domingo, 28 de novembro de 2010

JESUS, que veio, que há-de vir, que vem (para quem está aberto à oração)

Já estamos no novo ano litúrgico, no ano 2011. Neste calendário, de louvor a DEUS, o ano começa sempre no DOMINGO, primeiro dia da semana e o maior de todos. Um bom DOMINGO e um bom novo ano litúrgico!

No início do ano novo civil, em 1 de Janeiro, nós pedimos a DEUS, através da Santa MÃE DE DEUS, a paz que só DEUS pode dar. Esta paz não depende de condicionamentos sociais (não se alcançaria por tais métodos..., mesmo na educação), nem de exercícios mentais, mas de DEUS somente.  Não é uma questão de mentalização, mas um dom de DEUS. DEUS liberta o coração humano do Mal e o Seu REINO passa a habitar nesse coração, que se torna dom de paz para o próximo, a família, a sociedade, o mundo inteiro.

No início do novo ano litúrgico, sempre no primeiro DOMINGO do Advento, a IGREJA, em todas as dioceses do mundo, unidas ao Bispo de Roma, o Papa, inicia o ano rezando pela vida nascente. Por uma multidão de crianças, ainda nascituras, que são violadas no seu direito à vida, a ter um pai e uma mãe, conforme a natureza e necessidade natural duma criança. Seria cinismo falar-se em violação de direitos humanos, quando eles são muito mais gravemente (e covardemente) violados no aborto; seria igualmente cinismo falar em igualdade, quando as crianças se tornam objecto de capricho do egoismo de adultos, sem direitos de terem uma família (com pai e mãe)...

Advento, significa vinda do SENHOR; isso no faz viver vigilantes na expectativa da vinda do SENHOR, já que a vinda do SENHOR significa paz, libertação e salvação. JESUS veio na humildade do presépio, assumindo a nossa humanidade. Assim, mais próximo de 25 de Dezembro, as leituras se voltam para a preparação do Natal, para agradecer a DEUS a primeira vinda do Seu FILHO, na nossa carne (Encarnação), na solenidade do Natal. Celebramos o Natal, o nascimento de JESUS, em 8 dias, no meio de festas especiais de santos e da Sagrada Família, terminando no dia 1 de Janeiro com a solenidade da  Santa MÃE DE DEUS. Só há outra solenidade litúrgica celebrada em 8 dias: a Páscoa. a festa maior e central da liturgia: em cada Santa Missa renova-se a Nova e Eterna Aliança selada pela páscoa de JESUS. Nesta solenidade, não só a maior, mas a que deu origem à litúrgia da Nova e Eterna Aliança, a oitava reflecte só sobre o mistério pascal sem festa de nenhum santo.

No início do Advento, as leituras estão mais voltadas para a segunda vinda de JESUS, agora, na glória do RESSUSCITADO, no dia do Juízo Final, que ninguém pode saber quando será. Todo e qualquer palpite resultará em fracasso. Assim, o Advento une o mistério da encarnação com o mistério pascal:
a) Agradecemos a primeira vinda de JESUS na humildade da nossa carne para nos salvar (assim será no tempo do Natal e, em particular, nos oito dias da solenidade do Natal, de 25 de Dezembro a 1 de Janeiro); e
b) Vivemos vigilantes na expectativa da segunda vinda de JESUS, que é DEUS, que virá na Sua humanidade, agora glorificada pela Sua ressurreição, novamente, para nos salvar, mas de  modo pleno e definitivo.

Em tudo isso, não nos devemos esquecer da presença real, verdadeira e substancial do SENHOR, na glória, na celebração da Eucaristia (é ELE o sacerdote segundo a ordem de melquisedec, o único Mediador; o povo de DEUS o é apenas por participação, como também participa da vida de CRISTO, hoje, na graça, amanhã, na glória; essa presença real, verdadeira e substancial na glória ainda não podemos ver com os nossos olhos, pois não estamos no CÉU); e igual presença real, verdadeira e substancial de JESUS, sacramentado, na comunhão e no Santíssimo Sacramento do Altar.

Em tudo isso, não nos devemos esquecer da presença espiritual do SENHOR pela oração e da sua presença no próximo; sobretudo, no mais necessitado... da nossa oração, da nossa mão, melhor, da "mão" de DEUS, que actua através das nossas mãos. Na natureza, também podemos contemplar o SENHOR como CRIADOR e sentir a Sua presença que dá profunda alegria e paz. O PAI tudo criou pelo Sua PALAVRA, consubstancial ao PAI, que é o FILHO, que assumiu a nossa humanidade com o nome humano de JESUS - o CRISTO anunciado pelos profetas - no ESPÍRITO SANTO CRIADOR que procede eterna e substancialmente do PAI e do FILHO, DEUS Uno e Trino.

Uma boa oração para este início de ano novo litúrgico, ano A (e ímpar nas leituras feriais) -, boa não só para hoje, mas para cada dia, é a seguinte:

Guardai, SENHOR, a minha boca, 
defendei a porta dos meus lábios. 
Não deixeis meu coração 
inclinar-se para o mal, 
nem praticar a iniquidade 
com os malfeitores, 
nem tomar parte 
em seus lautos banquetes. 
(Salmo 140,3-4)

Amém!

Peçamos isso ao SENHOR, para que cada dia nosso seja uma alegria para ELE. Um bom ano novo litúrgico, um bom DOMINGO, primeiro dia da semana, uma boa preparação para celebrar o nascimento de JESUS no Natal, para vivermos vigilantes quanto à vinda do SENHOR na Sua GLÓRIA (hora da morte da cada um; Juízo Final para todos simultaneamente). Não nos esquecendo que JESUS é DEUS connosco: na Eucaristia, no Santíssimo, na oração, nas boas obras, na natureza, em tudo isso DEUS está connosco, no nosso coração, para os que vivem em oração e vigilância em cada dia do ano; mas só saberemos da Sua presença e proximidade se amarmos com o Seu AMOR, uma vez que DEUS é AMOR. 

Se o nosso coração se inclina para o mal - mesmo por distração, porque houve a falta de vigilância que o advento (vinda) requer... - por causa dos maus pensamentos; se a nossa língua - pela mesma falta de vigilância... - é maldosa  ou foi omissa (e nem notámos isso, porque faltou a vigilãncia); se as nossas obras são más ou fomos omissos (mesmo que, por falta de vigilância, até pensámos que eram boas, mas foi engano e fez o mal ao próximo; ou porque deixámos de fazer o bem que podíamos ter feito), então DEUS não poderá vir, nem poderá nascer nos nossos corações.

Se JESUS nasceu num presépio para estar connosco, e esteve, mas de modo muito limitado, na natureza humana assumida, talvez ainda não nos tenhamos apercebido que agora, na Sua GLÓRIA, ELE pode ser muito mais DEUS connosco, nascendo no coração de cada um, numa multidão de corações simultaneamente, pois DEUS está em toda a parte. E assim é no CÉU, com os bem-aventurados. Assim será no Juízo Final com os bem-aventurados, multidões de todos os cantos da Terra e de todos os tempos, sendo libertados plenamente do Mal pela chegada do REINO DE DEUS em plenitude. E assim é, na FÉ, nos corações dos que, vigilantes, vivem da Sua graça neste mundo.

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