TC 22,4 B (Salt.: sem II)
Quarta-Feira da semana 22 do Tempo Comum.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
No Patriarcado de Lisboa
Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.
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Todo este assunto, desde o início, encontra-se
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«Melhor ser soberanos no Inferno do que servos no PARAÍSO»
(John Milton)
Ouvi dizer que era uma pessoa que se dizia atéia e odiava os amigos de DEUS, um ateu militante. O ódio a DEUS (a JESUS) é o mais grave e maior de todos os pecados.
Era uma pessoa... Deixou de ser? Claro que não deixou de ser. Era, porque já não vive (existe) neste mundo passageiro, agora vive na bem-aventurança de DEUS ou na maldição de ter perdido DEUS. Possa ter alcançado a misericórdia do SENHOR JESUS antes de morrer.
De todas as formas, John Milton nada sabia do que dizia; revelava ignorância: no CÉU, alcança-se a liberdade plena que, contudo, não quer escolher mais nada - como tinha que escolher, antes de poder ver DEUS... -, pois alcançou tudo o que queria. Como JESUS veio ensinar, os bem-aventurados vivem a enorme graça de se sentirem como filhos de DEUS - filhos! -, e não há maior felicidade do que esta, que fomos adoptados, em JESUS, como filhos de DEUS.
Clamam todos: SENHOR, somos Vossos servos, o que é verdade, pois não deixámos de ser criaturas. Sermos servos de DEUS, é uma honra. Humilhante é sermos servos de criaturas, como acontece com quem está afastado da graça de DEUS, servindo aos ídolos e às coisas, a quem prestam vassalagem e vénia...
Mas enquanto os bem-aventurados dizem ser servos do SENHOR - com toda a razão, é verdade! -, sentem honra e alegria imensa em dizerem isso, o ESPÍRITO SANTO clama neles que são filhos de DEUS, e o agradecimento pela felicidade que vem daí termina sempre em acção de graças e louvores, que DEUS não precisa deles, nada LHE acrescenta, mas que lhes dá gozo infinito. DEUS não precisa do louvor de ninguém, as criaturas é que têm necessidade disso, porque a liberdade tem necessidade da felicidade e a busca. Na visão beatífica de DEUS, a liberdade não precisa de procurar mais, já encontrou tudo o que queria, a felicidade.
«Melhor ser soberanos no Inferno...»
Como poderia John Milton acreditar em tal coisa, não fosse por ignorância mesmo. O dom da liberdade, que DEUS nos deu, continua presente, mas ninguém poderá fazer uso dela por lá...
É precisamente ao contrário. DEUS tenha tido misericórdia de John Milton, porque antes, reinar com CRISTO
(todo baptizado participa da realeza (soberania absoluta, como só em DEUS é possível!) e sacerdócio do SENHOR humanado),
do que sermos escravos no Inferno. No CÉU, todos reinam com CRISTO em plenitude.
Eu, como tantos outros, seguindo a nova moda - por detrás de todas as modas está alguém a financiá-la - aderi à revolução dos anos 60; como tantos outros, sem entender a intenção perversa dessa revolução: apressar a destruição dos valores da civilização ocidental, da civilização cristã, a única que salva, a única que faz do homem velho, morto para o pecado, um homem novo. É claro que o cristianismo, sendo obra de DEUS, não se destrói, ainda por cima, obra do Seu FILHO Unigénito:
Disse-LHE o Anjo: «MARIA, não temas, pois achaste graça diante de DEUS. Hás-de conceber no Teu seio e dar à luz um filho, ao QUAL porás o nome de JESUS. Será grande e vai chamar-SE FILHO DO ALTÍSSIMO. o SENHOR DEUS vai dar-LHE o trono de Seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o Seu reinado não terá fim.»
(Lucas I, 30-33)
O REINO DE DEUS, dirá JESUS a Pilatos, não é deste mundo dominado pela mentira, mas transforma este mundo e o livra da mentira - assim será no Juízo Final - se habitar no homem (homem novo), no seu coração. É claro que o REINO DE DEUS é indestrutível.
A VIRGEM MARIA profundamente conhecedora de DEUS e, por isso, das SAGRADAS ESCRITURAS - muito mais do que qualquer dos doutores da LEI -, compreende que o Arcanjo Gabriel está a citar as SAGRADAS ESCRITURAS em Lucas I, 30-33.
Em JESUS, cumprir-se-á tudo o que está na LEI e nos Profetas... MARIA, ao dizer o Seu «sim», cheio de humildade e de fé, o fará com plena consciência do que significa esse «sim». Na convivência com JESUS, muita coisa terá que aprender, muita coisa não entenderá, mas relativo ao que o Arcanjo Grabriel LHE diz, citando a SAGRADA ESCRITURA, ELA sabe que DEUS A convida a ser a mãe do MESSIAS.
Indo na onda dos anos 60, tinha uma grande admiração pelos Beatles, mas ficava por aí, não ia além além da admiração. Dou graças a DEUS por isso. Hoje vejo de modo mais claro que o SENHOR me vacinou dos ídolos e da idolatria, porque sempre, desde pequenino, JESUS era o meu herói e, com o tempo, conhecendo-O melhor em relação ao que ensinava - lendo o EVANGELHO -, não podia admirar ninguém mais do que ELE..., como desmascarava a mentira, por exemplo.
Nesse conhecimento do SENHOR, desde pequenino, estava também sempre presente NOSSA SENHORA, também sentia essa presença, essa proximidade na minha vida. Tive sobretudo uma tia missionária que me ensinou a me aproximar de JESUS e MARIA, o resto era comigo, melhor dito, com a GRAÇA DE DEUS. Quantas crianças são infelizes e expostas a tantos males porque muitos pais, hoje, nada falam do mais importante aos seus filhos, não falam de DEUS, não lhes ensinam como descobrirem JESUS e MARIA pela oração. Ficam assim, expostos aos perigos deste mundo, hoje, muito mais ameaçador para as crianças.
Mais tarde, talvez também por causa dessa revolução, tornei-me um jovem falso, ou talvez nem tanto, só DEUS o sabe, mas curiosamente, nada nem ninguém superava JESUS CRISTO na minha admiração. Como está na SAGRADA ESCRITURA, com o testemunho do povo, na época, também eu reconhecia e sentia alegria por isso, que ninguém falava como o SENHOR e com que autoridade! Era isso que o povo via em JESUS, ninguém falava como ELE e tinha autoridade no que dizia. Também via eu isso presente no EVANGELHO.
E quase que me esquecia que JESUS é DEUS... Muito mais do que uma admiração, uma adoração, como só e somente se deve a DEUS somente, mas somos livres para não reconhecermos esta verdade e, não reconhecendo, praticar a injustiça. A liberdade é um enorme dom de DEUS, porque permite-nos escolher o AMOR, mas podemos também rejeitá-l'O...
Podia admirar muita gente, mas, mesmo quando já homem me afastei, durante anos, da IGREJA, ninguém podia superar o SENHOR, e tinha a consciência que o SENHOR, ao fim e ao cabo é DEUS, quem como DEUS? Tinha autoridade divina, e se devia procurar imitar alguém, só podia ser a ELE. Reconhecia isso, mas no meu pecado não o fazia (claro!). Isso, não me impedia de ter admiração por pessoas, mas nunca, jamais a idolatria.
Era a revolução do «make peace, not war» (faça a paz e não a guerra). Eu via que, ao fim e ao cabo, era o que ensinava o EVANGELHO. Pelo menos soava ao mesmo, mas não era o mesmo, como bem sei hoje. E podemos ver hoje, como frutos dessa revolução.
E o que vemos como um dos frutos dessa revolução?
«Make war, not peace»,
exactamente o oposto!
Falam em revoluções nos anos 70, 80, 90, ..., mas que revoluções?! A origem é a revolução dos anos 60.
Quais são os frutos, com a destruição da família? Um deles:
«Make war, not peace» (Faça guerra, lute contra tudo e todos os valores, não faça paz, mas guerra).
No meio do meu engano, finalmente veio o dia do alerta, quando ouvi um dos beatles dizer que agora era tão famoso quanto JESUS CRISTO. Que o próprio SENHOR, na hora da sua morte, tenha tido misericórdia dele! Foi a decepção, quando ouvi isso, e isso me fez abrir os olhos.
JESUS é DEUS, DEUS humanado, de modo que se deve o culto da adoração (o bem é só nosso), mas apresentava-SE como homem, que era realmente, ao fazer o primeiro dos sacrifícios, assumir a nossa humanidade (sem deixar de ser o que é, DEUS). De modo que, quando a multidão O queria como seu rei (temporal) - e seria correcto e justo, se a multidão já soubesse que estava diante de DEUS humanado -, ELE SE afastava da multidão. Nunca procurou a fama, que tanto O incomodava e vemos também isso no EVANGELHO, mas era conhecido por todos porque fazia o bem, curando as pessoas espiritualmente, o mais importante, e também materialmente com os milagres físicos. Médico do corpo e da alma.
JESUS não veio para receber aplausos e fama, tinha verdadeira aversão a isso, pois, por detrás, quando há esse desejo, está a idolatria. Veio para SE sacrificar em nosso favor, na CRUZ, e assim nos salvar com a Sua (e será a nossa, no Juízo Final) ressurreição.
Não veio para divertir-se nem para assinar autógrafos
(não necessariamente um mal; quando, por detrás, não está um ídolo, mas uma pessoa que reconhecemos ter valor, não há mal, mas JESUS não veio para isso),
mas para nos salvar. O beatle não sabia o que estava a dizer.
JESUS veio para nos amar como nenhuma criatura inteligente pode fazer, ser nosso amigo, como nenhuma criatura inteligente pode ser. Eu acrescentei «inteligente», porque só as criaturas livres - homens e anjos - podem fazer opções e amar, ou não, ser amigo ou não de DEUS, do irmão, da CRIAÇÃO, de todas as criaturas, dons de DEUS.
Hoje há muito ignorância sobre a CRIAÇÃO:
Um animal bruto não ama nem odeia, não é amigo nem inimigo, não faz o bem nem o mal, porque não possui a liberdade, segue os seus instintos. A inteligência não está neles, como está no homem e nos anjos, mas na providência divina. O instinto não é cego, como se diz..., vem da providência divina. E como é DEUS providente, presente na vida dos animais, eles também dão uma mensagem de DEUS para o homem. Por exemplo, da fidelidade do cão ao seu dono. E nós, somos fiéis a DEUS, nosso CRIADOR, que deseja nos fazer felizes no CÉU? O acasalamento dos patos reais até a morte os separar e, mesmo após a morte de um deles, macho ou fêmea, dificilmente o outro se acasala novamente. E nós temos sido fiéis a DEUS em não separar o que DEUS uniu em um homem e uma mulher? Os animais sempre têm algo a nos dizer da parte de DEUS, o CRIADOR.
O cão possui o instinto da fidelidade ao dono e fidelidade tem a ver com amizade, mas sobretudo com amor. Embora no instinto não exista a liberdade, o cão, em situações normais, será sempre fiel ao dono, "amigo" do dono, costumamos dizer que o cão é fiel ao dono, é amigo do dono e, até em certas situações, pela providência divina, é capaz de dar a vida pelo dono, chorar pelo dono que morreu, etc. Mas não existe a liberdade em tudo isso, segue o instinto, que, como vemos muitas vezes, não é cego, há uma inteligência exterior ao animal, a providência de DEUS CRIADOR.
O ditado «o cão é o melhor amigo do homem» é irreal. Falso. Quando muito, parece-nos ser amigo do dono, mas nem amigo é, segue o instinto que DEUS lhe impôs, o da fidelidade ao dono, entre outras qualidades presentes nessa criatura.
Mas são criaturas sensitivas, podem sofrer, podem sentir dor, ficar doentes e cabe ao homem, no uso da inteligência, fazer-lhes o bem. Devemos amá-los - o homem, sim, tem a liberdade de amá-los ou não... -, como DEUS os ama infinitamente, dando-lhes a existência, e lembrar que eles têm sempre, nos instintos que DEUS impôs neles, uma mensagem para o homem e a mulher.
Como criaturas brutas, não sendo pessoas, não têm deveres nem direitos - nem sabem o que é isso, nem consciência disso têm -, mas isso não significa que o homem não possa fazer uma lei de proteção a essas criaturas, pois, pela LEI DE DEUS, o homem não tem o direito de maltratá-las sem motivo para isso, mas o dever de bem-tratá-las.
Uma boa quarta-feira, o quarto dia da semana, e até amanhã, se DEUS quiser!