segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

São Nicolau, que deu origem ao verdadeiro Pai Natal

Hoje é dia de São Nicolau; em Portugal, é uma memória facultativa. O dia de São Nicolau vale na Criação inteira para louvor do SENHOR nosso DEUS. Porque menciono este dia, que, seguramente, a mídia esquecerá de mencionar por nem sequer saber disso? São Nicolau é o verdadeiro Pai Natal, ou melhor, a origem (nascimento) da figura do Pai Natal. Se alguma coisa seria para falar-se de Pai Natal, seria hoje. Não fala a mídia, mas falo eu.


O Pai Natal é um dos símbolos do Natal. Como símbolo do Natal, não pretende, ou não deveria pretender deturpar o sentido do Natal, pelo contrário, deveria reforçá-lo.

Foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, na Turquia, no século IV. São Nicolau costumava ajudar, anonimamente (não queria que ninguém soubesse da sua ajuda), quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas de pessoas pobres ou em dificuldades para que ninguém soubesse; daí, não é mera coincidência, nem uma invenção do Pai Natal falsificado, a tradição das prendas em sacos na chaminé das casas...).

Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.
 
No Natal, no saco com as moedas para a família, colocava brinquedos de madeira para crianças, construídos por ele mesmo, dizem. Porque fazia isso? Agora penso eu. Possivelmente, porque via nos meninos pobres o MENINO JESUS que, como é sabido, relativo ao presépio, que é o único símbolo do Natal bíblico (está na SAGRADA ESCRITURA que JESUS nasceu numa mangedoura ou presépio, onde foi colocado após o nascimento), nasceu na pobreza de uma mangedoura ou presépio, numa gruta ou abrigo, e recebeu presentes dos pastores de Belém e, depois, dos reis Magos. Assim, penso que talvez movesse São Nicolau a dar presentes às crianças (e ajuda aos pais) essa verdade da presença de JESUS no ser humano, em particular, nos pobres e nas crianças. Sobre este parágrafo, aceito uma colaboração.

Daí, a tradição de dar presentes no Natal. Mas quem os dá? Quando era pequenino, aprendi a recebê-los do MENINO JESUS, e é assim quero continuar a recebê-los - se os receber - do MENINO JESUS, embora não haja mal recebê-los do Pai Natal, se, como São Nicolau, não se deturpa o Natal e o verdadeiro e real e único espírito do Natal. O mal não está no Pai Natal, mas no uso dessa figura para falsificar o Natal. Tal Pai Natal, inspirado em São Nicolau e não, em alguma fantasia publicitária, não vai contra o espírito do Natal, que é o nascimento do SENHOR, salvador do mundo.

Não há nada contra o comércio, ou que se queira ter receitas neste tempo. Porque não? O comércio é bom, dá empregos, portanto é bom. Mas que se deturpe o Natal com pais natais falsificados, tão longe do espírito de Natal, e do que o verdadeiro Pai Natal fazia, isso é que é condenável. E nem falo dos pais natais falsificados, como mal, mas no uso deles para se mentir sobre o Natal.

A transformação de São Nicolau em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. É aqui começa a deturpar-se a figura do Pai Natal, inspirada em São Nicolau, mas nem isso teria mal; o mal está no uso da figura para falsificar o significado verdadeiro e real do Natal, que é o nascimento de JESUS CRISTO. A figura do Pai Natal que conhecemos hoje, já longe da figura de São Nicolau, foi obra do cartoonista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.

O culto de São Nicolau, difundindo-se pelo norte da Europa, transformou-se na venerável figura de barba branca que traz brinquedos às crianças no tempo do Natal. O nome Santa Claus como é conhecido nos países protestantes é uma apócope - definição: supressão de uma letra ou sílaba no fim da palavra - de «Saint Nicholas». Se pronunciarmos em inglês «saint», soa semelhante a «santa»; em «Nicholas», para «'Cholas», resulta «Claus». Se não me engano, essa apócope era para troçar da devoção, bem popular, de São Nicolau pelos europeus católicos e, sobretudo, ortodoxos. Como se sabe, eles entendiam erradamente que a devoção aos santos ofuscava JESUS CRISTO e a Sua Mediação única entre DEUS e os homens, o que não é verdade. Tal como aqui, no CÉU, os santos se comunicam entre eles e com JESUS e Sua MÃE e até pedem a JESUS ou à Sua MÃE, para pedir a JESUS, por isto aquilo e aqueloutro, tal como na Terra, a mesma coisa. Nada disso ofusca o que os santos são e o que JESUS é. O próprio SENHOR, aos Seus apóstolos, chegou a dizer o seguinte: «Nesse dia, apresentareis em Meu NOME os vossos pedidos ao PAI, e não vos digo que rogarei por vós ao PAI, pois é o próprio PAI que vos ama, porque vós já ME tendes amor e já credes que EU saí de DEUS.» (João 16,26-27) O que quererá dizer JESUS com isso? Acabou a Sua mediação única?. «(...) Há tanto tempo que estou convosco, e não ME ficaste a conhecer, Filipe? Quem ME vê, vê o PAI. Como é que ME dizes, então, mostra-nos o PAI? Não crês que EU estou no PAI e o PAI está em MIM? As coisas que EU vos digo não as manifesto por MIM mesmo: é o PAI, que, estando em MIM, realiza as Suas obras.» (João 14,9-10) Ou seja, amando o SENHOR, o próprio PAI nos ama, já podemos nos dirigir directamente a ELE, mas será mesmo assim? «EU estou no PAI e o PAI está em MIM». A mediação única de JESUS, tem dois significados:
1) Deve-se aos merecimentos, e só aos Seus merecimentos, poder a VIRGEM MARIA (a QUEM DEUS nada nega e é a mediadora de todas as graças), os Santos no CÉU, nós na Terra, as almas do Purgatório dirigir-se a DEUS, e não só a DEUS como DEUS, mas também como PAI: o presente que JESUS, no Seu AMOR sem medidas nos ofereceu com os Seus merecimentos foi muito maior, deu-nos tudo; e
2) «Quem ME vê, vê o PAI», «EU estou no PAI e o PAI está em MIM», isto é, não se pode ir ao PAI sem ir a JESUS e, indo ao PAI, vamos a JESUS, no ESPÍRITO SANTO. 

Voltando ao assunto do Pai Natal, o verdadeiro não veio do Pólo Norte nem da Filândia, mas era bispo na Turquia... Aliás, onde JESUS nasceu, e o NATAL significa o nascimento de JESUS, nem havia neve nem os frios polares. Há mal nessa fantasia do Pai Natal (em relação à existência, não é fantasia, é São Nicolau)? O mal, como já tinha dito, é usar-se essa figura para mentir e enganar sobre o Natal, que não depende de tradições nem de outras invenções, tem apenas um significado real e verdadeiro: o nascimento de JESUS.

ORAÇÃO (litúrgica): Protegei o Vosso povo, DEUS de misericórdia, e, por intercessão do bispo São Nicolau, guardai-nos de todos os perigos no caminho que conduz à salvação. Por Nosso Senhor.

Para terminar, com um despropósito bem propositado, dou os parabéns à mídia por ter-se esquecido ou nem saber que dia é hoje.

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