O ESPÍRITO SANTO actua onde bem entende sem precisar de violar a liberdade do instrumento escolhido, mas é ELE o principal personagem, mesmo sem violar a liberdade do Seu intrumento. Como ensina a IGREJA, a graça de DEUS, sempre convidando ao bem e sendo suficiente para ser eficás para a pessoa decidir pelo bem, antecede a decisão da nossa liberdade (de acolher a graça ou optar pelo pecado, é aqui que está a liberdade que DEUS nos deu).
 
O Beato Santo Padre João Paulo II, por exemplo, foi NOSSA SENHORA QUEM o escolheu: DEUS pediu a ELA para escolher quem queria para sucessor de São Pedro, e ELA escolheu Karol Wojtila. DEUS respeitou a liberdade de NOSSA SENHORA, mas foi DEUS que, por NOSSA SENHORA, fez a escolha. Aliás, porque DEUS sabe de tudo, ELE já sabia que NOSSA SENHORA ia escolher João Paulo II. É verdade que um cardeal, ao contrário de NOSSA SENHORA, pode, na sua liberdade, não escutar o ESPÍRITO SANTO e errar, mas falta a outra parte: e DEUS sabe disso muito bem... E já leva em conta isso mesmo, já o levou em conta desde a eternidade, o que não dispensa, como ensina a IGREJA, que rezemos para que ele não erre: que rezemos... É por isso que, na IGREJA, não tem nada a ver com as coisas dos homens a eleição do Papa. Na IGREJA, DEUS é o PASTOR DE ISRAEL, a CABEÇA, só uma, como canta o salmista:
 
PASTOR DE ISRAEL, escutai, VÓS que conduzis José como um rebanho, VÓS que tendes o Vosso trono sobre os querubins! Mostrai a Vossa grandeza às tribos de Efraim, Benjamim e Manassés! Despertai o Vosso poder e vinde salvar-nos! Ó DEUS, voltai-VOS para nós! Mostrai-nos o Vosso ROSTO e seremos salvos! (SL LXXX,2-4)
 
E diz DEUS noutra altura que daria um PASTOR - mais visível - segundo o Seu coração, o próprio FILHO humanado que, por Sua vez escolheu visivelmente São Pedro (e, em cada tempo a até ao Juízo Final, o sucessor de São Pedro, o Papa). Falava de David, mas era como profecia do verdadeiro pastor, JESUS. Mas ser DEUS o PASTOR, não tem nada a ver com chefes à maneira do mundo. O Chefe da Igreja, com já ouvi a expressão, e até nem me incomodo de ouvir, nada tem ver com os chefes deste mundo: o REINO DE DEUS não tem nada a ver com os reinos da Terra, JESUS é o PASTOR dos nossos corações, e cumpre, pelo ESPÍRITO SANTO, essa acção, através daqueles que ELE - ELE! - vai escolhendo como pastores da IGREJA.
 
Quando dizemos que JESUS é SENHOR e não são meras palavras, só pela acção do ESPÍRITO SANTO podemos dizer isso. Estará o ESPÍRITO SANTO a violar a nossa liberdade? Claro que não, mas sem isso, sem essa acção do ESPÍRITO SANTO, a nossa liberdade não conseguirá dizer que JESUS é o SENHOR. Como o PAI - diz JESUS -, sabe de tudo antes de LHE pedirmos qualquer coisa, ELE sabe que desejamos ter o Seu FILHO como o único SENHOR, e o ESPÍRITO SANTO torna possivel o impossível à nossa liberdade.
 
Mas, já agora, pode DEUS violar a nossa liberdade? DEUS é o SENHOR, e só ELE é o SENHOR! Não é da minha conta, nem da conta de ninguém dizer se DEUS pode ou não fazer isso, era o que mais me faltava! Só DEUS é o SENHOR (o resto é conversa fiada).
 
Nesta vida, temos a liberdade de optar entre o bem e o mal. Mas DEUS espera que optemos pelo bem. Depois desta vida, DEUS respeitará a nossa livre opção de modo definitivo:
 
«Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o FILHO DO HOMEM enviará os Seus anjos, que hão-de tirar do Seu REINO todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade.» (Mt XIII,40-41)
 
Mas pode DEUS violar a liberdade de alguém - jamais com violência! - quando é para o bem e sabe DEUS que o agraciado com tal favor vai agradecer, jamais levar a mal. Que grande e nada merecido favor recebemos de DEUS, quando ELE, para o nosso bem, viola a nossa liberdade! Para isso, quero contar um caso real de um padre que foi a Medjugorje, onde aparece a RAINHA DA PAZ. Ele não acreditava nas aparições e até antes acreditava ser uma ilusão Mal. Para esse padre, Medjugorje não era um mero engano de videntes, mas uma ilusão do próprio Inimigo. Colocou o SANTÍSSIMO SACRAMENTO, uma hóstia consagrada, num dos bolsos da batina, ao peito, pensando consigo que, sendo obra do poder do Mal, com JESUS SACRAMENTADO desmascararia a farsa.
 
Assim, levou consigo o SENHOR SACRAMENTADO e foi para a igreja, na hora em que a aldeia enchia a igreja para rezar o Rosário. NOSSA SENHORA aparecia, interrompia-se o Rosário, dava uma mensagem aos videntes destinada a toda a paróquia e depois desaparecia; o povo continuava o Rosário e depois celebravam a SANTA MISSA. Só os videntes podiam ver NOSSA SENHORA, mas, quando se ajoelhavam diante da aparição, a igreja inteira e cheia se ajoelhava.
 
Quando a RAINHA DA PAZ apareceu, todos se ajoelharam. O padre quis fazer o mesmo, mas uma força misteriosa não lhe deixava ajoelhar. Todo atrapalhado e até envergonhado - era o único de pé na igreja - tudo fazia para se ajoelhar, mas não conseguia. No final, ao sair da igreja, pediu para perguntarem a uma das videntes porque isso aconteceu assim. A vidente recolheu-se e perguntou a NOSSA SENHORA. NOSSA SENHORA mandou dizer ao padre que não permite que o Seu FILHO SE ajoelhe diante d'ELA.
 
O padre passou a acreditar em Medjugorje e não ficou nada aborrecido por DEUS ter intervido contra a sua liberdade, antes agradeceu (e DEUS sabia que seria assim, seria um bem para o padre). É que, quando temos JESUS SACRAMENTADO connosco, ou no nossa coração após uma comunhão, não tem cabimento nos ajoelharmos diante de alguém, mesmo que seja NOSSA SENHORA. Até nos ajoelhamos - ou deveríamos nos ajoelhar -, não mais no sentido de ajoelhar diante de alguém, mas no sentido de adoração e recolhimento. Na igreja, as pessoas se ajoelharam diante de NOSSA SENHORA e ELA não permitiu que o padre fizesse o mesmo, porque tinha o Seu FILHO SACRAMENTADO com ele.
 
Para terminar, vejo fazer-se comparações entre o beato João Paulo II e Bento XVI. Isso é o mesmo que comparar alhos com bugalhos. Não se pode, a não ser à maneira do mundo, fazer comparações entre Papas. Comparar João XXIII ou Paulo VI, ou qualquer outro, entre eles, não tem cabimento: todos são sucessores de São Pedro, cada qual, no seu tempo, importante para o seu tempo. Por exemplo, o que DEUS realizou pelo beato João Paulo II, ficaria inacabado sem o que DEUS realizou através de Bento XVI, portanto, nenhuma (tal) comparação é possível. Sem o Papa João Paulo I, só por 33 dias, um número que não foi mera coincidência, ficaria uma lacuna. Ele preparou a IGREJA para João Paulo II... Etc. Não vou comparar, no CORPO MÍSTICO, a mão com os pés, ambos têm a sua função e, sem um deles, fica todo o corpo amputado.
 
Até amanhã, se DEUS quiser!

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