domingo, 8 de maio de 2011

Génesis IV,14-15

Expulsas-me hoje desta terra; obrigado a ocultar-me longe da tua face, terei de andar fugitivo e vagabundo pela terra, e o primeiro a encontrar-me matar-me-á.» O Senhor respondeu: «Não! Se alguém matar Caim, será castigado sete vezes mais.» E o Senhor marcou-o com um sinal, a fim de nunca ser morto por quem o viesse a encontrar. (Génesis 4,14-15)

A pena de morte é sinal de atraso e tem o agravante de não poder reparar quem foi condenado à morte e estava inocente, uma vez que é sabido, a justiça humana pode errar. Porque pode errar, pela possibilidade de injustiça, que se deve reparar, quando ocorre, a pena de morte é uma aberração de civilização. As justificativas que se dão em favor da pena de morte, não passam de sofismas, uma vez que o argumento que vale é este e não os outros, muitas vezes até falsos (mas, mesmo se fossem verdadeiros, não se aplicam). Os sofismas servem para enganar e o mundo está cheio deles, para justificar, por exemplo, o maior crime praticado pela humanidade, o aborto.

Mas o assunto de Génesis 4,14-15 nem é esse, mas o seguinte: ninguém tem o direito de decidir se um criminoso deve ser morto ou não, colocando-se no lugar da justiça humana; cabe ao juiz humano, em julgamento, decidir a sorte de Caim. Quem o fizer, terá de dar contas à justiça de DEUS. Mas a pena de morte, mesmo ditada por um juiz, segundo as leis dos homens, é um verdadeiro absurdo. Cabe notar que, quando escrevo estas coisas, não desejo que ninguém tenha que dar contas à justiça de DEUS - já que, diante de DEUS, ninguém está inocente -, antes prefiro a misericórdia de DEUS para todos, sem excepção, até para o maior criminoso da história humana, que só DEUS sabe quem é, que poderá alcançar, graças a JESUS CRISTO (e só a ELE, o único salvador da humanidade), se:

1. Reconhecendo o seu mal, se arrepender;
2. Acusar isso a DEUS (em confissão com penitência) (quem não é cristão não tem esta enorme vantagem do sacramento da reconciliação, que dispensa a contrição perfeita e dá a certeza do perdão, mas também, graças a JESUS CRISTO, com o arrependimento perfeito, o não cristão terá o perdão, se satifizer 1, 2 e 3); e
3. Acreditar na bondade de DEUS, no Seu perdão (em vez de cair na tentação de Judas, do desespero). DEUS perdoará, porque a graça de JESUS CRISTO é maior e mais abundante que todos os pecados do mundo de todos os tempos juntos... Em DEUS, tudo é infinito, enquanto nas criaturas, tudo é finito, por maior que seja. A ofensa finita a DEUS é infinita, mas foi reparada por merecimentos infinitos, porque JESUS CRISTO, que assumiu a humanidade, é pessoa divina, e é às pessoas que se atribuem as responsabilidades dos actos livres).

Portanto, não haja más interpretações, quando faço a advertência. Não desejo o mal de ninguém, nem do meu maior inimigo (não sei quem é e se tenho; eu não tenho nenhum, salvo o da minha salvação, que nem é humano), somente o bem, que é DEUS (os outros bens procedem do SUMO BEM).

Esta PALAVRA DE DEUS é bem clara: ninguém tem o direito de fazer justiça por suas próprias mãos. Cabe à justiça humana, na justiça dos homens, aplicar a justiça.

Quando eu vejo um mundo que não perdoa, antes pratica a vingança, que seria de nós, se DEUS fizesse o mesmo, não perdoasse? Como DEUS é diferente... Pode ser aquele que mais ofendeu DEUS, mas, arrependendo-se, DEUS perdoa como se ele nunca tivesse cometido os males que praticou.

Um bom DOMINGO, Aleluia! Uma boa semana!

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