TC 02,5 A (Salt.: sem II)
Quinta-Feira da semana 2 do Tempo Comum.
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Todo este assunto, desde o início, encontra-se
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ALTERAÇÃO: Embora não fosse necessário, ao mostrar em esboço como se demonstrou a existência de DEUS pela 3ª Via, esqueci-me de colocar como São Tomás de Aquino argumentou nesta 3ª Via, o que é bem conveniente. Assim, acrescentei no início do Enunciado do Argumento o que está na Suma Teológica.
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Eu preferiria viver a minha vida como se houvesse DEUS e morrer, descobrindo que não há, do que viver como se não houvesse DEUS e morrer para descobrir que afinal há. (Albert Camus)
Albert Camus descobriu DEUS na sua vida, de modo que este seu pensamento era dirigido àqueles, que como ele no passado, viviam sem DEUS. Não era mais dirigido a ele... Ele já não precisava de viver dessa maneira - viver a minha vida como se houvesse DEUS -, pois o encontro já se tinha dado, que é mais do que saber que DEUS existe.
A demonstração da existência de DEUS já foi feita. Hoje vamos ver sinteticamente como se demonstrou pela 3ª via. É possível que, por diversas razões, haja pessoas que tenham a dificuldade de entender essas demonstrações, que vou colocando aqui de modo encurtado. Mas Camus, que teve a experiência da incredulidade, à semelhança de um argumento de Pascal, dirigindo-se a quem se encontra na situação da incredulidade, apresenta o argumento racional: se estás em dúvida, então leva em conta que DEUS existe, nunca, que DEUS não existe:
Eu preferiria viver a minha vida como se houvesse DEUS e morrer, descobrindo que não há.
Porque, se não há, nada se perdeu, depois de viver de modo mais digno e na paz. Para quem tenha dúvidas sobre DEUS, viver como se DEUS existisse traz a paz, a dignidade e a satisfação - ao contrário do que o Pinóquio costuma dizer... -, e, mais tarde ou mais cedo, o encontro com o AMOR DE DEUS. Acaba na descoberta de DEUS porque DEUS está aberto a todos que O procuram, como ensina e convida a isso a RAINHA DA PAZ nas Suas mensagens. O convite de NOSSA SENHORA não exclui ninguém. O convite de Camus é racional:
Eu preferiria viver a minha vida como se houvesse DEUS e morrer, descobrindo que não há. Antes de morrer, descobrirei que há, pois DEUS SE revelará a quem O buscar na humildade e pureza do coração.
E diz Albert Camus:
Do que viver como se não houvesse DEUS e morrer para descobrir que afinal há.
Porque, após uma vida mal vivida, sem paz, que é a vida sem DEUS, perderia tudo, perderia DEUS. O Pinóquio costuma sugerir que viver sem DEUS é que dá gozo e paz, quando é precisamente o contrário. Pode haver o gozo fingido e a paz fingida, que costuma reflectir em violência, sobretudo contra quem não pensa como ele, contra quem ama a DEUS; uma violência que mostra e demonstra ser a paz e o gozo do ateu uma mentira. Quando se é feliz é impossível a violência.
O ateísmo militante é irracional. Se fosse racional, faria como diz Albert Camus, autor dum outro pensamento cheio de sabedoria:
Sejam realistas, peçam o impossível.
Porque a DEUS nada é impossível e viver como se DEUS não existisse fica limitado aos miseráveis possíveis humanos. Isso não é vida.
O ateísmo, como está no Catecismo da Igreja Católica, é sempre um pecado contra o 1º Mandamento da LEI DE DEUS. Pode haver atenuantes e agravantes, mas é sempre um pecado contra o 1º Mandamento da LEI DE DEUS. Porque, como diz a RAINHA DA PAZ, DEUS deu condição ao homem de encontrá-l'O na oração.
Há alguns anos atrás, muito recente, o Pinóquio entrou em cena: circulava nos autocarros de Londres o seguinte anúncio:
There's probably no GOD. Now stop worring and enjoy your life. (Provavelmente, DEUS não existe. Pare, pois, de se preocupar e goze da vida)
Vejamos quão irracional foi tal anúncio milionário (eles são ricos, sem dúvida):
Se é possível que DEUS não exista - confissão do anúncio -, também é possível que ELE exista.
Provavelmente, DEUS não existe, se, e somente se, provavelmente DEUS existe.
Assim, como eles reconhecem na sua verdade (mentira), o «provavelmente DEUS existe» não ficou excluído da sua afirmação, está subentendido. Nenhum conclusão se tira daí, mas tiraram. Só podia ser uma conclusão mentirosa e foi:
Páre de se preocupar e goze da vida.
Porque DEUS pode existir ou porque DEUS pode não existir?
Mas é possível gozar da vida na vida do pecado e da mentira? Impossível! Tanto é verdade que se fossem felizes, não ligariam para quem ama a DEUS, não teriam sentimentos de violência. Se não são felizes, como podem convidar os outros a serem felizes?
A verdade é precisamente ao contrário do anúncio: a vida se torna gozosa e despreocupada quando se alcança a PAZ DE DEUS. Enquanto a pessoa está longe de DEUS, pode até fingir, mas nunca será feliz nem viverá despreocupada. Ser violento é gozo? Quem vê no irmão o inimigo a aniquilar, pode alguma vez não se preocupar e gozar da vida como diz o anúncio? (Já em si mesmo ofensivo contra quem ama DEUS) Quantas contradições!
A SAGRADA ESCRITURA ensina precisamente o contrário, feliz é quem vive sob o olhar de DEUS. E canta o salmista:
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores nem toma parte na reunião dos maldizentes, mas antes se compraz na LEI DO SENHOR e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas: dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha. Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Não assim, não, os ímpios: São como palha que o vento leva.
(Salmo I, 2-4) (Os dois caminhos)
Mas isso que aconteceu nos autocarros de Londres não é coisa nova, é coisa velha:
Dizem os ímpios nos seus falsos raciocínios: «Breve e triste é a nossa vida, não há remédio algum quando chega a morte. E também não se conhece ninguém que tenha regressado do mundo dos mortos. Foi por acaso que viemos à existência e, depois, será como se não tivéssemos existido! A respiração das nossas narinas é apenas fumo, e o pensamento, uma centelha do bater do coração! Quando ela se apaga, o nosso corpo voltará ao pó, e o nosso espírito se dissolverá como o ar subtil. Com o tempo, o nosso nome cairá no esquecimento, e ninguém se lembrará das nossas obras. A nossa vida é como uma nuvem que passa sem deixar rasto, há-de dissipar-se como bruma, ferida pelos raios de sol e abatida pelo seu calor. O tempo da nossa vida é como sombra que passa, e o nosso fim não se pode adiar, pois a vida está selada e ninguém pode voltar atrás. Vinde, pois! Gozemos dos bens presentes, tiremos prazer das criaturas com o ardor da nossa juventude! Inebriemo-nos do melhor vinho e de perfumes, e não deixemos passar as primeiras flores da Primavera! Coroemo-nos de botões de rosas, antes que murchem! Nenhum de nós falte às nossas orgias; deixemos em toda a parte sinais da nossa alegria, pois esta é a nossa parte e a nossa herança. Armemos laços ao justo porque nos incomoda, e se opõe à nossa forma de actuar. Estes são os seus pensamentos, mas enganam-se porque os cega a sua malícia. Ignoram os desígnios secretos de DEUS, não esperam a recompensa da piedade e não acreditam no prémio reservado às almas simples. (Sabedoria II, 1-9.12a.21-22)
DEUS não existe! DEUS é apenas uma invenção. Muita gente - escreve Bernhard Meuser - evidencia um estranho interesse em afirmar que DEUS não existe. Porque são tão agressivos com DEUS e querem que desapareçam do mundo todos os que acreditam n'ELE? Podiam ter apenas uma atitude de indiferença. Talvez não queiram DEUS na sua vida, pois isso obrigá-los-ia a uma mudança de vida radical. Se DEUS existe, se DEUS é absolutamente bom, e apenas quer o BEM, então é absolutamente impossível mentir, cometer adultério, consumir drogas, enganar os outros, considerar-se o centro do mundo... Por isso, muitos definem-se como ateus, porque acham que é muito maneiro (cool) considerarem-se uma espécie de deuses, podendo determinar o que é bom e o que é mau. Quem coloca o seu «ego» no centro do mundo é um egoísta. (Bernhard Meuser)
Se DEUS existe, se DEUS é absolutamente bom, e apenas quer o BEM, então é absolutamente impossível mentir, cometer adultério, consumir drogas, enganar os outros, considerar-se o centro do mundo...
Vamos emendar o anúncio de autocarro:
DEUS existe. Procure DEUS na oração humilde e pura, peça ajuda e intercessão a MARIA, e encontrará a paz, a alegria da vida, o amor, uma vida verdadeiramente digna, despreocupada e livre.
A terceira via que demonstra a existência de DEUS é o do SER NECESSÁRIO sem o QUAL não há explicação para os seres contingentes: podiam não existir e vemos, um facto, estão a existir (depois desaparecem, deixam de existir, salvo os seres contingentes em que DEUS concedeu o dom da imortalidade, mas não são imortais por si mesmos - podiam não ser imortais -, mas porque recebem do SER NECESSÁRIO esse dom, são criaturas contingentes).
Toda a criatura é um ser contingente. A terceira via parte de que, constatando que existem seres contingentes (criaturas), é um facto, a nossa inteligência só pode explicar a sua existência devido ao SER NECESSÁRIO. O SER NECESSÁRIO, pelo outro lado, tem todas as propriedades que, por analogia, a nossa inteligência associa ao SER a QUEM chamamos de DEUS.
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O SER NECESSÁRIO
3ª Via
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TESE: Pela existência real dos seres contingentes demonstra-se a existência real de DEUS, como SER por SI Mesmo absolutamente NECESSÁRIO e CAUSA da existência de todos estes seres (contingentes)
Contingente: podia não existir. Depende doutro ser para existir. Na sua essência (no seu ser) não possui a razão suficiente e a exigência da sua existência (mesmo que fosse uma criatura imortal, como os anjos). Não está na essência da criatura a razão suficiente da sua existência. Assim, mesmos os anjos, imortais, existindo para sempre, recebem esse dom de DEUS, continuamente.
O ser necessário - veremos que só DEUS é - é o ser que existe de tal modo que em nenhum caso pode deixar de existir, porque traz em si mesmo a razão suficiente e a exigência absoluta da sua existência.
Note, se nada existe, nada poderia existir jamais. Admitir que havia o nada e que um belo dia passou a haver algo é irracional. Há uma origem para tudo isso, que existe e é contingente, ALGO que deu origem a tudo isso. Do nada é que não veio porque nada é NADA (só pode dar ou causar NADA, porque nem isso pode, é NADA). A causa não pode ser o nada nem o efeito pode conter a causa, ter o que a causa não tem, seria contradição.
ENUNCIADO DO ARGUMENTO:
a) A terceira via procede do possível (contingente) e do necessário. Entre os seres encontramos alguns que têm possibilidade de existir e de não existir, pois vemos que são gerados e que se corrompem.
Ora é impossível a todos os seres desta natureza que existam sempre, porque, o que pode não existir, algum dia de facto não existe.
Donde, se existem tão somente seres que podem não existir, houve um momento em que nada existia. Mas, se isso é verdade, também agora nada existiria, pois o que não existe não pode começar a existir senão por um ser que existe (só o evolucionismo materialista, sobre o acaso, acredita em tal absurdo).
Portanto, se não houve (sempre) algum ser, foi impossível que algo começasse a existir, e assim agora nada existiria: o que é evidentemente falso.
Logo nem todos os seres são possíveis (corruptíveis), mas deve forçosamente existir nas coisas algo de necessário (não-corruptível).
Ora o ser necessário ou tem num outro ser a causa da sua necessidade, ou não. Nem é possível proceder ao infinito nos necessários causados...
Logo forçoso é admitir um ser que seja necessário por si mesmo e não causado por outro, e que seja a causa da necessidade de todos os outros: é a este ser que todos chamam DEUS.
(Cfr. Santo Tomás, Summa Theol., I, q. 2, a. 3)
b) Vemos no mundo alguns seres que podem existir e podem não existir, a saber, os que podem ser gerados e que se podem corromper.
Ora tudo o que pode existir e pode não existir tem uma causa: pois, sendo de si indiferente quanto a existir ou não existir, não lhe pode ser apropriada a existência (= não pode ser determinado a existir) senão por influxo de alguma causa. Mas nas causas (subordinadas) não se pode proceder ao infinito.
Logo forçoso é admitir um ser que existe necessariamente.
Ora o ser necessário ou tem num outro ser a causa da sua necessidade, ou não. Nem é possível proceder ao infinito nos necessários causados...
Logo forçoso é admitir um ser que seja necessário por si mesmo e não causado por outro, e que seja a causa da necessidade de todos os outros: é a este ser que todos chamam DEUS.
(Cfr. Santo Tomás, Summa Contra Gent., 1. I, c. 15: Amplius)
Isto é:
Os seres existentes que a experiência nos apresenta são contingentes (I).
Ora, é impossível que tudo que existe seja contingente (II).
Logo forçoso é admitir a existência real (tem que ser real, os seres contingentes que observamos são reais) de um ser que tenha em si mesmo a necessidade de existir.
Mas este ser absolutamente e por si mesmo necessário deve ter propriedades que não podem competir a nenhum dos seres do universo, mas somente ao SER que chamamos de DEUS.
Logo existe DEUS como SER por SI Mesmo necessário, existente em força da Sua natureza, distinto do universo e causa da existência e duração de todos os outros seres.
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EXPLICAÇÃO
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DEUS é o SER em que a Sua ESSÊNCIA contém a razão suficiente da Sua EXISTÊNCIA e da Sua NECESSIDADE: a Sua ESSÊNCIA é a Sua EXISTÊNCIA.
(I): A existência real dos seres contingentes é um FACTO que diagnosticamos e deduzimos do que a experiência de cada dia nos apresenta.
Vemos que existem seres que existem e depois deixam de existir, outros passam a existir, quando não existiam: são contingentes.
Poder existir e não existir significa não ter em si mesmo a razão suficiente para a própria existência, portanto é dependência no ser e no agir.
O que começa, antes não existia; o que acaba, depois não existe mais: os dois casos supõem possibilidade de não existir e, por conseguinte, excluem a necessidade de existir.
O que começa depende de outro para existir, porque nada pode ser causa de si mesmo: não pode ter em si mesmo a razão da sua existência.
O que muda perde ou adquire algo; o que perde algo não o possuía necessariamente; o que adquire algo, antes não o possuía, nem agora o possui em virtude da própria essência, mas como recebido de outro, pois ninguém dá, nem a si próprio, o que não tem; donde não é necessariamente nem em virtude da própria essência, mas contingentemente e por influxo de outro ser, que quem muda era o que foi ou será o que virá a ser.
Logo os seres que nos rodeiam e vemos começar, mudar e desaparecer não são seres necessários, mas contingentes.
No homem, o «eu» é a prova mais convicente da contigência: tomamos consciência de que envelhecemos, por exemplo.
(II): Ora, é impossível que tudo que existe seja contingente.
Tudo que existe tem a sua razão suficiente (de existir) em si mesmo ou noutro. O ser contingente, como se viu porquê, não a tem em si mesmo, podia não existir, logo a tem noutro ser, que é a sua causa:
A existência do ser contingente implica forçosamente a existência de outro ser, a sua causa.
Mas esta causa ou existe necessariamente por si mesma em virtude da própria essência, ou recebeu de outro a sua existência. Já foi visto que uma série composta somente de seres contingentes, de causas causadas entre si subordinadas, seja uma série temporária ou eterna, finita ou infinita, não contém em si mesma a razão suficiente da sua existência: foi visto nas vias precedentes. Sem ALGO fora da série como causa da série, nada existiria.
Há pois um nexo (ligação) absoluto de dependência que relaciona um ser contingente com um ser necessário. Se é real a existência do ser contingente, obrigatoriamente é real a existência do ser necessário.
Donde, o facto incontestável da existência real dos seres contingentes neste universo nos demonstra com absoluta evidência a existência também real do ser absolutamente e por si mesmo necessário.
A esta conclusão chegam todos, mesmo os ateus. Mas estes pretendem que o ser por si mesmo necessário é o próprio universo, a matéria com as suas leis e energias.
Admitir isso é contraditório, é irracional:
(II a): Este SER absolutamente necessário por SI Mesmo deve ter os seguintes atributos:
- SER IMUTÁVEL, logo não pode ser a pretensão atéia. Não pode neste SER, ao contrário do que acontece com o universo, mudar ou evoluir.
- SER ETERNO, senão, teria começado, seria contingente.
- SER INCREADO, ... (não coloco mais nada do livro, a intenção é mostrar como refutar a pretensão atéia, materialista e panteísta)
- ser a EXISTÊNCIA SUBSISTENTE, ...
- ser ACTO PURO, ...
- ser INFINITAMENTE PERFEITO, (isso não se vê no universo, por isso, precisa de mudar) ...
- ser SIMPLES e INDIVISÍVEL, ...
- ser INCORPÓREO e IMATERIAL, ...
- SER ESPIRITUAL, ...
- SER INTELIGENTE, ...
- ser ÚNICO, ...
- ser CRIADOR, ...
Tudo isso foi também visto na 1ª via.
(II b): Estes atributos não convém a nenhum dos seres deste universo (que são corpos e em mudança) nem ao conjunto deles:
- Não convém a cada ser que vemos ser mutável, finito, composto, portanto, contingente.
- Não convém à colectividade desses seres. Não será olhando todos os seres contingentes no somatório que se fará algum milagre de obter-se um todo necessário (e ainda mais com todas as características mencionadas acima!) Será que adicionando bolas pretas, mesmo ao infinito, teremos uma bola branca no todo?
- Não convém nem à lei que rege o universo. As leis existem porque existem seres contingentes. Embora necessárias - graças a DEUS (necessidade relativa) - permitindo conhecimento, são contingentes como os seres contingentes. Existem, porque DEUS lhes dá existência. A energia, como ensina a lei, se conserva, mas só se a energia (contingente) existir (senão, a lei só existe no espírito, idealmente, como verdade objectiva, mas hipotética).
- Nem ao "tornar-se" à "evolução criadora" vai explicar, porque a contradição não explica nada. Para evoluir é preciso ainda não ter uma determinada qualidade. Para criá-la é preciso tê-la. A "evolução criadora" é uma contradição.
- Nem à matéria ou princípio substancial comum a todos os seres contingentes corruptíveis (pois, matéria), porque é potência sujeita a mudanças e não a causa delas. Ninguém dá, nem a si mesmo, o que não tem.
(III): Já foi visto na 1ª via que os atributos em (II a) são aqueles que são atribuíveis ao SER que chamamos de DEUS.
É evidente.
Logo, existe DEUS, como SER por SI absolutamente necessário, distinto do universo (transcendente...) e causa dele.
Pedro Cerruti chama a atenção que a terceira via não nos conduz a um deus distante e indiferente na sua gélida transcendência, deísta, mas ao revelado por JESUS CRISTO, que até quer ter uma relação filial connosco. DEUS CRIADOR, de QUEM tudo essencialmente depende na existência, duração e actividade.
A autonomia da criatura não existe... DEUS pode dar muita autonomia à Sua criatura, que optou por ELE, mas é sempre uma autonomia relativa, todos dependemos do CRIADOR.
É precisamente nesta dependência TOTAL do SER SUPREMO, CRIADOR, SUPREMO SENHOR e PROVIDÊNCIA que não abandona as Suas criaturas, que está a razão primeira e a raiz mais profunda dos actos religiosos de adoração, submissão, gratidão e amor.
É quando a criatura humana não compreende isso e, levada pelo pai da mentira a antes obedecer a ele do que a DEUS, que passa a viver da falsa e ilusória liberdade e autonomia. Porque a VERDADE e a JUSTIÇA e a LIBERDADE são uma só coisa, só adorando, submetendo livremente a nossa vontade à de DEUS, agradecendo e amando-O acima de todas as coisas, seremos verdadeiramente livres e realizados. E verdadeiramente dignos. Indigno do homem é obedecer antes à Serpente antiga, à carne e ao mundo decaído ao invés de reconhecer que DEUS, e só DEUS, é DEUS.
Antes de terminar, observe o que se passa na Ucrânia, quanta violência para se resolver os problemas. Porquê toda essa violência ao exagero? Há outros países que nas mesmas circunstâncias não manifestariam essa violência toda, não - de geito nenhum nem algum e nem nenhum sequer! -, porque seriam melhores que os habitantes da Ucrânia. A Ucrânia fez parte da antiga União Soviética que, durante anos, fez lavagens cerebrais à população para viverem como se DEUS não existisse. Afaste-se os homens de DEUS e os homens se tornam muito violentos. Foi sempre assim, na história. Aproxime-se o homem de DEUS, e ele se torna pacífico, vivendo as bem-aventuranças:
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o REINO DO CÉU.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a DEUS.
Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de DEUS.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o REINO DO CÉU.
(Mateus V, 3-10)
Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de DEUS.
Conheceram o único e verdadeiro DEUS, o DEUS das bem-aventuranças.
Até amanhã, se DEUS quiser!