quinta-feira, 7 de maio de 2020

06 Quem como DEUS? (66)

TP 4,5 A (Salt.: sem IV)
Quinta-Feira da semana 4 do Tempo Pascal.

1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)

Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.

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Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra «Q» de «Quem como DEUS?».

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VI. Os tumores:

O SENHOR disse a Moisés e a Aarão: «Apanhai uma mão-cheia de cinza de forno e Moisés lançá-la-á para os céus, diante do faraó. Ela tornar-se-á em pó fino sobre toda a terra do Egipto, e haverá nos homens e nos animais úlceras com erupções de pústulas por toda a terra do Egipto.» Tomaram então cinza de forno e colocaram-se de pé diante do faraó. Então Moisés lançou-a para os céus e houve úlceras pustulentas com erupções nos homens e nos animais. Os magos não puderam manter-se de pé diante de Moisés por causa das úlceras, porque havia úlceras nos magos e em todos os egípcios. Mas o SENHOR endureceu o coração do faraó, e ele não os escutou, como o SENHOR tinha dito a Moisés.
(Êxodo IX, 8-12)

Nesta praga, parece que o faraó recorreu novamente aos magos, mas foi inútil. Até onde pode chegar o orgulho do faraó? Diz a SAGRADA ESCRITURA:

O SENHOR endureceu o coração do faraó, e ele não os escutou, como o SENHOR tinha dito a Moisés.

Foi DEUS, ou é o modo de ver do autor sagrado?

Diante de uma catástrofe natural, uns vão dizer ser castigo de DEUS. Pode ser e, se fôr, é sempre para o bem, para salvar o homem. A salvação não é viver bem neste mundo, porque nem será possível num mundo onde existe o pecado. A salvação é poder ver DEUS, o CÉU, a felicidade sem medidas e infindável. Outros dizem que não é castigo de DEUS, e até costumam malhar nos que dizem ser, e também pode ser o caso de não ser castigo de DEUS, mas do próprio homem a castigar-se a si próprio pelas suas asneiras.

Cada qual dá a sua interpretação e, se DEUS nada disser, não poderemos saber se foi, se não foi, etc. O autor sagrado também escreve influenciado pelo modo de ver as coisas do seu tempo.

DEUS sabe de tudo e sabe que o faraó não vai ceder até ao fim e, relativo a isso, informou a Moisés que assim seria:

O faraó...
...«não os escutou, como o SENHOR tinha dito a Moisés.

O que seria DEUS endurecer o coração do faraó? A partir desta praga, já não é o faraó que endurece o seu próprio coração, mas DEUS que o endurece. É DEUS ou é o escritor sagrado que vê deste modo o comportamento do faraó?

Vejamos o que diz o profeta Isaías em relação à dureza de coração, agora, do POVO DE DEUS:

O SENHOR replicou: «Vai e diz a esse povo:

Ouvi, tornai a ouvir, mas não compreendereis. Vede, tornai a ver, mas não percebereis. 

Endurece o coração deste povo, ensurdece-lhe os ouvidos, fecha-lhe os olhos.

Que os seus olhos não vejam, que os seus ouvidos não ouçam, que o seu coração não entenda, que não se converta e EU o cure.»
(Isaías XIX, 9-10)

DEUS quer isso, ou a nossa conversão? Ou a conversão do faraó? DEUS quer sempre o nosso bem e do faraó. É DEUS que faz o povo ter olhos para não ver, ou é o modo do autor sagrado dizer que DEUS faz o povo ter olhos para não ver, ao observar que o povo vê, mas continua, na dureza do seu coração incrédulo, a não ver?

DEUS respeita a nossa liberdade, mas dá sempre a GRAÇA para fazermos bom uso da nossa liberdade, pois quer que sejamos felizes, mas, depois, a escolha é nossa. Não é DEUS que endurece o coração do faraó, embora para o autor sagrado pareça ser isso, como, não é DEUS que decreta que o povo vai ter olhos fechados de modo a não ver, mas é o povo infiel que fecha os olhos para não ver e o profeta Isaías, ao ver o povo a não ver, diz ser DEUS que fecha os olhos do povo para não ver. Como o faraó não queria ver, tão endurecido estava o seu coração pelo seu orgulho.

JESUS, após ter contado algumas parábolas, evoca e explica esta passagem do profeta Isaías, ao dizer aos Seus apóstolos:

«EU falo ao povo em parábolas porque vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz:

Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis.»
(Mateus XIII, 13-14)

Depois explica a razão de verem sem verem, ouvirem sem ouvirem:

«Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para EU os curar.»
(Mateus XIII, 15)

Um povo que não quer a cura, não quer ser feliz, porque só poderá ser feliz com DEUS, reconciliado com ELE.

JESUS pois esclarece que não é DEUS que endurece o coração do faraó ou dá ao povo olhos para não ver, mas é o faraó - o seu orgulho - que endurece o seu coração e o povo incrédulo e infiel que, vendo, tapa os olhos para não ver. E DEUS (JESUS) sabe disso, ELE sabe de tudo.

Hoje mesmo, isto continua a acontecer. Um mundo, quando se afasta de DEUS, fica doente. Tantos doentes de doença pior que as desta praga - embora a praga actual, do Covid19, dê uma boa idéia do que é a praga do pecado... -, que podiam ser libertados e curados dela, mas não querem, o coração está duro e preferem tapar os olhos para não verem. E assim, não permitem ao SENHOR curá-los, reconciliarem-se com ELE.

«Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para EU os curar.»

A partir desta praga, o autor sagrado fala de DEUS endurecer o coração do faraó. Já não é o faraó, mas DEUS que endurece o seu coração. Na verdade, isto significa apenas que o faraó, dominado pelo orgulho, ficou mais surdo em não ceder nem ouvir.

Há aqui um prodígio, sem dúvida. Há quem diga que isso não existiu ou que foi tudo natural - mas não explicará porque foi natural -, porque dizem que DEUS hoje não faz essas intervenções prodigiosas.

Realmente, hoje, parece que os prodígios de DEUS são mais discretos, grande parte deles nem são notícia ou, quando há a notícia, logo se cumpre a PALAVRA DE DEUS para um povo adoentado na fé, um povo que vê (o prodígio mais discreto), mas logo esquece e nesse esquecimento, não permite a DEUS curá-los:

«Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para EU os curar.»

E assim foi com este faraó, que oprimia com tirania o POVO DE DEUS. DEUS apiedou-SE (há um tempo do aparente silêncio do SENHOR e o tempo d'ELE SE apiedar de nós e agir, devemos esperar com paciência e confiança), e resolveu libertá-lo das mãos desse tirano. A PÁSCOA JUDAICA é a figura de PÁSCOA CRISTÃ, em que JESUS (DEUS) nos liberta de algo maior, das garras de um tirano mais perverso, Satanás, pelo nosso baptismo e, depois, pelos outros sacramentos, além dos meios não ordinários da prática da religião, como a oração, as obras de misericórdia, etc. Com JESUS, o homem passou a saber como deve praticar o dever da religião, interior e exteriormente.

O prodígio do baptismo é muito, muito maior que o do Mar Vermelho - que veremos adiante -, um milagre tremendamente maior, que nos reconcilia com DEUS, apenas não podemos vê-lo com os nossos sentidos, os nossos corpos ainda não ressuscitaram, para poder ver o que agora está invisível a nós. O do baptismo, é mesmo um milagre, que só DEUS pode realizar, enquanto que o do mar Vermelho, até um anjo do SENHOR poderia realizá-lo.

DEUS não faz hoje este tipo de intervenção - em relação ao milagre físico -, no depois de Cristo, mas fará coisas semelhantes e até maiores no Juízo Final. E fez muitas curas para todos verem, e viram, enquanto, assumindo a nossa humanidade, viveu entre nós. Hoje continua a fazer prodígios mais discretos, e há quem os veja e até chega a ser notícia, mas logo se tapa os olhos para não ver o que foi visto.

Não fazer hoje esses milagres físcos maiores, não significa que não os fez no passado e é até um bom teste à nossa fé em DEUS, na Sua PALAVRA.

Também somos incrédulos?

O SENHOR ressuscitou e fez brilhar sobre nós a Sua LUZ. ELE, que nos remiu com o Seu SANGUE. O SENHOR ressuscitou, louvai o SENHOR. Aleluia! Aleluia! Continuação de uma boa PÁSCOA, neste 26º dia da PÁSCOA, e até amanhã, se DEUS quiser!

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