TP 6,4 A (Salt.: sem II)
Quarta-Feira da semana 6 do Tempo Pascal.
São Bernardino de Sena, Presbítero, mf.
1917: 100 anos das aparições de NOSSA SENHORA em Fátima.
A autoridade de JESUS sobre Fátima:
«Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto.» (Lucas VI, 43-44a)
Bíblia: o Livro dos Livros onde está PALAVRA DE DEUS que nos ensina - neste mundo que é só de passagem, uma páscoa - o mais importante de tudo, o que precisamos de saber para sermos felizes, fazermos os outros felizes e, na passagem em CRISTO JESUS, ganharmos a VIDA ETERNA.
*** *** ***
Tudo que foi publicado sobre este assunto até agora, pode ser visto na página deste blog «Ordem Alfabética de Publicações no Blog». Letra «Q» de «Quem como DEUS?».
*** *** ***
VIII. Os gafanhotos:
O SENHOR disse a Moisés: «Entra em contacto com o faraó, porque fui EU que tornei pesado o seu coração e o coração dos seus servos, a fim de realizar estes Meus sinais no meio deles; 2e para que tu possas narrar aos ouvidos do teu filho e do filho do teu filho o modo como EU tratei os egípcios, e como mostrei os Meus sinais que EU realizei no meio deles. E vós conhecereis que EU sou o SENHOR.» 3Moisés e Aarão entraram em contacto com o faraó e disseram-lhe: «Assim diz o SENHOR, DEUS dos hebreus: "Até quando recusarás humilhar-te diante de MIM? Deixa partir o Meu povo para que ME sirva. 4Pois se te recusas a deixar partir o Meu povo, eis que EU farei vir amanhã gafanhotos para o teu território. 5Eles cobrirão a superfície visível da terra, e não se poderá mais ver a terra; eles comerão o resto do que escapou e o que ficou para vós depois do granizo; comerão todas as árvores que crescem para vós no campo. 6Eles encherão as tuas casas, as casas de todos os teus servos e as casas de todos os egípcios, coisa que não viram os teus pais e os pais dos teus pais, desde o dia em que estão sobre a terra até este dia."» Depois voltou-se e saiu da presença do faraó. 7Os servos do faraó disseram-lhe: «Até quando será este homem para nós uma cilada? Deixa partir essa gente para que sirvam o SENHOR, seu DEUS. Acaso não reconheces que o Egipto está arruinado?» 8Fizeram regressar Moisés e Aarão à presença do faraó, e ele disse-lhes: «Ide servir o SENHOR, vosso DEUS. Mas quem são os que vão?» 9Moisés disse: «Nós iremos com os nossos jovens e com os nossos velhos; iremos com os nossos filhos e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas e com os nossos bois, porque é uma festa do SENHOR para nós.» 10Ele disse-lhes: «Que o SENHOR esteja convosco, tanto como eu vos deixarei partir, a vós e às vossas crianças! Vede como o mal está diante de vós! 11Não será assim! Podeis ir vós, os homens fortes, e servi o SENHOR, pois é isso que pretendeis.» E expulsaram-nos da presença do faraó. 12O SENHOR disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre a terra do Egipto para fazer vir os gafanhotos. Que eles se levantem sobre a terra do Egipto e comam toda a erva da terra, tudo o que o granizo deixou.» 13Moisés estendeu a sua vara sobre a terra do Egipto (Costuma-se notar que aqui é a vara e não a mão, mas está subentendido que estendeu a mão para estender a vara), e o SENHOR fez soprar um vento do oriente sobre a terra durante todo aquele dia e toda a noite (Mais um fenómeo natural que se observa hoje, mas só aconteceu naquele momento em que Moisés estendeu a vara e os fenómenos puramente naturais não acontecem deste modo). Pela manhã, o vento do oriente tinha trazido os gafanhotos. 14Os gafanhotos levantaram-se sobre toda a terra do Egipto e poisaram em grande quantidade por todo o território do Egipto. Nunca houve gafanhotos assim antes nem haverá depois. 15Eles cobriram a superfície visível de toda a terra, e a terra se escureceu. Comeram toda a erva da terra e todos os frutos das árvores que o granizo deixou. Não ficou nada de verde nas árvores nem na erva do campo em toda a terra do Egipto. 16O faraó apressou-se a chamar Moisés e Aarão, e disse: «Pequei contra o SENHOR, vosso DEUS, e contra vós. 17E agora digna-te perdoar o meu pecado só mais esta vez, e rezai ao SENHOR, vosso DEUS, para que ao menos afaste de mim este castigo mortal.» 18E Moisés saiu da presença do faraó e rezou ao SENHOR se. 19O SENHOR mudou a situação, fazendo soprar do mar um vento muito forte, que levou os gafanhotos, e os arrastou para o Mar dos Juncos. Não ficou nem sequer um gafanhoto em todo o território do Egipto. 20Mas o SENHOR endureceu ainda o coração do faraó, e este não deixou partir os filhos de Israel.
(Êxodo X, 1-20)
A praga de gafanhotos é uma praga natural da região, ou passou a ser a partir deste acontecimento em seu memorial. Como já tinha mencionado anteriormente, há coisas que aparecem como novas e depois permanecem.
Não importa qual dos casos é, mas, como todas as outras pragas, elas aparecem no momento exacto em que Moisés ou Aarão estende a vara, a mão, seja lá o que fôr: E desta vez será uma praga de proporções maiores que as habituais:
«Eles encherão as tuas casas, as casas de todos os teus servos e as casas de todos os egípcios, coisa que não viram os teus pais e os pais dos teus pais, desde o dia em que estão sobre a terra até este dia.»
Os servos do faraó pedem para atender ao pedido de Moisés:
«Até quando será este homem para nós uma cilada? Deixa partir essa gente para que sirvam o SENHOR, seu DEUS. Acaso não reconheces que o Egipto está arruinado?»,
O faraó manda chamar Moisés. Vemos nesta passagem um comportamento típico de um tirano sob pressão. Diante do seu país, que está um caos, arruinado - os seus servos lembram-lhe isso -, fica em hesitação, decide ceder, depois o orgulho volta de novo e cede com restrições, mas acaba por não ceder, porque as condições não são as que ele quer impor. Hesita, cede, já não cede a não ser com restrições, acaba por não ceder:
Fizeram regressar Moisés e Aarão à presença do faraó, e ele disse-lhes: «Ide servir o SENHOR, vosso DEUS. Mas quem são os que vão?»
Lá está o orgulho a incomodar, querendo ceder, mas não em tudo. A resposta de Moisés:
«Nós iremos com os nossos jovens e com os nossos velhos; iremos com os nossos filhos e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas e com os nossos bois, porque é uma festa do SENHOR para nós.»
O faraó, diante da resposta, ironiza, como que a dizer que não vai atender aos pedidos:
«Que o SENHOR esteja convosco, tanto como eu vos deixarei partir, a vós e às vossas crianças! (Ironia) Vede como o mal está diante de vós! Não será assim! Podeis ir vós, os homens fortes, e servi o SENHOR, pois é isso que pretendeis.» E expulsaram-nos da presença do faraó.
O fenómeno foi natural, mas só aconteceu no momento que Moisés estendeu a vara e parece que foi como nunca tinha acontecido antes:
Nunca houve gafanhotos assim antes nem haverá depois.
É um fenómeno prodigioso.
A reacção do faraó é honesta. Ele está aflito, reconhece ser o culpado e está disposto a ceder, mas, passado o mal, logo se deixa dominar de novo pelo orgulho e endurece:
O faraó apressou-se a chamar Moisés e Aarão, e disse: «Pequei contra o SENHOR, vosso DEUS, e contra vós. E agora digna-te perdoar o meu pecado só mais esta vez, e rezai ao SENHOR, vosso DEUS, para que ao menos afaste de mim este castigo mortal.»
«Este castigo mortal.»
Algo de muito doloroso, para o faraó, esse castigo mortal, ao ver o seu país arruinado por sua culpa. Mas mesmo assim, não cede:
O SENHOR mudou a situação, fazendo soprar do mar um vento muito forte, que levou os gafanhotos, e os arrastou para o Mar dos Juncos. Não ficou nem sequer um gafanhoto em todo o território do Egipto. Mas o SENHOR endureceu ainda o coração do faraó, e este não deixou partir os filhos de Israel.
Muitas vezes se diz que alguém é um ditador, como palavra emprestada à política. O ditador é pessoa ou grupo de pessoas (neste caso, grupo oculto) que tem em si todos os poderes do Estado (executivo, legislativo, judiciário e moderador). Nesse empréstimo, chama-se alguém de ditador - pode também ser um grupo de pessoas... -, para dizer que é uma pessoa (grupo) prepotente.
Na verdade, quando é esse o caso, temos um tirano. Um ditador não precisa de ser um tirano, pode até ser alguém que escuta a sociedade, não impondo o seu ponto de vista, como fazem os tiranos. Um ditador não precisa de ser um tirano, embora a história mostre que, em geral, o ditador acaba por ser corrompido pelo poder (temporal)
- como se costuma dizer, como sendo uma fatalidade, que não é, não senhor: uma pessoa pode ter o poder temporal e não se deixar corromper nem de leve -,
tornando-se prepotente, opressor, despótico, em suma, um tirano.
O faraó era ditador - todos os poderes do Estado estavam nas suas mãos -, mas o mal não estava nisso, mas em ser um tirano. Como diz a SAGRADA ESCRITURA, fomos criados à imagem e semelhança de DEUS, mas pela herança do pecado original, muitas vezes mais podemos ser imagem do Tirano dos Tiranos, príncipe deste mundo, Satanás, do que de DEUS. É que não somos deuses e, quando pensamos que somos, fazemos muito mal a nós mesmos e aos outros. Os gafanhotos que o digam!
O SENHOR ressuscitou e fez brilhar sobre nós a Sua LUZ. ELE, que nos remiu com o Seu SANGUE. O SENHOR ressuscitou, louvai o SENHOR. Aleluia! Aleluia! Continuação de uma boa PÁSCOA, neste 39º dia da PÁSCOA, e até amanhã, se DEUS quiser!
Sem comentários:
Enviar um comentário