segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

03 Dia dos Santos Reis Magos (EPIFANIA)

TN 2,2 A (Salt.: sem II)
Segunda-Feira do Tempo do Natal.

Dia dos Santos Reis Magos

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A EPIFANIA, também associada popularmente à festa do Dia dos Santos Reis, foi celebrada ontem porque, para grande prejuízo, inclusivé, económico, suprimiu-se o feriado do dia 6 de Janeiro, feriado que aconteceria hoje. Nos paises em que tal prejuízo não aconteceu, é hoje que se celebra a EPIFANIA.

A EPIFANIA é o complemento do NATAL, razão porque é celebrada no Tempo do Natal, como uma solenidade tão importante quanto a do NATAL, embora sem as oitavas.

Enquanto o NATAL celebra DEUS escondido no humilde presépio, assumindo a nossa natureza humana para nos salvar, a EPIFANIA - manifestação, aparição do grego -, com a visita dos santos reis magos (daí, associar a festa dos reis a este dia), celebra a manifestação do SENHOR, ainda MENINO, como DEUS e REI UNIVERSAL. A EPIFANIA é uma manifestação pública de DEUS (PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO). Não é uma manifestação pessoal, a algum santo. Aconteceu com a visita dos reis magos, no baptismo do SENHOR - com que se encerrará o Tempo do Natal - e na conversão da água em vinho nas bodas de Caná.

A EPIFANIA antecipa a GLÓRIA DO SENHOR no dia do Juízo Final - escondida na nossa natureza humana ainda não glorificada pelo mistério pascal -, revelada a todas as nações através dos santos reis magos. Mais tarde, JESUS, no monte Tabor, mas agora só a Pedro, Tiago e João, três dos Seus doze apóstolos, manifestará essa GLÓRIA escondida no Seu corpo humano, ao transfigurar-SE. Na ressurreição dos justos

- no credo dizemos crer na ressurreição dos corpos (JESUS não veio só livrar a nossa alma imortal da pena eterna, mas salvar o homem inteiro, cuja alma terá um corpo transfigurado e espiritualizado no lugar do que, sendo pó, ao pó da terra voltará, que permite ver DEUS, na VISÃO BEATÍFICA) -

teremos esse corpo glorioso, não mais matéria, que nos permitirá participar em plenitude da vida de DEUS, oferecida a nós em JESUS CRISTO.

Com a visita dos santos reis magos - daí, a EPIFANIA estar associado, embora secundariamente, à festa popular do Dia dos Reis (porque dia da sua salvação com aquela visita ao MENINO JESUS) -, ficou claro que JESUS não é só o SALVADOR do já Seu POVO (POVO DE DEUS), mas do mundo inteiro: todos são convidados - e podem, se quiserem -, a ser POVO DE DEUS, a viver na liberdade dos filhos de DEUS. Na ressurreição dos justos, poderemos ver com a própria carne DEUS, assim diz Job, no Livro de Job:

Eu sei, diz Job, que o meu REDENTOR vive e prevalecerá, por fim, sobre o pó da terra; e depois de a minha pele se desprender da carne, na minha própria carne verei a DEUS. Eu mesmo O verei, os meus olhos e não outros O hão-de contemplar! (Job XIX, 25-27)

Eu mesmo O verei, os meus olhos e não outros O hão-de contemplar!

Na minha própria carne verei a DEUS.

Os santos reis magos tiveram um pouco desta visão, que só é plena no CÉU e somente possível na ressurreição dos corpos.

Vejamos algumas orações da IGREJA para este dia, que em Portugal teve que ser celebrado ontem por se ter absurdamente suprimido mais um feriado da sua identidade nacional:

Na oração da colecta:

SENHOR DEUS omnipotente, que neste dia revelastes o Vosso FILHO Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a NÓS, que já VOS conhecemos pela fé, levai-nos a contemplar face a face a Vossa GLÓRIA.

É o FILHO que revela o PAI, no ESPÍRITO SANTO (GLÓRIA).

E a estrela, é estrela ou cometa? Fenómeno natural ou sobrenatural?

É fenómeno natural, se existiu, e sobrenatural, simultaneamente: uma estrela ou cometa, mas como evento raro, se existiu, faz os magos sentirem uma alegria profunda nos seus corações. Também observando a natureza, uma coisa natural e um dos convites da RAINHA DA PAZ, podemos descobrir DEUS... Contempla-se uma coisa da criação e descobre-se, como graça de DEUS, o AMOR DE DEUS presente naquela Sua criatura. Igualmente, no amor do próximo, podemos ter a visita de DEUS, que SE encontra no próximo e causa essa alegria profunda semelhante à dos magos.

Sobre o evento natural, se existiu (não muda nada, se existiu ou não existiu), DEUS escolheu exactamente essa data para o fenómeno coincidir com o tempo do NASCIMENTO DE JESUS.  DEUS é o SENHOR de todas as coisas, naturais ou sobrenaturais, e do tempo. Dono de tudo. Só ELE pode ser plenamente (e em grau infinito) livre e autónomo. Nós, quando muito, podemos ser conversa fiada. Até São Francisco de Assis, tão livre era, era livre de tudo, salvo do CRIADOR, que precisava para existir, pensar, mover-se, comer, falar, andar, louvar DEUS na contemplação das criaturas e mesmo ser livre, o era pela graça de DEUS, sem a qual não seria livre. Etc.

Mas diz o EVANGELHO que, a partir de um certa altura, os magos perderam a estrela. Quando voltou a aparecer-lhes, sentiram - novamente! - essa alegria (consolação) profunda que só DEUS pode dar. Um fenómeno natural não aparece para depois se esconder, salvo se foi um eclipse: houve outra coisa, que acontecia no coração dessas pessoas (em princípio, três reis, porque foram três, os presentes, mas não impedia que esses reis tivessem consigo muitos súbitos, na visita, já não seriam três, mas mais pessoas):

Perguntaram: «Onde está o REI dos judeus que acaba de nascer? Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O.» (Mateus II, 2)

Este é o acontecimento natural:

Vimos a Sua estrela no Oriente.

Não indica o lugar onde JESUS nasceu, razão porque também tiveram eles que perguntar sobre o lugar: 

Onde está o REI dos judeus que acaba de nascer?

Depois de ter ouvido o rei Herodes, os magos puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o MENINO, parou. (Mateus II, 9)

Uma estrela parou? Há aqui, no meio do fenómeno natural, algo de sobrenatural...

Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria. (Mateus II, 10)

Algo que tinham perdido e que voltou aos magos no momento em que a "estrela" parou:

Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria.

Não, dessas alegrias vazias, mas outra coisa.

Entrando na casa, viram o MENINO com MARIA, Sua MÃE. Prostrando-se, adoraram-n'O; e, abrindo os cofres, ofereceram-LHE presentes: ouro, incenso e mirra. (Mateus II, 11)

O EVANGELHO diz que o MENINO estava com a Sua MÃE, muito provavelmente, ao Seu cólo:

Viram o MENINO com MARIA, Sua MÃE.

Nesta visão, tiveram a EPIFANIA. Não significa que não estivesse presente São JOSÉ. Poderia ter sido ele mesmo a receber os santos reis magos, e os levou ao MENINO JESUS, ao cólo da SANTA MÃE DE DEUS.

O EVANGELHO fala do essencial: a manifestação de DEUS aos magos

Viram o MENINO com MARIA, Sua MÃE.

Então:

Prostrando-se, adoraram-n'O.

Ao cólo da Sua MÃE.

Pode-se dizer até que a EPIFANIA foi verdadeiramente um Dia de Reis para esses reis... Nunca mais esqueceriam esse dia. Nunca mais a vida seria a mesma para eles.

E diz a oração do prefácio:

SENHOR, PAI Santo, DEUS eterno e omnipotente:
(...)
Em CRISTO, LUZ do mundo, revelastes hoje a todos os povos o mistério da SALVAÇÃO (EPIFANIA) e, manifestando-O na nossa natureza (humana) mortal, nos renovastes com o esplendor da Sua imortalidade.
(...)

Revelastes hoje.

Às vezes fica-se muito preocupado em saber se o NATAL foi exactamente no dia 25 de Dezembro. Tenho razões muito fortes para crer que sim: DEUS é omnipotente e podia levar a IGREJA a escolher a data exacta como sendo, de facto, 25 de Dezembro, mesmo sem o saber, mas isso seria outro assunto. Os espanhóis até nem celebram o NATAL em 25 de Dezembro, mas hoje.

Não tem a menor importância em saber da data exacta. Na liturgia, muito melhor que uma máquina do tempo - esta apenas nos leva a um tempo do passado..., que já passou -, o acontecimento histórico verdadeiramente acontece na data da celebração litúrgica: não é passado, mas presente.

SENHOR, PAI Santo, DEUS eterno e omnipotente:
(...)
Em CRISTO, LUZ do mundo, revelastes hoje.

Não se diz: revelastes naquele dia, mas hoje.

Vale a pena dar uma olhada na ligação abaixo, sobre o Dia dos Reis, que mais apropriadamente se deve dizer: Dia dos Santos Reis Magos, pois as suas vidas mudaram a partir desse encontro com JESUS. Eis a ligação:


Antes de terminar, apresento uma mensagem que NOSSA SENHORA deu neste dia, 6 de Janeiro, mas em 1976, como ROSA MÍSTICA, na Itália, onde o feriado não foi suprimido e celebra-se a EPIFANIA nessa data, sem precisar de transferir-se para o DOMINGO (era TN 2,3 C):

«EU sou MARIA, a encarnada ROSA MÍSTICA, a MÃE DA IGREJA.»

Era a festa solene da EPIFANIA ou aparição do SENHOR. Refere Pierina: «Eram cerca de 8 h e 30 m. (...) Primeiro surgiu uma luz celeste; a seguir, apareceu visivelmente, a mesma VIRGEM SANTÍSSIMA. Começou logo a falar:

«Olha, nestes tempos de materialismo, que deseja precipitar a humanidade numa ruína espiritual capaz de sufocar o NOME do SENHOR e o Meu... (pausa), EU venho chamar à conversão e apontar o CÉU, donde trago a mensagem do AMOR... Oh! Meus filhos! Amo-vos com o mesmo amor de JESUS e ESSE é um amor incomensurável. EU quisera salvar-vos a todos... Venho trazer a concórdia, a fim de que reine a paz no mundo. Como extremosa MÃE, EU ME esforço, em toda a parte, no desejo de reunir à Minha volta os Meus filhos, mesmo os que estão muito afastados; com a benignidade e a misericórdia do SENHOR espero a conversão deles. Olhai, esta é a mediação da MÃE CELESTE, que, na Sua preocupação de levar todos ao SENHOR, é sem limites.»

Nestes tempos de materialismo, que deseja precipitar a humanidade numa ruína espiritual.

EU venho chamar à conversão e apontar o CÉU, donde trago a mensagem do AMOR...

Assim acontece hoje, aparecendo como RAINHA DA PAZ.

«EU sou MARIA, a ROSA MÍSTICA vermelha, a MÃE DA IGREJA. (...) Quando trago aos Meus filhos a mensagem do AMOR, uso o símbolo mais belo entre as flores: A rosa. Ela está cheia do perfume do AMOR DE DEUS. (...) Meus filhos, amai-ME, pois, rezai e suplicai. JESUS nunca ME diz que não. A esta Sua MÃE jamais nega seja o que for.»

Costuma-se dizer que todos precisamos de amor, o que é verdade. Como RAINHA DA PAZ, ELA disse:

O mundo vive do AMOR.

De facto, sem DEUS, o mundo não pode viver... O amor de JESUS é sem medidas (o de DEUS), já se pensou nisso?

«Que amor poderia suplantar o do Meu Divino Filho JESUS CRISTO?»

Sobre a importância das imagens peregrinas de NOSSA SENHORA, a uma pergunta da vidente Pierina:

«Onde quer que EU chegue (por meio dessas imagens) levo graças abundantes do SENHOR...»

Até amanhã, se DEUS quiser!

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